sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Eleições para a Associação

Em conexão com a outra postagem "Novidades em Santo André"
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"Convocação

A Associação Pró Cultura e Turismo Santo André-Bahia, conforme o seu estatuto, convoca seus diretores, conselheiros, associados e convidados para a Assembléia Geral dia 26 de fevereiro de 2009 a ser realizada no Casa Praia às 17hs, primeira convocação, 17h30 última convocação, para eleição de nova diretoria.
Os interessados em concorrer podem apresentar na Assembléia a sua chapa que deverá ser composta de 6 membros de diretoria (presidente, vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 1º tesoureiro e 2º tesoureiro) e 6 membros do conselho. Somente os associados poderão concorrer aos cargos de diretoria.
Contamos com todos.
Cordialmente

Henrique Costa
Presidente"

Novidades em Santo André (Bahia)

Recebi o email abaixo e fiquei animada.

Além do esforço das Associações (Centro de Cultura e Convivência, IASA e AMASA), do pessoal que contribui com recursos financeiros ou trabalho, mais o valioso reforço do grupo Corpo Cidadão (Miriam Pederneiras e professores), agora tem mais gente procurando ajudar.

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Tudo que Santo André precisa é de ajuda. Se todos procurassem contribuir um pouquinho, de alguma maneira...

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"Caros amigos

Há quase três anos, quando foi criada a Associação Pró Cultura e Turismo Santo André-Bahia, tínhamos por finalidade unir os empreendedores da vila com o objetivo de fomentar o turismo na baixa estação. Muitos objetivos foram alcançados. Entendo que agora seja tempo de outro movimento para através da Associação, buscarmos recursos para colaborar no desenvolvimento de projetos que atendam as áreas de cultura e esporte em parceria com as associações já existentes na vila como Centro de Convivência e Cultura, IASA e AMASA.

Por essa razão estou me propondo a assumir a presidência da Associação, com os ônus decorrentes desta resposabilidade como manutenção do site, compromissos contábeis e impostos. Como Jornalista e Gestora Cultural sei que a Associação bem constituída tem condições de participar de editais e trazer recursos para o desenvolvimento de projetos sociais para a nossa vila, como conseguimos o ano passado da Fundação Nestlé o valor de R$ 70 mil para Associação Indígena Pataxó realizar os 1os Jogos Indígenas para Crianças Pataxó que será em abril 2009. Informações sobre este projeto http://torceporvoce.blogsot.com

Claudia Schembri estará à frente da pesquisa de editais e elaboração de projetos.Por esta razão não poderá fazer parte da diretoria, já que muitos editais fazem restrições quanto ao responsável pelo projeto ser integrante da diretoria da associação proponente.

Com a intenção de colaborar com o desenvolvimento sustentável e saudável para Vila de Santo André, conto com sue apoio

um abraço

Léa Penteado"

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

La Fornarina (e Raphael, o ingrato)


Pouco se sabe sobre a amante de Rafael (La Fornarina),
embora ao longo do tempo ela tenha ganho um nome: Margherita.

Seu pai era um padeiro sienense (la fornarina significa a filha do padeiro) e sua loja ficava no Trastevere, o bairro boêmio de Roma.

Margherita ganhou reputação de "mulher desonrada" e Rafael, desejando ser absolvido antes de morrer, expulsou-a de seu leito de morte.

Acredita-se que ela também foi modelo para outro célebre retrato de Rafael, La Donna Velata, que se encontra no Palácio Pitti, em Florença.

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Fonte: brochura do Palazzo Barberini, Roma

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Santa Maria Maggiore


Uma das grandiosas basilicas romanas, Santa Maria é um conjunto arquitetonico que começou na Antiguidade (420 DC) e passou por modificaçoes e acrescimos durante a Idade Média e o Renascimento. Por fim, o Barroco acrescentou-lhe cupulas gemeas e fachadas imponentes, etc, etc.

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Gosto muito das lendas... a desta igreja diz que em 356 o papa da época sonhou que a Virgem lhe pedia para construir uma igreja no local em que encontrasse neve. Quando nevou no monte Esquilino no dia 5 de agosto, no meio de um verao romano escaldante, o papa obedeceu.
Todos os anos o milagre da neve é comemorado com um ato religioso em que milhares de pétalas brancas caem do teto de Santa Maria.
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Aproveito para dizer a R.E. (de Brasilia) que acendi a vela, conforme solicitado. Tomara que voce consiga atingir o seu objetivo.
P. S. : a vela, na verdade, é um tubinho de vidro com uma pequena lampada em cima. A gente aperta um botao e ela acende. Acho que nao pode ter vela com fogo de verdade por causa do risco de incendio.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O Coliseu quadrado



A caminho do Fiumicino,minha filha me apontou este prédio diferente, parte do complexo do bairro EUR, construido por Mussolini.
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"Um povo de poetas, de artistas, de heróis, de santos, de pensadores, de cientistas, de navegadores, de transmigrantes“, esta é a frase esculpida para sempre na memória no mármore do “Palazzo della Civiltà Italiana” em Roma, mas conhecido como o "Coliseu quadrado".

milaneses versus romanos

hoje é dia de Itália
No aeroporto, um susto: o vôo do Caio, meu filho, chegara de Milao ha quase uma hora e nada do rapaz aparecer na saida do terminal... Motivo: o quadro que a artista e amiga Ceres Aires, de Brasilia, pintou para a Camila, sumiu...
Foi preciso preencher os longos formularios de "queixas".
A burocracia italiana parece estar à altura da brasileira.
O pitoresco da história, é que os funcionarios do aeroporto romano comentavam "soh pode ter sido em Malpensa".
A rivalidade entre Milao e Roma é antiga e folclorica.
Conheço esse filme: no Brasil é o equivalente a Sao Paulo versus Rio.
Puro bairrismo.
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Eu, por exemplo, agora só torço por um time: o America F. C. de Santo André da Bahia

Para uma prima de Natal

Cara L. H.:

Devido ao seu pedido, coloco aqui uma foto minha em Santo André, de janeiro/09, ao lado do meu marido, um homem bacana.

Como voce pode notar, muito Tempo se passou desde que.. bem, uso suas palavras... "lembro-me da menininha nos aniversários, distante de todos, lendo o que encontrava..."

Foi uma viagem no tempo, este nosso reencontro virtual: sao as conexoes incriveis que os 3w propiciam... obrigada por ter me procurado.

E parabéns pela sua poesia.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Caio chega hoje!

Bienvenuto a Roma, mio figlio!

Pauline, a estatua e a Villa Borghese


Escolher o lugar mais bonito de Roma é tarefa impossivel, no minimo, controversa.
Digamos que a Villa Borghese é um dos mais bonitos, com jardins magnificos; um oásis verde no alto de uma colina romana, com muitas fontes e esculturas espalhadas pelas suas alamedas.
Entre outras atraçoes, tem a Galleria Borghese, um museu delicioso para se visitar. Pequeno, se comparado com os demais, funciona numa mansao que foi construida para as festas da riquissima e poderosa familia Borghese.
Nele, só podem entrar 360 pessoas a cada duas horas. Pesarosos, os visitantes sao obrigados a sair ao termino do prazo. As salas são lindamente organizadas. Em quase todas uma escultura belissima ocupa o centro do salão, capturando nosso olhar, de pronto. Só depois desviamos o olhar para os outros tesouros expostos nas paredes.
Um museu clássico que reúne a coleção da família Borghese, iniciada pelo cardeal Scipione Borghese, no século XVII, e repleta de Ticianos, Caravaggios e Berninis.
Uma das esculturas mais famosas é a de Pauline Bonaparte Borghese, a irma predileta de Napoleao (foto), um beleza legendaria que atraia legioes de admiradores. Seu primeiro marido foi o Coronel Victor Leclerc. Diz a lenda que Napoleao os encontrou fazendo amor numa esquina do Palazzo Mombello, em Milao. Embora o casamento nao tenha impedido Pauline de ter fileiras de amantes.
Em 1801, Leclerc foi mandado para comandar tropas no Haiti; morreu la mesmo, no ano seguinte. Oito meses depois Pauline casou com o Principe Camillo Borghese, um dos homens mais ricos da Italia. A fidelidade de Pauline ficou mais ausente do que nunca; o Principe a prendeu dentro de casa, mas parece que nao funcionou... Pauline continuou a escandalizar a sociedade, principalmente quando encomendou duas esculturas suas ao escultor florentino Canova. Posou quase nua.
Quando as esculturas ficaram prontas, seu marido nao deixou ninguem ve-las, nem mesmo o proprio escultor.
Pauline amava seu irmao; quando Napoleao estava em Elba foi a unica dos irmaos que foi visita-lo. Vendeu suas propriedades -- soh em joias tinha um verdadeiro tesouro -- e usou o dinheiro obtido para ajudar Napoleao a retornar ao poder.
Depois dos 100 Dias, Pauline voltou a Italia, mas seu marido terminou o casamento. Nao podendo mais residir no Palazzo Borghese, Pauline comprou uma propriedade perto de Roma, onde continuou fiel ao seu estilo de festas e amantes até morrer de cancer em 1825, com a idade de 44 anos. Pediu para ser enterrada com seu vestido mais rico e bonito, e, reconciliada com a familia do marido, foi enterrada na capela da familia Borghese, ao lado de papas.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Gattopardo, Lampedusa

No aeroporto de Sao Paulo comprei este livro, de bolso. Faz parte de minhas viagens, apreciar a literatura do local para onde me dirijo. Li apenas alguns capitulos da célebre obra do principe de Lampedusa; percebi de pronto o estilo formal, bastante detalhista, hoje considerado ultrapassado.

Para mim estah sendo uma aula de Historia., pois a estoria começa por ocasiao da libertaçao do "Reino das Duas Sicilias" do dominio borbonico (Garibaldi e seus mille) e retrata, por meio de uma angulaçao diferente, a condiçao siciliana. Parece-me que o livro estah eivado de ironia, que se manifesta tanto na representaçao da hipocrisia e das ilusoes dos personagens, quanto no lucido relato do processo historico.

A visita que o Principe Salina (Don Fabrizio) faz ao Rei Ferdinando II, em Napoles, é exemplar, neste sentido.

Il Gattopardo foi publicado apos a morte de Tomasi de Lampedusa (foto em preto e branco), aqui em Roma (1958), depois de ter sido recusado duas vezes pelas editoras. Uma cegueira editorial, pois quando a Feltrinelli publicou-o, a obra alcançou um estrondoso e imediato sucesso de publico.
Em 1963, o romance foi adaptado para o cinema pelo genio de Luchino Visconti e ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes, tendo no elenco uma magnifica Claudia Cardinale e os atores Alain Delon e Burt Lancaster.

Um colaborador do cineasta (Veniero Colasanti) conta que, para a famosa cena do almoço ao ar livre na viagem para Donnafugata, Visconti exigiu um serviço de louça antiga autentica, com brasao, que foi conseguido pela decoradora, a princesa del Drago. Pagaram uma fortuna de seguro, e afinal nem aparece no filme porque o unico prato que se entreve estah coberto pela comida; e de como o delicadissimo piso do Palazzo Granci precisou ser protegido com tapetes para a filmagem do baile.
Enquanto Lampedusa usou o palacio de sua mae para criar Donnafugata, Visconti usou para o mesmo fim o palacio de sua propria familia. Assim, aos palacios verdadeiros, fundiram-se os palacios ficticios do romance, que por sua vez, se misturam aos das nossa imaginaçao.
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

From GRU to MXP

No meio do ultimo filme dos irmaos Coen ouço a voz :

"Senhores e senhoras, aqui fala o comandante... (informaçoes de praxe),... e a temperatura em Milao é de zero grau."

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Meu bronzeado baiano empalideceu.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

quem tem boca, vai a Roma



Estou me sentindo a própria, desde o primeiro momento desta viagem. Começou com o passaporte esquecido em casa (quando já atravessara o rio, de balsa); logo depois fiquei sabendo que não havia lugares no vôo planejado (para Milão).
Tenho uma passagem na mão condicionada à existência de lugares vazios; portanto, não posso comprar o bilhete do vôo que me levará de Malpensa para o Fiumicino. Ou seja, nem a filha, nem o genro, sabem que dia e hora a mãe da noiva chega. Ou se chega.
No sábado passado avisaram que no domingo (ontem) tinha vaga, fácil. Fiz a mala e fui dormir tranquila, só para acordar no domingo e lembrar que não podia embarcar, eu precisava me apresentar no antigo trabalho para provar que estou viva e aposentada.

Finalmente, decido tentar as chances na terça. Se todos os caminhos levam à Roma chego lá na quarta, à tardinha.
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lembrete: na volta para o Brasil, chegar ao aeroporto de Roma no dia marcado para o vôo, e não um dia antes, como da última vez.

Os preparativos




Os noivos e o menino


Os meninos da escolinha Maria Marta


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

camping Jambo Sana em Santo André

fomos visitar o Nélson e a Vera e olha só que delícia de lugar!

Relembrando o verão (4)


Zaíne, depois do curso de hiphop

Relembrando o verão (3)

A galera da Jade

O painel do Stefano



Feito com pouco dinheiro (7 reais) e muita inventividade.

Ficou lindo, e é a cara desses tempos bicudos.

O acarajé do baiano


O príncipe da FAAP



Wagner Moura, antigo Capitão Nascimento, agora na pele de Hamlet, em atuação inesquecível.

Vale a viagem para São Paulo.

Este Hamlet brasileiro entra e sai do palco durante 3 horas (que a platéia nem sente passar), dizendo as falas de um texto sem pretensões literárias, mas que funciona: a idéia é que o público entenda.

Afinal, todo mundo sabe que há algo de podre no reino da Dinamarca.

Wagner está inspirado, mormente naquela célebre parte da “peça dentro da peça” quando o atormentado príncipe conversa com a trupe que vai encenar “O assassinato de Gonzaga” no castelo. Hamlet é um dos textos de Shakespeare que mais retrata o processo da dramaturgia, como mostra Hamlet, num dos seus monólogos:

Não é monstruoso que esse ator aí,
Por uma fábula, uma paixão fingida,
Possa forçar a alma a sentir o que ele quer,
De tal forma que seu rosto empalidece,
Tem lágrimas nos olhos, angústia no semblante,
A voz trêmula, e toda a sua aparência
Se ajusta ao que ele pretende?
E tudo isso por nada! Por Hécuba!
O que é Hécuba pra ele, ou ele pra Hécuba,
Pra que chore assim por ela.
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Falando em dramaturgia, o excerto abaixo é de um texto de outra atriz, a Fernanda Torres:
O pânico de ser atriz vem da autoconsciência, do julgamento de si mesmo, da expectativa e de qualquer ruído que lembre o quão inútil é a profissão.

Em fevereiro de 1995, pouco depois da estréia da peça Cell Mates, em que fazia um dos papéis principais, o ator inglês Stephen Fry acordou, foi para a garagem, ligou o carro e tentou se matar. Aí pensou na mãe, ficou com pena dela e decidiu fugir. Pegou o carro e, de fininho, foi parar na Alemanha. Passou meses desaparecido. A peça saiu de cartaz. Fry também — segundo o próprio, para sempre. Mas voltou ao cinema, tendo feito o papel-título em Wilde. A razão de largar o teatro? Aquilo que, em inglês, se chama stagefright.

Não existe uma boa tradução de stagefright para o português. “Pânico de palco” deixa a desejar. “Pânico da platéia”, idem. Talvez a melhor tradução seja “pânico de cena”, ou “medo da cena”. Afinal, não é propriamente do palco que o ator tem pavor, nem da platéia. É do todo: pavor de perder o próprio sentido da profissão. Qualquer ator se pergunta antes de entrar em cena: “Mas, afinal, por que fui inventar isso pra mim? Por que não sou engenheiro ou médico? Que sentido há em fingir que sou outro?”.

Pânico de cena seria um estado patológico no qual o ator, em bom português, trava com as quatro patas, empaca, amarela. No estrangeiro, os casos são inúmeros, graves e renomados. Laurence Olivier se livrava da pressão de ter que ser Olivier xingando o público na coxia, antes de começar o espetáculo. Depois que passou dos sessenta, o pavor era tamanho que ele pensou em desistir da profissão. (...)

Wagner Moura me disse que, no Carandiru, os atores gostavam de pegar sol no pátio do presídio durante os intervalos das filmagens. O problema é que a outra ala da carceragem ainda estava ativada e os presos ficavam pendurados nas grades da cela, olhando os atores e gritando: “Tu é marginal porra nenhuma! Tu é viado! ô, viado!”. Ninguém do elenco quis mais arejar lá fora, para não ter que lidar com a crítica feroz dos presos. Esse negócio de fazer gente que existe é uma coisa muito complicada.”

Verão em Santo André da Bahia


Espetáculo "Mão na Roda"

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Mônica e a CVC (Costa Brasilis)



Só ontem tive a oportunidade de ler o email abaixo, da Mônica Paoletti para a CVC.

É uma excelente carta, muito bem escrita, minuciosa e paciente.

Parabéns por sua atitude, Mônica!

Durante o alto verão de Santo André percebi que diversas pessoas se manifestaram a favor da preservação do local, enquanto APA.

Já escrevi o meu email para o Sr. Saldanha também, endossando a posição da Mônica. Faço um apelo para que outros também o façam.
O email do Sr. Saldanha é saldanha@gjphoteis.com.br
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a foto (linda, não?) é de Alexandre Zulu.

A carta da Mônica para o Sr. Saldanha

Caro Sr.Baltazar Saldanha,
Meu nome é Monica Odebrecht Paoletti, sou proprietária de uma residencia e empresária no Povoado de Santo André - Bahia, o mais novo destino da CVC, junto ao resort Costa Brasilis. Minha casa é bastante próxima ao resort e por isso tenho tido a infeliz oportunidade de acompanhar de perto e constatar que os acordos feitos em reunião entre o gerente Sr Roberto e representantes dos moradores e amigos de Santo André, não estão sendo respeitados.
Nessa reunião o Sr Robert tranquilizou a todos dizendo que os pacotes a serem comercializados seriam colocados na categoria "destino tranquilo", ou seja para turistas em busca de paz, Natureza, silencio e tranquilidade, respeitando assim a caractérística primordial deste local, que em tudo e muito difere dos "vizinhos" próximos, a saber: Porto Seguro, Arraial d´Ajuda e Trancoso, que são locais de aglutinação, badalação, axé e outros infortúnios de uma determinada forma de diversão associada ao litoral baiano. Não sabemos se o gerente Sr Roberto age por orientação própria ou segue uma ideologia do grupo CVC, mas eu e os demais moradores e empresários estamos por demais incomodados e acreditamos que seria importante que os fatos incômodos fossem conhecidos por outras instancias administrativas, para que providencias possam ser tomadas.
Como já mencionei, minha casa fica próxima ao resort e ,portanto, pude constatar que o Sr Roberto parece confundir diversão com gritaria pois, desde as atividades conduzidas por um "animador" junto às piscinas até à programação noturna, tudo é feito com o uso de um microfone em volume alto o suficiente para perturbar todos nós que moramos ao redor, que se hospedam na Pousada Victor Hugo e na Pousada Araticum, e até mesmo, por uma questão geográfica e de canalização e dispersão do som pelo vento, às moradias que ficam no alto da parte alta de Santo André.No meu caso, além de perturbar à mim e às demais pessoas da minha família, causam perturbação aos turistas que alugam minha casa para férias, ou seja:estou sendo duplamente prejudicada.
Tive uma temporada de 30 dias, entre dezembro/2008 e janeiro/2009 e, neste curto espaço de tempo, pude registrar diversas ocorrencias alarmantes:
1. a questão do lixo: ou o lixo do resort se acumula de uma forma exorbitante, de modo a transbordar para fora do recinto adequado e chegar ao espaço da rua, ou mesmo após a passagem do caminhão do lixo sobram restos no recinto e mesmo no caminho, tornando completamente desagradável a experiencia de passar pelo local. Tive oportunidade de comunicar diretamente o fato ao Gerente Sr Roberto, que prometeu tomar providencias.
2.Numa tarde de sábado, dia 10/01/2009, houve um show de pagode no resort e, por intermináveis horas, tivemos que conviver com o volume alto e incomodo desse genero musical. Perturbação causada às moradias e pousadas ao redor do resort e ,como já disse, com vazamento de som para as residencias da parte alta de Sto André.Tentei contato com Sr Roberto para solicitar que o volume fosse abaixado. Náo fui atendida por ele e nem meu pedido foi atendido.
3.Numa 2a feira à noite, dia 12/01/2009,houve música ao vivo na beira da piscina. Já passava das 23 horas e o músico cantava a plenos pulmões e com todo o volume do microfone. Liguei para o resort para solicitar que o volume fosse abaixado. O recepcionista que me atendeu se prontificou a tomar providencias e me informou que alguns hóspedes do próprio resort também já haviam reclamado! Meia hora depois, tudo continuava igual, o que acabou provocando minha ida, pessoalmente, até o resort. Pedi para falar com o gerente Sr Roberto. Depois de muita insistencia, um recepcionista localizou-o pelo telefone e a resposta que recebi foi que o Sr Roberto havia dito que não queria ser incomodado porque já estava "recolhido"!
Solicitei providencias imediatas, pois eu também gostaria de já poder estar "recolhida", mas não havia podido faze-lo devido à perturbação do som. Questionei também os recepcionistas sobre o fato de nem mesmo haver respeito aos próprios hóspedes do resort, que também estavam se sentindo incomodados.Felizmente, um recepcionista muito atencioso e gentil foi pessoalmente até a área da piscina e solicitou ao cantor a moderação no volume. Detalhe: havia no máximo 10 pessoas na "platéia" do cantor! Para que essa potencia de som tão desnecessária?Deixei um recado para o Sr. Roberto, deixei meu telefone para contato. Retornei ao resort na manhã seguinte pois queria me apresentar à ele e conversar sobre a possibilidade de criarmos uma possibildade de respeito mútuo, mas o Sr Roberto não me recebeu, nem me telefonou.
4.Na noite do dia 13/01/2009 houve uma festa na praia, um luau talvez, o fato é que foi feita uma fogueira na praia.Já passava da meia noite quando eu retornava para minha casa, andando pela praia, vindo do restaurante Casa Praia em direção à servidão da Pousada Victor Hugo. Quando passava em frente ao resort pude constatar que a fogueira estava completamente acesa e...sozinha! Eu tive que entrar pelo jardim do resort, localizar um segurança e solicitar que ele me acompanhasse ao local para apagar a fogueira, o que foi feito bem a contragosto.Perguntei a ele, assim como pergunto ao sr, Sr Baltazar, se é do seu conhecimento que Santo André enfrentou um dos piores incendios de sua história no final de 2008, que começou também porque alguém esqueceu um fogareiro aceso na região de Santo Antonio. Uma fagulha na mata seca dessa época do ano fez o fogo crescer e labaredas virem "lambendo" toda a extensão do caminho até Santo André, incendiando toda a mata, toda a encosta, matando pássaros, insetos, e outros bichos que não conseguiram escapar e quase causou uma tragédia de vidas humanas, se não fosse a mobilização da comunidade para apagar e conter o incendio. Pois é, o segurança não sabia de nada e, aparentemente o Sr Roberto também não....Inclusive, se for de seu interesse: foram feitas imagens do incendio e transformado num filme que alerta para o perigo deste tipo de descuido. O filme tem sido passado em todas as ocasiões possíveis para toda a comunidade. 5. Há uma atividade prevista na programação infantil que consiste num passeio pela praia para "catar conchinhas".Talvez o Sr Roberto, ou até mesmo todo o grupo CVC, desconheça o fato de que Santo André está localizado numa Área de Proteção Ambiental, a APA Santo Antonio, e de todo o esforço educativo para a preservação ambiental que é feito junto às crianças e turistas, no sentido de não se retirar nada que pertença ao ecossistema. Imagine o desserviço que essa atividade proporciona....imagine o que significam 100, 200, 300 crianças retirando centenas de conchinhas da praia....
Enfim, estes são apenas alguns exemplos de um breve período da temporada de janeiro.Fiz uma reunião com a comunidade, com representantes dos moradores e amigos de Santo André e posso afirmar-lhe que estamos todos muitíssimo descontentes com essas ocorrencias.A tentativa de transformar Santo André num destino de barulho e balbúrdia, de turismo de massa, de desrespeito às características do local está desagradando à comunidade como um todo, aos moradores e também aos empresários locais.Os moradores querem respeito e sossego.Os empresários querem que o local seja preservado, para que seus negócios possam continuar existindo.Todos nós fizemos altos investimentos na região. Queremos preservar o local como um destino turístico de sossego, descanso, paz e saúde.
Os interesses da CVC, (ou será que são os interesses do Sr Roberto por obter o máximo de ocupação de um turismo de massa?) não estão compatíveis com os interesses da comunidade, dos moradores e dos empresários locais. Acreditamos que o primeiro passo é abrir um canal de comunicação e diálogo para que essas ocorrencias possam ser evitadas e para que todos nós possamos criar um convívio salutar e respeitoso.Estamos muito decepcionados porque nosso acordo inicial não foi cumprido e muito decididos a tomar todas as providencias necessárias para que esta região, este nosso amado Povoado de Santo André, seja respeitado e preservado. Acreditamos que o sr, Sr Baltazar, possa ser mais aberto ao diálogo e mais receptivo que o Sr Roberto para nossas observações, propostas e solicitações. Aguardo sua comunicação por email, ou até mesmo por telefone, se preferir. Neste momento, e até dia 19 de fevereiro estou em São Paulo, prestando atendimento em meu consultório. Alterno períodos de atendimento aqui em São Paulo e lá em Santo André.Retorno a Santo André no dia 20 de fevereiro.Meus telefones para contato: (11)3887 30373 e (11) 9999 9376, em São Paulo e (73) 3671 4051, em Santo André - Bahia. Saudações, Monica Odebrecht Paoletti

A resposta do Sr. Saldanha

Prezada Dra Monica,

Seu relato é para muito esclarecedor. Sou responsável por todos os empreendimentos da CVC no Brasil e fora dele.No caso do Costa Brasilis, acredito que o mesmo esteja muito desfocado do nosso principal objetivo para este destino, que é realmente sossego com requinte.
Estamos substituindo o Gerente Roberto Snel nesta semana. O novo gerente será o Sr Edmilson, que assumirá o empreendimento em 02/02/09, certamente com outro enfoque. Estarei indo ao Costa Brasilis após o período de Carnaval, gostaria de falar pessoalmente sobre todos estes relatos. Agradeço suas colocações e peço desculpas antecipadamente pelo seu desconforto.
Cordiais Saudações
B.Saldanha

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Coroa Alta e Araripe



São dois grandes bancos de areia daqui da região. Todo dia, desde que aqui resido, vejo as escunas passarem,
com pencas de turistas que para lá se dirigem. Não animava... aquela música, os passinhos...
Ontem, fui pela primeira vez, no Bacana. Cláudio e eu, além dos amigos Elielton e Tiago.
Meu temor era enjoar no mar. Não enjoei, e adorei o passeio. Ainda seguimos para Araripe, bem mais longe.
Coisa boa passar o dia no Oceano Atlântico.