A vida aqui na roça é assim: ontem fomos para o Guaiú comer caranguejo guaiamun no restaurante do Pedro. Estavam gordos que nem foie gras... Com pirão e cerveja. Dá trabalho pra comer, mas vale a pena. Na estrada paramos para dar carona a um casal que ia para Santo Antônio; cheiro de álcool insuportável. Quando percebemos, já era tarde. O pior é que em Santo Antônio decidiram, depois de uma breve discussão, continuar conosco até o Guaiú... Fazer o quê. No meio da caranguejada, vi o James caminhando ao longo da praça – um retângulo descampado e semideserto. Num lampejo, percebi que tenho um sonho de consumo em termos de aula de inglês: (re) ler Ulysses, de James Joyce, um irlandês, com a ajuda de um nativo da língua. E ali estava o James em pessoa na minha frente. James is both British and English teacher. Lucky me. Ele topou: e ainda me contou uma parte de sua vida que achei supimpa. Ele morou na Rússia durante um ano, muitos anos atrás, quando o mundo não estava assim tão globalizado. Na Rússia profunda: Murmansk, uma cidade que fica a 200 kms do Círculo Polar Ártico. Um lugar congelado. Aprendeu russo, o suficiente para, anos depois, já de volta a Londres, contratar uma professora russa que morava em Londres para ajudá-lo a ler Leon Tolstoi no original. Olha que chic. |
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