Quem frequenta o povoado onde moro provavelmente conhece a Mônica Paoletti, uma moradora itinerante de Santo André da Bahia. Na última vez em que a vi, ela comentou sobre sua vontade de ajudar a fortalecer, na Vila de Santo André, uma atitude comunitária mais atenta à preservação do nosso bonitíssimo meio-ambiente.O lugar tem um pouco de tudo: mar, rios, palmeiras, Mata Atlântica, mangue, restinga, peixe fresco, camarão novinho, passarinho, ilhas, tartaruga (cobra e mosquito também). Agora recebi um email dela contando com mais pormenores a idéia do projeto.
A carta da Mônica:
A carta da Mônica:
"Tenho boas novas sobre o meio ambiente de nosso Santo André e acho que seria bem legal divulgar no seu blog.
Desde o verão de 2010, após toda aquela polêmica em torno da rave na praia das Tartarugas, resolvi deixar de lado as discussões inconclusivas e tentar entender verdadeiramente se há ou não desovas de tartarugas na praia de Santo André.
Pois bem, me dirigi ao Projeto Amiga Tartaruga (PAT Ecosmar), coordenado pelo biólogo Paolo, com sede em Porto Seguro, e filiada ao Projeto TAMAR, que já há alguns anos vem fazendo este trabalho de monitoramento e preservação de varias espécies de animais marinhos e silvestres e me engajei nesta causa ambiental.
Desde o verão de 2010, após toda aquela polêmica em torno da rave na praia das Tartarugas, resolvi deixar de lado as discussões inconclusivas e tentar entender verdadeiramente se há ou não desovas de tartarugas na praia de Santo André.
Pois bem, me dirigi ao Projeto Amiga Tartaruga (PAT Ecosmar), coordenado pelo biólogo Paolo, com sede em Porto Seguro, e filiada ao Projeto TAMAR, que já há alguns anos vem fazendo este trabalho de monitoramento e preservação de varias espécies de animais marinhos e silvestres e me engajei nesta causa ambiental.
Como ainda não resido permanentemente em Santo André, minhas tarefas como voluntária são, basicamente, distribuir material informativo, divulgar o trabalho do Pat Ecosmar, notificar desovas, encalhes ou tartarugas mortas, e ajudar no resgate de tartarugas, o que já ocorreu em julho/2010 quando eu e meu amigo Alexandre (também residente itinerante de Sto Andre) resgatamos uma tartaruga afogada e desnutrida bem na praia das Tartarugas (!!!), tudo feito sob a orientação do Paolo que na manhã seguinte veio buscá-la para tratamento na base do PAT.
Enfim, a cada vinda minha a Santo André tenho procurado fazer este trabalho de "formiguinha", buscando fundamentalmente responder a estas indagações: há desova de tartarugas em Sto André? quantas? em quais locais? A partir disto, possamos ter argumentos objetivos para justificar um trabalho de monitoramento e preservação das tartarugas, proteger as áreas de desova e garantir que os ninhos fiquem bem cuidados, para que não ocorram ataques de outras espécies animais ou mesmo da espécie humana.
Enfim, a cada vinda minha a Santo André tenho procurado fazer este trabalho de "formiguinha", buscando fundamentalmente responder a estas indagações: há desova de tartarugas em Sto André? quantas? em quais locais? A partir disto, possamos ter argumentos objetivos para justificar um trabalho de monitoramento e preservação das tartarugas, proteger as áreas de desova e garantir que os ninhos fiquem bem cuidados, para que não ocorram ataques de outras espécies animais ou mesmo da espécie humana.
A partir deste verão/2011 passei a contar com a ajuda valiosa cooperação do nosso conhecido e estimado Vevé, nativo e pescador, e de seu filho Luciano. Ambos já faziam espontaneamente este trabalho mas, a partir deste verão, estamos procurando nos organizar para mapear as desovas, proteger os ninhos, acompanhar o nascimento dos filhotes, e notificar todos estes acontecimentos para o Paolo (PAT), que centraliza, coordena e orienta toda a operação.
Este trabalho inicial visa levantar informações suficientes para que possamos fundamentar a captação de recursos financeiros para constituir uma base local do PAT, sob a coordenação do biólogo Paolo, capacitar nossos adolescentes e jovens para se tornarem monitores ambientais e, com isso, garantir a preservação das tartarugas e do meio ambiente. Com isso, nossa praia de Santo André poderá também se tornar um atrativo turístico/ecológico, alinhado com os melhores princípios contemporâneos de preservação ambiental e, assim, atrair um turismo de boa qualidade, não poluente, e em harmonia com a característica regional de "sossego com requinte".
Este trabalho inicial visa levantar informações suficientes para que possamos fundamentar a captação de recursos financeiros para constituir uma base local do PAT, sob a coordenação do biólogo Paolo, capacitar nossos adolescentes e jovens para se tornarem monitores ambientais e, com isso, garantir a preservação das tartarugas e do meio ambiente. Com isso, nossa praia de Santo André poderá também se tornar um atrativo turístico/ecológico, alinhado com os melhores princípios contemporâneos de preservação ambiental e, assim, atrair um turismo de boa qualidade, não poluente, e em harmonia com a característica regional de "sossego com requinte".