sábado, 21 de setembro de 2013

viver em Roma

Ponte Milvio, construída 200 anos antes de Cristo, famosa pelos cadeados que os enamorados colocavam em seus postes - e depois jogavam as chaves no rio Tibre. A prática acabou sendo proibida pelas autoridades pois estavam danificando a ponte. Em 2011, os "cadeados do amor" foram retirados. Há uma concentração de restaurantes e bares com mesinhas nas calçadas nos arredores, bem agradável para a hora dos aperitivos.
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(esta é uma pequena colcha de retalhos de uma viagem que fiz à Roma, recentemente)
Passei no Palácio Barberini para rever as escadarias e uma das telas mais queridas de Raffaello Sanzio, este que é um dos maiores pintores italianos de todas as épocas. Tanto que o ano de sua morte, 1520, assinala o final do Alto Renascimento. Nascido em Urbino, Rafael trabalhou em Perugia e Florença, alcançando o apogeu da fama na Roma papal, onde faleceu com a idade de 37 anos. É no Barberini que se encontra o ultrafamoso retrato de Margherita Luti, a amante predileta do artista, conhecida como "La Fornarina" , por ser filha de um padeiro ("fornaio", em italiano) . Pude ver, de pertinho, a fita que lhe cinge o braço esquerdo com a assinatura do pintor - uma atitude atrevida para a época. Assim, Rafael proclamou ao mundo que além da obra, a modelo também lhe pertencia. Embora não a tenha desposado, colocou uma aliança no dedo anular da mão esquerda de Margherita. Rafael está enterrado num local espetacular:simplesmente no Panteão. Seu epitáfio diz: " Aqui jaz Rafael que enquanto vivo fez a Natureza ter medo de ser conquistada por ele e quando agonizava deixou-a temerosa de morrer junto com ele"

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Abaixo, outra tela de Raphael retratando a Margherita
Esta se chama "La donna velata" (a mulher com véu)
encontra-se no Palácio Pitti, em Florença
 Outro episódio da viagem:

Peguei um ônibus para Trastevere num dia tão bonito que a contemplação da paisagem me distraiu e me fez passar do ponto. Aflita, virei-me para o passageiro sentado ao meu lado. Gentilmente, ele me explicou o que deveria fazer para dar meia-volta. Quando descemos, ele me mostrou o ponto de ônibus do outro lado da rua. Agradeci e já começava a atravessar a faixa de pedestres quando ele perguntou se eu não gostaria de ir até a casa dele.
-- Signore! Io sono una nonna!
-- Signora, anche Io sono un nonno...
(--Senhor! Sou uma vovó!
--Eu também sou avô, minha senhora... )
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cara de pau, viu?

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