quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Hoje é dia de foto

Esta casinha no meio das árvores pertencia a Edoarda Casadei, a Dudu. A italianinha,  moradora antiga de Santo André da Bahia, deixou de herança para as crianças da Vila... O Centro de Convivência e Cultura é a entidade administradora dos recursos doados pela benfeitora, e já transferiu diversas atividades para o novo local. Alguns sábados funciona como o "Clube da Dudu", um local de encontro para os jovens sob a supervisão dos professores. Agora conta também com atendimento psicológico: conversei com uma moradora que participa de um grupo de mães; estão gostando bastante. É, ainda, o espaço  para aulas de reforço escolar, trabalho voluntário de alguns moradores, coordenado pela Wally.
bem ao lado das casas da Dudu e da Soninha mora a Marilza nesta casa amarelinha, uma graça, lá no final da rua
 esta semana está previsto um  torneio de pesca oceânica aqui no povoado
 as lanchas e as tripulações começaram a chegar na segunda-feira
 ... mas o clima chuvoso não tem cooperado com os participantes do torneio...mesmo assim, alguns barcos se aventuraram em direção ao alto mar
 no caminho do rio encontrei duas crianças bem conhecidas
 Gabriela e Emérson, estudantes de flauta do IASA... tocaram uma música, um presente 
 e continuaram seu caminho ao longo do João de Tiba
 o homem encostado no portão é uma pessoa que está sempre de bom humor... eu e o Cláudio o chamamos de pescador... ele também nos chama assim, "pescador" e "mulher de pescador"... a Carla, amiga dele, ficou preocupada com o cabelo... rsrs
 os rapazes pediram para ser fotogrados...
enquanto este senhor era só timidez

sábado, 26 de novembro de 2011

Santo André: os destaques do momento

De volta para a vida na praia da Bahia encontrei bastante chuva, o que me trouxe bem-estar e harmonia com a natureza. Depois de todo o alvoroço de São Paulo, nada melhor do que não fazer nada. Só sentar na varanda e olhar a chuva cair. Hoje à tarde a chuva deu uma trégua bem oportuna pois será o início das comemorações pela passagem do dia do padroeiro da Vila, o Santo André. Cláudio e eu aproveitamos para caminhar na praia, levando o cachorrinho, o Zé Pequeno, indignado com a coleira nova que lhe colocamos no pescoço.
Como não saí muito de casa ainda, vou pegar uma carona na matéria que a Patrícia Grinberg escreveu sobre um recente campeonato de surf e nas fotos do evento que foram feitas pelo Toni Ormundo
Os vencedores foram:
primeiro lugar: Matheus (“Paru”)
segundo: Wellington (“Iuri”)
terceiro: Jadson
Olha só: os três primeiros lugares foram para a galera daqui do povoado.
a diretora Márcia, da Escola Estadual Teresinha Scaramussa, que organizou a competição e é a escola onde os atletas estudam; Jadson com o troféu na mão, e os professores Roberta e Eron.
um competidor, clicado pelo Toni...
foto de Cláudia Schembri
Enquanto isso, em outra praia (São Paulo), a nossa Léa Penteado lançando seu livro em noite de autógrafos e sendo cumprimentada por Márcia e Silvana - as três fazem parte da pequena população que mora ou frequenta Santo André... os recursos humanos aqui são diversificados...

Melancolia, de Lars Von Trier

O diretor de cinema dinamarquês Lars Von Trier criou uma obra belíssima sobre o tema da Melancolia – mal as luzes se apagam, o fascínio das imagens e da música vindo da tela inunda a sala do cinema. Comigo, o filme aconteceu... Logo nos minutos iniciais aparecem vários quadros famosos, entre os quais a morte de Ofélia, a amada suicida de Hamlet, pelo pintor inglês John Everett Millais. A jovem flutua em um lago com uma vegetação exuberante  emoldurando seu corpo. Seu semblante melancólico, impassível, não esboça a mínima reação, representando uma visão imaterial da mulher; o rosto marmóreo lembra uma madona renascentista. Para pintar este quadro, Millais passou quatro meses no campo estudando a vegetação. Encontrei na Rede alguns significados para o simbolismo das plantas: o salgueiro representa amor sem esperança, as urtigas a dor, as margaridas perto da sua mão a inocência, as violetas no pescoço a fidelidade, a castidade e a morte precoce, a papoula a morte, as outras flores estão relacionadas com a tristeza; o miosótis na margem é para evitar o esquecimento…A obra faz parte do acervo da Tate Gallery, de Londres
O diretor do filme recriou o quadro em cinema, filmando a atriz Kirsten Dunst sendo arrastada pela correnteza de um riacho. A referência ao quadro de John Everett é clara:  Justine é uma Ofélia moderna que se suicida em câmera lenta, entregando-se ao "spleen", à depressão. Seu semblante, radiante, dá lugar a um rosto apático de maquiagem desbotada,  cabelo desalinhado; o véu de noiva é rasgado, o vestido se torna um estorvo que mal a deixa caminhar.
A primeira cena do filme é a imagem dos Caçadores na Neve, quadro do pintor Pieter Bruegel, o "Velho", de 1565. O jeito ameaçador dos caçadores chegando em silêncio sorrateiro perto da cidadezinha é amplificado pelo som do prelúdio de "Tristão e Isolda". Enquanto a música prossegue, o quadro vai se deteriorando devagar..
Outro quadro célebre colocado na tela é "O Jardim das Delícias Terrenas", a mais enigmática e sugestiva obra de Hyeronimous Bosch ("El Bosco"), executada cerca de 1500. No centro das excêntricas figuras está um pequeno ser humano apoiado no pássaro, na pose clássica da melancolia. O homenzinho realça a tristeza de Justine, a  bela noiva do filme que vai se tornando cada vez mais melancólica em meio ao fausto das 'delícias terrenas'.
O casamento de Justine é comemorado num palacete rodeado de jardins primorosos, às margens de um lago pertencente ao seu cunhado, John, um milionário casado com sua irmã Claire (Charlotte Rampling, magnífica no papel).  Requinte e ostentação espalhados pelos salões, pela vegetação, nos objetos da casa. Há um momento em que a noiva, angustiada, vai até o escritório e troca as páginas dos livros de arte que estão abertos nas estantes. A imagem acima, o quadro de Pieter Bruguel chamdo "O País de Cocanha", é um dos escolhidos. A Cocanha é uma terra fictícia, bastante empregada na arte medieval para representar o luxo e a extravagância; uma espécie de paraíso para os sentidos. Neste lugar imaginário a comida era abundante (chovia queijo do céu), lojas ofereciam seus produtos de graça, casas eram feitas de cevada ou de doces, sexo podia ser obtido imediatamente de freiras, o clima sempre era agradável, o vinho nunca terminava e todos permaneciam jovens para sempre. Fartura infindável.
Esse Caravaggio trágico -- "David com a cabeça de Golias" -- foi outra imagem  escolhida por Justine para destaque na prateleira. Pintor italiano,  cujo nome verdadeiro é Michelangelo de Merisi ,  sendo Caravaggio o nome da aldeia onde nasceu, em 1573, perto de Milão.  É uma das últimas obras do artista, um homem turbulento e desordeiro, características que o levaram mais de uma vez à prisão. A cabeça do gigante cortada por um jovem que a observa com um misto de piedade e desdém...
Uma pequena pinacoteca, dentro de um filme pleno de beleza visual.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

a metamoforse da mansão matarazzo

No clima de despedida de São Paulo, coloco os últimos posts paulistanos. Precisava ser alguma coisa relacionada com a Paulista, uma avenida onde estudei, trabalhei e gastei muita sola de sapato. Por mais que eu olhe atentamente e procure reter na memória os prédios, as árvores, os pequenos parques, as ruas laterais... sempre tem novidades para o olhar... no outro dia achei um pequeno bar-restaurante espremido entre dois arranhacéus envidraçados vendendo petiscos típicos de feiras livres ou rodoviárias de cidadezinhas perdidas...
Um pouco de história: na década de 20, a Paulista era uma rua com chão de terra e árvores frondosas em toda sua extensão -- prenúncio da avenida bem ordenada que viria a ser. Foi ali no espigão da cidade que os barões do café, assim como os sírios e libaneses endinheirados, começaram a construir casarões que por muitos anos se enfileiravam imponentes na avenida-símbolo de São Paulo.
Foi na Avenida Paulista que um imigrante italiano pobre construiu sua mansão de 16 salas e 19 quartos. Era Francisco Matarazzo, um sujeito que transformou seu negócio de fundo de quintal num complexo industrial cem por cento nacional. Passou de vendedor de banha de porco à condição de um dos homens mais ricos do mundo;  ajudou a formar o capitalismo brasileiro, mas sempre mantendo laços estreitos com seu país de origem. Veio de lá o título de conde do Reino da Itália, até porque essas bobageiras de conde, barão, etc, nem combina com o Novo Mundo.  Sua mansão ficava na esquina com a Pamplona -- o material de construção veio da Itália.  Ali aconteceram festas suntuosas, como o casamento da filha, Filomena Matarazzo, com João  Lage, um  milionário carioca. A festa durou três dias e três noites e todos os convidados saíram da casa agraciados com canetas tinteiro, banhadas a ouro. 
Que tal?
Era nessa avenida que se realizava o corso do carnaval paulistano: aqueles desfiles de carros alegóricos abertos com pessoas jogando confetes, serpentinas ou borrifando lança perfume nos foliões de rua. Quando o conde morreu, em 1937, a família pediu que não houvesse corso naquele ano. O corso morreu ali também: nunca mais foi realizado.
Quando a prefeitura da cidade começou as tratativas de tombar a mansão para o patrimônio histórico, os membros da família, revoltados, explodiram parte da mansão, em 1996. Foi o que achei em várias páginas da internet. 
"Nas semanas seguintes o que havia ficado em pé foi demolido por uma empresa, que certamente lucrou muito com todo o mármore travertino dos pisos e fachadas, com os encanamentos e calhas de cobre, com as maçanetas, dobradiças, portas e janelas."
"Essa é a imagem mais conhecida e que resistiu até janeiro de 1996, quando “desabou” com a chuva que castigava a cidade. Esse desabamento não foi acidental, obviamente. Desde 1988 sob disputa na justiça com a Prefeitura, que ali queria criar o Museu do Trabalhador, os herdeiros já haviam dinamitado estruturas do porão. A chuva só fez por completar o trabalho: na madrugada de 11 de janeiro  a parte central do casarão ruiu."
A família transformou o terreno num estacionamento, visando obter receitas para pagar o milionário IPTU do local.
A novidade é que ao término de longa peleja judicial a família Matarazzo conseguiu vender o imenso terreno para as ávidas construtoras: imagine, uma área equivalente a dois campos de futebol....Este é o painel que estão pintando  nos tapumes que agora escondem o lote (passei lá ontem, ficou pronto).
Em seu lugar surgirá a "Torre Matarazzo" (a imagem mostra a projeção): um shopping center e um edifício de uso corporativo... 
 Não por acaso, a avenida é o palco clássico para as manifestações políticas...
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Em 4.6.2012 - mais notícias sobre a mansão Matarazzo, aqui

João Artacho Jurado: um criador de prédios ousados

Se há uma figura esdrúxula na arquitetura de São Paulo, o nome dele é Artacho Jurado. A começar pelo nome e pelo fato de ter construído alguns dos edifícios mais comentados, criticados, e adorados da cidade, mesmo sem  ter diploma  de curso superior -- no currículo formal, apenas o curso de desenho em perspectiva que fez na juventude. Reza a lenda que o pai dele, o velho Ramón Artacho, um anarquista, simplesmente não admitia que o filho fizesse o juramento à bandeira, cerimônia obrigatória nas formaturas da época (décadas de 40 e 50).
A marca registrada de Artaxo era a mistura de estilos tão diversos como o moderno, o déco, o clássico, o nouveau... o uso de ornamentos decorativos como pastilhas, gradis, boulevards internos, pilastras, eram excêntricos para a época...
Edifício Parque das Hortênsias, na Avenida Angélica, em Higienópolis, de curvas acintosamente decorativas.  Um perdulário da forma.

É preciso esperar para comprar um imóvel nos edifícios cênicos idealizados por Artacho; a fila de espera é um fato. Este é o famoso Bretagne, considerado seu projeto mais charmoso. Na época de sua inauguração, em 1958, era o prédio mais alto da região. Sua estrutura assimétrica, em forma de "L", faz com que os apartamentos recebam a iluminação natural, além de permitir a existência de um grande jardim na entrada. 
O Bretagne foi o primeiro condomínio da cidade a ter piscina, playground, salão de chá e música. No espírito de glamour da década de 1950, o Bretagne tem uma série de pinturas, desenhos e texturas em seu interior que o torna único.
É um dos cartões-postais do bairro de Higienópolis -- e da cidade. A revista de arquitetura britânica Wallpaper o apontou como um dos melhores edifícios do mundo para se viver.

Outra obra de Artacho: o edifício Viadutos, bem no centro de São Paulo (Viaduto Maria Paula). Duramente criticado à época de sua construção, pela salada de estilos, hoje o prédio recebe elogios justamente por relembrar os sonhos hollywoodianos do cidadão comum daquela época. São 368 unidades, distribuídas em 27 andares onde moram mais de mil pessoas.  Artacho -- arrisco uma impressão -- era um pós-moderno avant-la-lètre ou uma espécie de Gaudi brasileiro. A mulher na imagem é a cantora Marina Lima gravando um clipe na cobertura do prédio.
Um prédio à beira-mar:  a cobertura do Edifício Verde-Mar, no litoral de Santos.

sábado, 19 de novembro de 2011

a pescaria do rede furada

Olha o que o carteiro deixou na minha caixa de entrada...
a imagem de um jovem baiano praticando surf no Guaiú-Mirim... o surf é um dos esportes prediletos da moçada da Vila de Santo André... acho que o rapaz é o Welton, filho de Edvaldo e Marineide... a onda é modesta, o que me chamou a atenção foi o movimento do corpo... assim como temos o "cantando na chuva", temos o "dançando nas ondas".... viva a arte, a natureza e a vida...!
parece que os campeonatos são bem organizados... quem terá sido o campeão nesta competição?  pelo nome reconheço a maioria dos surfistas... Cauã e Diego por exemplo, são meus vizinhos, filhos de Juraci ... o Jadson já esteve aqui em setembro, no apartamento paulistano onde me encontro neste momento... mas quem será "Acelerado", meu Deus? E "Beiço"?
O convite para o espetáculo do Corpo Cidadão, de Belo Horizonte, uma instituição social ligada ao Grupo Corpo, que vem conseguindo realizar um belo trabalho de inclusão -- através da cultura e da arte -- com jovens oriundos da periferia da capital mineira. Bravo, pelo novo espetáculo, Mirinha!
e por falar em Belo Horizonte, segue um correio elegante para Clóvis e Anne... como foi bom aquele dia passado com vocês e o Cláudio em Inhotim, viu?  obrigada pelo carinho...embarcam para Santiago hoje, não é?.. abrazos y buen viaje! y por favor saludar a los amigos Ismael, Enrique e Soledad
convite chique para o lançamento do livro da Léa Penteado, uma amiga e companheira da Vila.. será na Livraria Saraiva, no shopping Eldorado de São Paulo: exatamente no 23 de novembro, o dia que regressaremos para Santo André... parabéns, Léa!
Outro convite especial, de Savino Rosucci, um italiano de Turim do qual éramos vizinhos logo que chegamos para morar em Santo André... um sujeito muito legal que tocava música ótima no bar e pizzaria dele, o Aphrodesia;  perto do velho cajueiro nas margens do João de Tiba... sempre sentirei saudades das noites que dormia embalada pela música que Savino escolhia para tocar... e dos inesperados shows ao vivo... Savino acabou se mudando para a Chapada Diamantina, o Café que ele abriu é no Vale do Capão. Sorte dos moradores de lá.  Como diz uma mensagem que vi no FB dele... "A place to chill and relax...with good music and good friends....best in Capão center" .  
Tanti auguri, Savino!

uma nova edição da revista Circuito, dos amigos de Milão Paolo Dolfini e Maura Faletti...trata-se de um guia que apresenta uma seleção de lojas, restaurantes, hotéis e atividades da capital da Lombardia... durante todo ano ela é distribuída gratuitamente em cerca de 120 lugares da cidade, incluindo dez dos mais exclusivos hotéis em Milão, assim como para os visitantes dos eventos e congressos internacionais...para conhecer e ver coisas bonitas, o endereço é www.circuito.biz

esta é a visão que os moradores dos outeiros podem usufruir... e olha que a imagem está fraquinha, é muito mais bonito... temos dois amigos moradores da ilha de Elba (Nerina e Giorgio) que mandaram este recadinho: "estamos vendendo um terreno em Santo André, no outeiro, com vista para o mar, com 75 metros de frente e area total de 30.000 m2."
Se alguém se interessar, favor entrar em contato com o escritório imobiliário de Martin Magne (aqui)
... e de tanto falar em italiano, achei um ótimo pretexto para postar uma bela foto que minha filha fez de minha neta, a Chloe, uma romaninha de dois anos e meio...este ano ela foi passear em Santo André... e adorou a Bahia!

Queremos Miles!

Semana passada fui ver esta exposição-musical no Sesc Pinheiros. Uma exposição concebida pela Cité de La Musique de Paris e dedicada a um dos maiores criadores de jazz do século XX. Traça o percurso de Miles Davis desde a sua infância em East St. Louis (Illinois, EUA), até seus últimos anos de vida, quando sua fama havia se propagado por todo o mundo.
Peguei o trem mais novo de São Paulo, a linha amarela do metrô, e desembarquei na estação Faria Lima, cujo entorno é de estética tumultuada como dá para notar na foto abaixo...
 Adorei o nome da rua... Chopin Tavares de Lira...
 ... e esta sapataria?
Dividida em oito sequências temáticas, a exposição nos convida a mergulhar na obra de Miles, com a ajuda de documentos, fotos, partituras, gravações e recursos de multimídia, além de instrumentos musicais que lhe pertenceram. Fiquei comovida na sala dedicada ao disco que é considerado sua obra-prima (Kind of Blue). Sua jornada confunde-se com grande parte da história do jazz: no bebop, no cool jazz e em diversas interlocuções com outros gêneros musicais, inclusive com a bossanova, no disco dedicado ao Brasil (Quiet Nights) que fez em parceria com Gil Evans.
de seus discos, esta é minha capa predileta... foi após o período da Europa onde o músico compartilhava de amizades como a atriz Juliette Greco e frequentava os lugares onde se reunia a inteligência da época, Jean Paul Sartre, inclusive... enquanto nos EUA o preconceito racial impregnava a sociedade... os óculos escuros são sinal de revolta, penso...
"A arte é inquieta, provocativa, transformadora. Por sua natureza, tende a ultrapassar limites, criar novas soluções e se reinventar, agregando influências e símbolos que a mantem em processo de contínua mutação." (Danilo de Miranda, curador do SESC)