sábado, 31 de janeiro de 2009

De Bye Bye Brasil a Dolce Vita

Acabei de deixar o filme (curtinha) de David com o Joelson, para copiar.
Chama-se “O lugar”.
Essa senhora nos cedeu, para exibirmos na prévia do Cine Cajueiro.
Vi uma parte, achei bem legal; o alemão filmou Santo André e seus moradores, com uma mão leve, intercalada com viés de verdes, focando em ângulos dos objetos deslocados do lugar-comum.... bem gostoso de ver.
Está se formando uma liliputiana produção – um olhar, pelo menos – de produtos em mídias misturadas aqui, em Santo André (“The Place”).
É intrigante, a natureza desta vila; ainda ontem à noite nos estendemos no tema “que lugar é esse?” por horas, lá no Santana’s. Estava cheio, de maneira confortável, sem gente demais.
Lembro de ter visto este homem sair do restaurante com um cachorro fox-paulistinha no colo; atrás, a mulher. O animal parecia um pouco contrariado.
Estavam upseted porque na mesa ao lado alguém lembrou de um incidente desagradável provocado por um estadunidense que conheceu no Canadá; e como a moça da mesa vizinha era americana interferiu na conversa pedindo “moderação” na linguagem. Quer dizer: contribuiu para reforçar o estereótipo do americano arrogante.
O dia está pra lá de bonito: almoçar perto do rio, muitos brasileiros, todos turistas, conversar com alguns amigos italianos. A manhã foi toda tomada pela operação da retirada da árvore que secou, lá em casa. Estava prestes a cair em cima da casa, todo dia caiam galhos finos e taludos. O contratado foi Chicó e o Pinha, pra ajudar: juntou gente, principalmente homens para ajudar a segurar as cordas, puxar os galhos semi-serrados para baixo. Cada galho que caía, doía no coração... O substituto já foi plantado, é um Pau-Brasil . Também colocamos um tíbio pé de ipê no fundo do quintal. Dizem que levará tanto tempo para florir, se a gente não chegar lá, alguém verá por nós.
A gente sai de bicicleta por aí, vai no Café, na Lan House, passa por essa família toda deitada no chão friinho de uma varanda -- ninguém aguenta ficar em casa, faz um calorão, ainda cruzo com os trabalhadores da Ilha, a maioria dos homens adultos agoram trabalham lá. Dia de sábado, meio-expediente. Ontem também os vi à chegada, no fim da tarde. Me impressiona como chegam bem-humorados, brincando, depois de um dia estafante sob o sol.
Hoje à noitinha teremos o encerramento das aulas de hip-hop, soul e street dance que o professor Valdir, do Corpo Cidadão, tocou aqui com os moradores. O encerramento das aulas de percussão e dança-afro das professoras Gal e Mari foi no sábado passado, tudo bonito de dar gosto!







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