Semana passada fui ver esta exposição-musical no Sesc Pinheiros. Uma exposição concebida pela Cité de La Musique de Paris e dedicada a um dos maiores criadores de jazz do século XX. Traça o percurso de Miles Davis desde a sua infância em East St. Louis (Illinois, EUA), até seus últimos anos de vida, quando sua fama havia se propagado por todo o mundo.
Peguei o trem mais novo de São Paulo, a linha amarela do metrô, e desembarquei na estação Faria Lima, cujo entorno é de estética tumultuada como dá para notar na foto abaixo...
Adorei o nome da rua... Chopin Tavares de Lira... ... e esta sapataria?
Dividida em oito sequências temáticas, a exposição nos convida a mergulhar na obra de Miles, com a ajuda de documentos, fotos, partituras, gravações e recursos de multimídia, além de instrumentos musicais que lhe pertenceram. Fiquei comovida na sala dedicada ao disco que é considerado sua obra-prima (Kind of Blue). Sua jornada confunde-se com grande parte da história do jazz: no bebop, no cool jazz e em diversas interlocuções com outros gêneros musicais, inclusive com a bossanova, no disco dedicado ao Brasil (Quiet Nights) que fez em parceria com Gil Evans.
de seus discos, esta é minha capa predileta... foi após o período da Europa onde o músico compartilhava de amizades como a atriz Juliette Greco e frequentava os lugares onde se reunia a inteligência da época, Jean Paul Sartre, inclusive... enquanto nos EUA o preconceito racial impregnava a sociedade... os óculos escuros são sinal de revolta, penso...
"A arte é inquieta, provocativa, transformadora. Por sua natureza, tende a ultrapassar limites, criar novas soluções e se reinventar, agregando influências e símbolos que a mantem em processo de contínua mutação." (Danilo de Miranda, curador do SESC)
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