domingo, 6 de novembro de 2011

O milagre da rua 7

Então... ontem deu um problema aqui no blog. Alguns textos simplesmente sumiram, num piscar de olhos. Procedi como da outra vez que o blog desapareceu: fui na página do Google, descrevi a ocorrência e pedi ajuda no fórum do Blogger. Primeiro surgiu um rapaz chamado Victor que sugeriu limpar o cache e os cookies. Ainda bem que ele juntou o link ensinando onde achar o cache e tal.  Segui as instruções do tutorial, passo a passo; mesmo assim, o problema persistia.
Sai de casa para ver um filme e quando voltei, achei outra sugestão, do Jair de Jesus, além de comentários de duas amigas. Ah! O Jair matou a charada. Eu havia mexido nas cores do template horas antes... na certa me distraí e coloquei um tom tão claro que não dava para ver as palavras. Uma espécie de tinta invisível (que burrinha...).
Resumo da ópera: deu problema no blog, fui ver um filme e quando voltei o problema estava resolvido. Obrigada aos internautas amigáveis!
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O filme é que foi fantástico. Acho que Limite está para o cinema brasileiro como "8 e meio" está para o cinema italiano, impregnados de mito e fascínio.  Mesmo sem Fellini, Anita e a Fontana di Trevi, o filme brasileiro é considerado um dos melhores filmes mudos da história.
"Pouco conhecido no país, "Limite" é um dos filmes brasileiros mais celebrados no exterior. Lançado em 1931, o longa-metragem mudo e em preto e branco de Mario Peixoto teve poucas exibições mas, ao longo dos anos, passou a ser cultuado como uma obra-prima por críticos, acadêmicos e entusiastas do cinema silencioso."  
A fita mostra o litoral de Mangaratiba (RJ), uma vila de caiçaras; um cenário inundado de água e símbolos da água (barcos, remos, ondas, massas de água infinitas) que propiciam enquadramentos excelentes e fotografia-arte. Os personagens são indiferentemente ditos "Mulher número 1", "Homem número 1", "Mulher número 2" e "Homem número 2".  São náufragos, à deriva num oceano de fogo, de água cintilante; uma beleza asfixiante. 

A sala de cinema era nada mais nada menos que o Auditório Ibirapuera, esta obra de Niemeyer na capital paulista. Nossa amiga, que é do ramo, nos disse que na audiência estava "a fina flor do cinema brasileiro"; um filme para cineastas. A cópia foi restaurada em parceria da Cinemateca Brasileira, a Cinemateca de Bolonha e a World Cinema Foundation, a instituição que Scorcese criou para preservarção do cinema mundial.
A música que acompanhava a projeção ao vivo, foi um deslumbranto à parte. O grupo era formado pelo compositor norueguês Bugge Wesseltoft, ao piano, pelo brasileiro Naná Vasconcelos na percussão, Rodolfo Stroeter no baixo, Marlui Miranda na flauta e voz e o norueguês Ola Kvernberg no violino.
Fiquei emocionada pela presença do velho Naná... sempre tive um fraco por ele. Tocando berimbau como um deus... Ah... que noite especial...Aleluia. 
Cláudio admirando a obra da Tomie Ohtake

2 comentários:

m.Jo. disse...

Você é muito chique, Olímpia.
Bjks

olimpia disse...

m.Jo
Na verdade, estou mais pra xique-xique...hehehe...
beijos, obrigada, anyway