segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

a carta do prefeito

"Caros Fernando e Jaderson-Linear
Entendo que com o Cabrália Folia as atenções se voltaram para o circuito do nosso Carnaval antecipado, que aliás foi sucesso absoluto com record de público, satisfação total da população, muita paz e harmonia nos blocos, com a Policia Militar e Civil agindo preventivamente com grande efetivo de homens e mulheres, até cavalaria... o que nos proporcionou muita tranquilidade, sem praticamente nehuma ocorrencia policial grave, apenas pequenas abordagens por conta do excesso de alcool de alguns foliões.
Outro fator do grande sucesso foram as  atrações nacionais que estiveram presentes, o que fez a cidade ficar lotada de turistas e visitantes de praticamente toda a região, fato relevante com relação à geração de emprego e renda, um dos focos da nossa gestão.
Percebi que a equipe de manutenção e o caminhão da Linear estavam de plantão permanente no circuito para quaisquer ocorrências, especialmente à noite.
Com relação ao email enviado por Lea Penteado, pensei que a manutenção completa de Santo André já havia sido efetivada, entretanto o problema persiste e precisamos solucioná-lo com urgência.
Portanto, a partir de hoje vamos priorizar as ações em Santo André, Guaiú, Santo Antonio e alguns pontos em Campo Verde, pois no restante a cidade está bem iluminada, tenho andado  à noite em vários bairros e verificado esta realidade, graças a Deus.
Segundo Zonias, em Santo Antonio e Guaiú todos os pontos estão acessos, apenas alguns que continuam acessos tambem durante o dia e precisamos corrigir o problema, pois temos que levar em conta que uma lâmpada acesa é mais água passando em alguma turbina de uma hidrelétrica pelo Brasil afora, e temos que pensar na sustentabilidade da Mãe Terra.
Aguardo retorno seu e do Jaderson.
Lea e amigos e amigas de Santo André, muito grato por estarem vigilantes, essa parceria é fundamental para melhorarmos os serviços públicos e otimizar a máquina pública que muitas vezes não tem pernas (recursos financeiros e humanos),  para atender a todas as demandas, mas de mãos juntas, governo e sociedade fica mais facil de equacionar os nossos problemas.
Abraço a todos e todas."
Jorge Pontes
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Esclarecimento do blog: coloco a carta do prefeito aqui no redefurada porque não é particular (tem diversas pessoas na lista de destinatários) e por se tratar de assunto público, de interesse geral.
O destaque em negrito foi feito por mim.
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O blog aproveita para lembrar que no próximo sábado teremos o carnaval de Santo André!
Encontro e aquecimento no Espaço Tangerina.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

IASA - Instituto de Amigos de Santo André

"Tivemos o imenso prazer de receber esta semana aqui no IASA o artista Claudio Montuori, diretamente das ruas de Roma, conhecido como Bird Man  (www.myspace.com/amibuz
Bird Man, o homem pássaro, animou a criançada com sons e instrumentos inusitados tirados de sua maleta mágica. Além dos instrumentos, divertiu a platéia com diversos materiais: pássaros de madeira, porquinho de brinquedo, tubos plásticos,calimbas, sanfona, chocalhos, buzina...

 Cláudio mexeu com a imaginação de todos e nos fez viajar em sua locomotiva de sonhos." (texto do IASA)
Na quarta-feira passada outro evento ocupou as dependências do IASA: uma orquestra inteira veio tocar em conjunto com os alunos de música do Instituto. Foi um dia de gala! A orquestra chama-se Neojibá - Núcleo de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia.  Seus músicos estão em excursão pelo extremo sul da Bahia. Além de Santo André, houve apresentações em Porto Seguro, Arraial de Ajuda e Trancoso. Quem conseguiu trazê-los para o povoado foi a fotógrafa Anna Mariani, uma artista  adepta do mecenato (a senhora de cabelos alvos, à direita)
O maestro Ricardo Castro divide seu tempo entre a Suíça e a Bahia: 15 dias em cada lugar
A orquestra e as crianças ao final da apresentação... "Asa Branca" e o trecho inicial da "Quinta de Beethoven" constaram dos números musicais apresentados. Um espetáculo comovente e bonito. Parabéns ao IASA, cujo trabalho começa a mostrar resultados de qualidade crescente.

Beethoven: o gênio do gênio

Meu livro de cabeceira neste momento é o Doutor Fausto, de Thomas Mann, onde se narra a história de Adrian Leverkühn que, como o Fausto da lenda, vende a alma ao demônio para realizar sua grande obra. No romance, realidade e símbolo se combinam, assim como música e política...
Não sei se é fato ou ficção (outra mistura que o romance traz), mas na página 79 da minha edição (Editora Nova Fronteira),  achei a seguinte passagem acerca do temperamento de Beethoven:
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"O patrão labutara, desde a tarde até altas horas, preocupado com o Credo, o Credo com a fuga, sem pensar no jantar, que se encontrava no fogão, a cujo lado as serventes, após a espera sempre vã, tinham finalmente adormecido, subjugadas pela Natureza. Quando o mestre então, pedia que lhe trouxessem comida, achara, portanto, as criadas dormindo e os pratos inteiramente secos ou queimados. Em face disso, rompeu em ira violentísssima, sem nenhuma consideração com a hora noturna, já que ele mesmo não ouvia sua vociferação -- Será que vocês não são capazes de velar um pouquinho comigo? -- trovejou uma e outra vez. Mas não se tratava de um pouquinho e sim de cinco ou seis horas, e as ofendidas moças se escapuliam ao amanhecer, deixando na mão esse patrão grosseiro, que, obviamente, não almoçara nesse dia e desde o meio-dia da véspera não comera coisa alguma."

Família de luto

Levi e Samara, filhos de Hernando e Isabel, em foto de 2009.
Abriu a porta da frente  bem cedo, montou na bicicleta e começou a subir a ladeira íngreme  que fica em frente à fábrica de doces Manga Rosa . Pretendia apanhar uma das filhas que estava  na casa da roça com a mãe e levá-la para a escola. 
As casinhas da roça são o ponto de apoio das famílias locais na época do corte das folhas das palmeiras de piaçava.
Ele nunca conseguiu chegar  lá... o coração falhou antes...
A bicicleta caiu para um lado, o corpo para o outro.
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Hernando deixou viúva e muitos filhos. Se alguém puder fazer alguma doação, como é de praxe nessas ocasiões, saiba que a viúva se chama Isabel e mora na rua ao lado da pista. É só perguntar onde é a casa de Seu Enoque.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pequena história da Veracel em quadrinhos

As amigas Polyana e Regina vieram nos visitar neste verão. Saíram de Brasília de carro e de vez em quando se atrapalhavam um pouquinho... natural, são 1.500 kms de estrada
passaram pelas "Brumas de Avalon"  (Minas Gerais)
"Superando invejosos" dizia a inscrição no caminhão
conheceram o trabalho da indústria de celulose Veracel, instalada aqui na região
e o chamado "deserto verde"
a transformação da paisagem em eucaliptal
E o produto final....
(fotos de Polyana Resende e Regina Sousa - a do cabeçalho também)

Fila de atendimento ao cidadão

ilustração Veridiana Scarpelli
A morena por trás do balcão me olhou de esguelha sem parar um segundo de chacoalhar o líquido amarelo no liquidificador, enquanto eu resolvia se iria pedir uma vitamina de mamão ou subir logo os lances de escada que dão para as salas do Serviço de Atendimento ao Cidadão. Peguei dois números de senha, uma para a carteira de motorista e outra para o passaporte.  No Detran, foi tudo rápido e simples...  saí em poucos minutos –  com a carteira nova na mão. Na Polícia Federal houve um probleminha com as impressões digitais: o programa do computador não reconheceu meus dedos.
Vá entender... são os mesmíssimos  dedos que mostrei  na semana passada!  A senhora desce as escadas e lava as mãos com sabão no banheiro da lanchonete, me disse a atendente de trás do guichê.
Funcionou. 
Assinei o protocolo de recebimento, peguei o novo passaporte de cor azul, com chip eletrônico na capa da frente – e já estava agradecendo a atenção e me levantando para sair,  quando a funcionária que me atendia reparou que a data de entrega do passaporte estava marcada para o dia seguinte.
Eu teria que regressar no dia marcado.
Amanhã.
-- Como assim, moça? perguntei,  incrédula, já sentindo o passaporte novo bater asas e voar...
-- Sinto muito... A senhora sabe, é o regulamento...
-- Olhe, por favor, eu nem moro em Porto Seguro... Sou de Santo André, tenho que pegar a balsa, tem problema de  trânsito da estrada... (a voz fraquejou)
-- Senhora... Procure compreender... Temos que seguir as normas...
-- Mas o passaporte está pronto... E eu estou aqui, na sua frente,  em carne e osso... Isto não faz sentido, é um desatino...
Resignada com a minha teimosia, ela explicou que é preciso fazer uma investigação na nossa folha-corrida pra saber se há antecedentes criminais.  Se encontrarem algum crime,  adeus tia Chica, o passaporte é negado.  O prazo para investigar  minha ficha só terminava no dia seguinte... Foi quando um pequeno milagre de boa-vontade iluminou a saleta onde nos encontrávamos: ela resolveu fazer a consulta naquele exato momento. Disse-me que o sistema é conectado com a CIA, a INTERPOL...
Tipo filme policial.
(nenhum problema com a Interpol, mas fiquei com medo que olhassem meu Facebook...)

O mundo mágico de Escher no Rio de Janeiro

a exposição foi montada por Geno Riva

A Tikiana Zippin (Jambosana) adorou a exposição
"O MUNDO MÁGICO DE ESCHER - A exposição inclui dez instalações que pedem a participação do visitante para "desvendar" manobras gráficas da produção de Escher, que tanto instigam a visão e a mente humanas, um documentário  realizado pela TV holandesa e uma animação em 3D, com sessões a cada 30 minutos, em que o público "sobrevoa" as obras do artista. Os trabalhos de Escher são um dos mais reproduzidos no planeta no século 20, de gravatas e camisetas, a tapetes artesanais dos Andes e à alta costura, através do inglês Alexander McQueen [1969-2010], na coleção de outono 2009. Suas gravuras instigantes têm formas entrecruzadas, criaturas em transformação e arquiteturas impossíveis para desafiar a percepção do espectador da realidade. As composições, sofisticadamente construídas, combinam realismo acurado com a exploração fantástica de padrões, perspectivas e espaço. Centro Cultural Banco do Brasil - Rio" 
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fonte: Jornal do Brasil

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Carnaval na Bahia volta a ser destaque na imprensa italiana

"Depois de o site Easy Viaggio eleger a Bahia como um dos dez destinos de sonhos possíveis no mundo, a imprensa italiana volta a destacar a Boa Terra. Agora, foi a vez do site Il Turista destacar o estado como ponto de visitação.
Com uma foto de Claudia Leitte , o veículo deu ênfase ao carnaval de Porto Seguro, que terá duração de 15 dias e deve ser a Festa de Momo mais longa do país. O texto cita a programação da Passarela do Álcool e também da Arena Axé Moi, onde será realizado o Carnaporto com estrelas da Axé Music como a própria Claudia Leitte e também Araketu, Alexandre Peixe, a dupla Jorge e Matheus, dentre outros.
O Site Il Turista também destaca as opções de hospedagem na cidade que possui 40 mil leitos e indica o Resort La Torre como o preferido das celebridades que se apresentarão na folia da Terra do Descobrimento.
De acordo com o último levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em 2008, a Italia é o terceiro país que mais envia turistas estrangeiros para a Bahia. Atualmente, o Estado, que recebe mais de 50 mil italianos por ano, possui um voo semanal da Companhia Air Italy, que traz 250 pessoas da cidade de Milão para a Boa Terra. Destes, 100 passageiros desembarcam em Salvador e outros 150 em Porto Seguro."
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fonte: www.diariodoturismo.com.br

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Amsterdã, Holanda

Em certa ocasião, uma amiga professora perguntou-nos se poderíamos hospedar seu namorado holandês que chegaria em breve de Amsterdã para dar um curso na Universidade de Brasília. Naquela época, meu marido e eu ainda morávamos em lugares distintos, o que veio a simplificar  a questão da divisão do espaço: Cláudio se mudou para meu apartamento e o dele foi cedido para o Klaas ocupar.  Não tenho dúvidas de que o holandês ficou bem instalado e se sentiu à vontade, porque precisei passar por lá alguns dias depois para pegar qualquer coisa que havia esquecido e não pude deixar de notar que os porta-retratos com as minhas fotos tinham sido guardados dentro dos criados-mudos.  Em compensação havia fotos da namorada dele por toda a parte...
Poucos anos depois vivemos a experiência inversa:  chegamos em  Amsterdã quando Klaas e nossa amiga professora estavam morando e trabalhando na cidade. Desta vez foi o Klaas que nos cedeu a casa dele: Cláudio e eu ficamos sozinhos num apartamento lindinho, com uma imensa janela de vidro projetada para fora do edifício, bem na frente de um daqueles encantadores canais da Veneza holandesa.  Pelo lado de dentro, havia uma  pequena mesa de madeira clara com duas cadeiras encostadas na vidraça da janela,  e uma grande árvore de galhos pendentes sobre o canal pelo lado de fora. As melhores memórias que guardo daquela cidade são desse cenário idílico e das cervejas e conversas de amantes em torno daquela mesinha.
Àquelas alturas a gente já sabia que o Klaas não era apenas antropólogo e palestrante: sempre fascinado pela África, dedicou grande parte de sua vida ao estudo dos conflitos do continente  e na década de 80 esteve ativamente envolvido na luta anti-apartheid. Em 1985 ele foi preso na África do Sul, acusado de contrabandear armas e explosivos para os aliados de Nelson Mandela, de quem se tornou amigo. Conseguiu se refugiar na embaixada holandesa em Pretoria, onde permaneceu por dois anos, causando um incidente diplomático de razoável incômodo. Mas só nos demos conta do quão famoso ele era na Holanda quando o vimos ser entrevistado na TV e pela maneira como o saudavam nos restaurantes e bares para onde nos levou.
Eu já tinha esquecido o sobrenome dele (Klaas de Jonge), mas foi bem fácil encontrar na rede.
Achei também uma notícia sobre a doação que ele fez de sua coleção particular de arte africana para o Museu Nacional de Etnografia em Varsóvia, de onde retirei a foto que ilustra este post.
Foram nossos (inesquecíveis) dias na casa do herói. 
Saúde, Klaas, onde quer que você esteja.
ilustração de Varvara

dzi dzi dzi dzi dzi dzi dzi

Sabia que estava em Amsterdã porque reconheci as casas altas e estreitas que se erguem ao longo dos canais fluviais, notei o céu de teto baixo, olhei a cor da água que passava devagar por baixo das pontes. Fitava as janelas envidraçadas, as mesmas da vez passada, mal veladas por peças de renda e alguma florzinha de cor viva. Caminhava sem destino certo e estava apreensiva – não lembrava o caminho de volta para a casa de Camila. Senti a angústia de estar perdida no estrangeiro – e agora, o kékêufaço... Andava, andava, e sempre saía numa rua desconhecida ou ponte inédita. A tristeza era tanta que me fez abrir os olhos e aos poucos reconhecer a luz débil vinda da tela do computador em cima da bancada do meu quarto. Inspirei fundo passando a mão com gosto no lençol de algodão que me cobria.  Aliviada por me descobrir em casa, levantei-me da cama curiosa para ver se o downloading do filme dos Dzi Croquettes havia sido concluído durante a noite. Vinha baixando há mais de dois dias, numa lentidão exasperante. Estava pronto! Cliquei para ver os primeiros minutos e quase caí da cadeira. O filme começa com uma voz marota falando em off e com timbre peculiar
 “Boa noite aos brasileiros... good evening para aqueles que falam inglês ... bon soir para aqueles que falam -- ou pensam que falam – francês,  e paz e amor aos meus queridos hippies...”
Olha que delícia.
Logo depois um professor de dança conta em inglês até 8 enquanto mostra um movimento de tornozelo para invisíveis alunos. Corte rápido para a sequência do bailarino e a cadeira em cima do palco, no áudio a trilha sonora perfeita para as cenas de dança sensual ... 
o Cabaret é de João Wainer
Life is a cabaret...!
Enquanto isso, letreiros ocupam a tela descrevendo em manchetes progressivas os principais fatos que jogaram a nação no regime ditatorial – “31 de março de 1964, um golpe militar derruba o governo de João Goulart.  As forças armadas assumem o controle do país ..."

Foi nesse ponto que desatei a chorar. 
Vamos e venhamos que é emoção demais pra primeira hora do dia.

Dzi Croquettes, o filme, no blog de Rubens Ewald Filho

“Sem dúvida, é o documentário do ano. Ganhou na categoria dois prêmios no Festival do Rio, três na Mostra de São Paulo e depois foi conquistando outros prêmios aqui e lá fora. Agora entrou no circuito comercial. Eu o assisti na Mostra de Diversidade Sexual. E foi mais uma merecida consagração.
Dzi Croquettes, o filme, foi feito por Tatiana Issa  e por Raphael Alvarez (que trabalhou muitos anos como dançarino na Broadway). Ambos moram atualmente em Nova York. Como eles confessam, com orçamento zero tiveram um resultado espantoso, comovente e de grande importância histórica. 
Ao final, a platéia inteira estava chorando, eu inclusive, em parte de vergonha de não sabermos até agora a história de um grupo teatral de notável importância que a história deixou de registrar e que a dupla finalmente resgatou.”
(Felippe e Marcelo, obrigadíssimos pela dica).
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Este filme será exibido na próxima sexta-feira, dia 25 de fevereiro, às 20:30, no restaurante casapraia, na sala CineStar -- cinema sob as estrelas.
Não dá para perder.

Santo André da Bahia

Aniversário e inauguração da casa do Fridão e da Lúcia
No primeiro plano, Cathèrine (francesa), Andréia (argentina) Giorgio (italiano) Ulie (suíço), Willy (austríaco)... foi uma festa com a cara de Santo André, miscigenada...
A casa nova dos Fridões é bonita, colorida e gostosa... um varandão dando para a beleza da mata... no fundo, a água do rio João de Tiba brilhava sob o sol verpertino
Almoço na casa de Ana Tereza e Stefano... a insalata (deliciosa) preparada pelo Juca...
Breasola vinda da Itália na mala de Albertino, o lombardo....
almoço com clima campestre... a lasanha de funghi porcini estava maravilhosa...
Chá de panela na casa nova da Lola e do Léo... a mulherada apareceu com os presentes e os bons votos...olha o porte da Noélia..(foto de Cláudia Schembri)
 a alegria dos "meninos" Cláudia e Gregório
a pose para a câmera da Cláudia...
e a família reunida: Leonardo, Lola e Greg  (foto de Cláudia)
A mesa coloridíssima e saudável... por trás, a casa nova. Flávinha toda bonita, como sempre (foto de Cláudia)

Dois fetiches: gatos e janelas

"Paisagem vista da janela" (Henri Matisse)
as fantasias dos felinos...
o gato na janela é de Marcos Santilli
nós, numa janela patriótica do interior das Minas Gerais

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Marcelo escanuela, Felipe Barretto e Marina Matsui

Mas ainda é verão, época de confraternização, de conhecer gente nova e interessante como o moço que fez esta versão de Blue River (Marcelo Escuela) e os fotografados, Felippe e Marina (a música -- na verdade Moon River -- não me sai da cabeça)
 
Antes de voltar para São Paulo, Marcelo preparou um jantar  muito saboroso à base de ceviche de badejo e de batata-doce. Delícia de comida!
E este era o panorama da varanda do apartamento da Pousada Corsário (Mikie) que o Paulo e a Paula ocuparam enquanto cuidavam de ultimar a compra do sítio Manacá (Maninha).  Eles vão morar aqui!  Olha que notícia boa... Paula fez aniversário e convidou para espumante com mini-acarajés e abarás deliciosos (da Sílvia). 

a vida na praia de santo andré

 “Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construídas à margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos”
("Cem Anos de Solidão", Gabriel Garcia Marques)
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Quando as lufadas do vento sul começam a levantar a poeira das três ruas do povoado de Santo André, isso aqui toma ares de Macondo. Tudo quieto, só a polifonia das vozes dos pássaros, do som do mar, das folhas ondulantes das árvores. 
Chegar até a rua da frente é questão de curtas passadas.  É  garantido que olhar em todas as direções só mostrará ruas longas e vazias; na praia você encontra ninguém.  Um clima de cidade-fantasma, de set de filmagem abandonado, de lugar fora do mundo. Tem dia que a quietude e a enganosa solidão me envolvem agradavelmente. Tem dia outro que sinto gana de estar no burburinho da rua 25 de Março lá de São Paulo, só pra sentir calor humano grátis.
Nesas horas de ermo, o melhor programa é ir até o campo de futebol.  É o lugar mais comunitário de Santo André, mais até do que a própria praia.  Os times de futebol garantem o movimento: tem time de homem, de mulher, de menino, tem jogador de voleibol... E platéia fiel – a gente se senta nas laterais.  Amigos, namorados,  atletas que esperam sua vez de entrar no jogo,  pencas  de meninos ...  Por três lados, o campo é rodeado de casas com árvores. A pista da estrada fecha o quadrado.
Só estes dias me dei conta que dizer que  Santo André não tem praça é uma afirmação controvertida. O campo não tem coreto como nas pracinhas antigas, em seu lugar há um bar concorrido com um flamboyant por teto, o Pé de Serra. É onde o povo se senta pra beber (claro), conversar, dançar em dia de festa, assistir às peladas...
O campo é a praça de Santo André.

a natureza comunitária dos esportes
 a praia em época de "baixa" 

curso de marinheiro

foto de Cláudio Calmon
Claúdio avisa aos possíveis interessados que estão abertas as inscrições para os cursos de pescador profissional e de marinheiros auxiliares.
Quem quiser fazer curso profissionalizante deve fazer sua inscrição na Colônia dos Pescadores, perto da praça de Cabrália, neste mês de fevereiro.

Caio Fernando de Abreu


"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada"
(Caio Fernando de Abreu, em "Os dragões não conhecem o paraíso").
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"Pensamentos, como cabelos, também acordam despenteados. Naquela faixa-zumbi que vai em slow motion, desde sair da cama, abrir as janelas, avaliar o tempo e calçar os chinelos até o primeiro jato da torneira – feito fios fora de lugar emaranhando-se, encrespam-se, tomam direções inesperadas. Com água, mão, pente, você disciplina cabelos. E pensamentos? Que nem são exatamente pensamentos, mas memórias, farrapos de sonho, um rosto, premonições, fantasias, um nome.  
('Lição para pentear pensamentos matinais')

fusca amarelo

Fotografei este fusquinha (adorável)  estacionado atrás do Restaurante Gaivota
no mesmo dia que recebi mensagem de uma amiga de Brasília... Paulinha, quando é que você vai aparecer por aqui, hem?