
detalhado do enterro de uma rainha inglesa... só que o autor esqueceu de dizer o nome dela...
"Um sinal marcante do prestígio da monarquia foi o funeral da rainha da Inglaterra. Ela morrreu na Ilha de Wight, em um de seus palácios, em uma tarde de terça-feira, 22 de janeiro de 1901. Seu desejo era receber um funeral militar, uma vez que era a chefe das forças armadas e da marinha do império britânico. Seu caixão, coberto com cetim branco, foi transportado no iate real até a base naval de Potsmouth, atravessando todo o trecho de 8 milhas em um corredor formão por embarcações – os couraçados e cruzadores britânicos ancorados de um lado; as canhoeiras, os transatlânticos e os navios de nações estrangeiras amigas de outro. Oito destroyers, pintados de preto para a ocasião, acompanhariam o iate real, e as pessoas a bordo podiam ouvir, ribombando sobre o mar, a banda do navio tocar a Marcha Fúnebre de Chopin.
No dia seguinte, o caixão real, transportado até Londres pelo trem funerário, passou por estações apinhadas de pessoas em luto, enquanto nos campos os trabalhadores rurais podiam ser vistos sob a chuva forte, sem os chapéus, em sinal de respeito. Praticamente todos os que assistiam ao cortejo haviam passado a vida inteira sob o reinado daquela monarca. Na cidade de Londres, a procissão fúnebre avançou lentamente em direção à estação férrea de Paddington, observada silenciosamente por uma imensa multidão. Distinguiam-se, durante o funeral, todos montados em cavalos, o rei de Portugal, que logo seria destronado, o arquiduque Francisco Ferdinando, que seria assassinado às vésperas da Primeira Guerra Mundial e o imperador alemão que perderia o trono ao final dessa guerra."
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Parêntesis1: o autor descreveu o enterro com minúcias, só esqueceu de colocar o nome da rainha... (Victoria)
Parentêsis2: o que a gente não consegue esquecer, lendo a descrição deste fabuloso enterro, é que tão logo o caixão da poderosa rainha baixou ao solo, os vermes foram se incumbindo de transformar seu corpo em pó, igualzinho ao que acontece com qualquer ZéPovinho. Para a morte, tanto faz ser rainha como maria-sem-vergonha... É essa a nossa trágica igualdade, tão óbvia e tão esquecida pelos "poderosos" da hora.
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Parêntesis1: o autor descreveu o enterro com minúcias, só esqueceu de colocar o nome da rainha... (Victoria)
Parentêsis2: o que a gente não consegue esquecer, lendo a descrição deste fabuloso enterro, é que tão logo o caixão da poderosa rainha baixou ao solo, os vermes foram se incumbindo de transformar seu corpo em pó, igualzinho ao que acontece com qualquer ZéPovinho. Para a morte, tanto faz ser rainha como maria-sem-vergonha... É essa a nossa trágica igualdade, tão óbvia e tão esquecida pelos "poderosos" da hora.
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Em compensação, adquiri o primeiro volume da obra prima de Proust Em busca do tempo perdido. A edição pretende ser o Proust definitivo, traz prefácio, posfácio e notas. Li estes livros (são 7 volumes) quando era muito jovem, tirava da biblioteca da Universidade. Agora que estou começando a reler, percebo que é tudo novo, outra leitura...E é muito mais difícil de ler do que eu recordava.
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