E é bem mais reveladora que a memória da razão ou percepção associativa.
domingo, 31 de janeiro de 2010
memórias de Madeleine
E é bem mais reveladora que a memória da razão ou percepção associativa.
tuitadas
SOBRINHAS
Oi, Janaína, ainda estou esperando as fotos do Café da Júlia...e a vinda de vocês para cá
DITADOS POPULARES
mais vale um pássaro na mão...
FLAGRANTES
ele está de olho é na butique dela
sábado, 30 de janeiro de 2010
as roupas do armário
obs.: a praia da foto é a de Santo André e a moça embaixo da burca é a Elisa Bottini
viajar pelo Nordeste
piranha vai, convidada...
Muito brilho. Enfumaçada,
a rafaméia se arrancha!
No cenário de cangancha
proliferam os rapa-tachos,
as bibas arranjam machos,
farto corre os doze-anos
e a súcia de carcamanos
faz carnaval nos parrachos."
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glossário:
parracho - formação de corais
rafaméia - ralé
cangancha -trapaça
biba?
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
a lágrima furtiva
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
música, maestro (2)
Vocês pensam que Portugal só toca em Fado?
Então escutem isto.
(Amor Combate, Linda Martini)
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
de Canavieiras a Belmonte por Ricardo Freire
Mamãe faz 100 anos
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
o paraíso perdido
Parece-me que alguns parâmetros escolhidos para merecer o título -- além da beleza física -- são
música, maestro
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Les Fiancés au Violoniste, tela de Marc Chagall onde o próprio artista é o violonista
a Camila em Santo André da Bahia
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Gostaria de dicas não só de Sto André, como de outros lugares apaixonantes pela região."
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Tuitadas
De lá fomos para o pesqueiro – no caminho o vento começou a soprar forte encrespando as ondas.
Um convidado inesperado
O maior, a mãe, estava lá em cima, no topo das árvores, e o pequeno, o filhote do bicho-preguiça, estava no chão -- aparentemente caíra das costas da mãe.
Olhem que amor, a carinha dele!
A solução foi pegar uma escada e colocar o baby de volta na copa das árvores. Lentamente eles foram se reaproximando, enquanto a pequena platéia embaixo seguia seus movimentos com apreensão.
Deu happy-end.
O coqueiro da Coroa
No dia 8 de novembro plantamos um coqueiro no mar, digo na Coroa Alta, uma elevação de terra a cerca de 7 milhas náuticas da praia, desprovida de vegetação, salvo por umas plantinhas rasteiras (estas que aparecem na foto). Como quase não choveu de lá para cá, pensávamos que o coqueirinho havia morrido.
Qual nada! Quando passamos por lá (ontem) vimos que está vivo e desenrolando folhas novas... Ficamos animados e decidimos voltar lá em breve levando adubo e água doce.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Despedida (1)
Cara Dona Josefina,
Eu acho que a senhora não pôde ver a cerimônia que se passou na sua despedida lá em Belmonte, ontem. Ou se viu, foi de modo muito diferente do nosso. A senhora estava de corpo presente, logo na primeira sala à direita de quando a gente entra no casarão bonito de traço colonial, típico da época que Belmonte era um próspero lugar para se viver à sombra do cacau. Tanto que a casa, que hoje pertence à sua filha, tem um mundo de quartos e nunca vi tanta porta. A senhora estava lá, e também vi os seus livros de cerâmica, inclusive aquele da Catalunha, deve ter sido comprado na época que viajou para a Espanha. (agora acho tão bom que tenha feito esta viagem) Entramos, a casa estava cheia – a senhora nem imagina o tanto de pessoas que acorreram para lá, tão logo souberam da notícia. Nunca vira tanta gente de Santo André junta para evento particular, a não ser no aniversário dos 80 anos de Dudu, duas ou três estações para trás. Como de costume, a senhora estava toda arrumadinha, era um de seus traços, o gosto pela elegância, as roupas sempre adequadas, os desenhos delicados de tons pastéis nos seus pratos de porcelana, as orquídeas florescentes no jardim de sua casa. Sua família estava chorosa e triste ao mesmo tempo que tão bonitos, todos vestidos de branco, as filhas, os genros e os netos. Só não deu tempo para sua neta mais velha chegar, a senhora lembra, não é, Yasmim mora na Alemanha.Tudo aconteceu bem devagar, neste seu último dia entre nós, Da. Josefina. O tempo estava quente e abafado, as pessoas se espalhavam quietas pelas salas, cozinha, calçada, algumas assistiam um vídeo de um programa especial de Roberto Carlos ou conversavam com amigos que há tempos não viam. Aguardávamos com paciência, de qualquer maneira dias assim têm sempre um toque de irrealidade, malgrado pouca coisa desta vida seja mais real do que a morte. Mais tarde a banda chegou, eram quatro homens e quatro instrumentos de sopro – tocaram uma música de melodia tranqüila e foi com suavidade que pousaram a senhora na parte de cima da camionete branca. Nesse momento sua família e vários dos demais se emocionaram e choraram muito, talvez por não ser possível esquecer a infalibilidade da última jornada. Saímos, um cortejo de carros, os netos maiores ao seu lado com as faces vermelhas do choro, a gente notava o olhar respeitoso das pessoas nas ruas, passamos no farol antigo, alguém mencionou que foi construído pela mesma companhia que fez a Torre Eiffel, outro traço do antigo fausto de Belmonte. No cemitério daqui, meu marido me contou, a divisão social persiste pela eternidade: à parte dos comuns mortais, tem um lugar chamado de Baixada Fluminense – é onde se enterram os bandidos – e outro espaço reservado para os índios.
Eu poderia falar dos coqueirais laterais ou da proximidade do mar no lugar onde agora a senhora repousa, Da. Josefina, ou ainda das cores e leveza das flores soltas – buganvílias, helicônias, hibiscos – mas a parte da cerimônia mais tocante não é possível explicar com palavras e aqui eu me despeço mas não de todo, porque da senhora ficam vários descendentes, essa gente bonita e de valor que a gente tem a sorte de conviver aqui no povoado.
Despedida (2)
De Seu Bené que ainda outro dia andava lépido pelas ruelas perto da igrejinha, que fazia cercas e plantava cereais no terreno baldio em frente à sua casa e que babava por este neto, o João Igor. Seu Bené morreu de infarto, foi rápido, não sofreu.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
o olhar da gaúcha
por-de-sol no cais
(they come in mellow-yellow)
golden deck
A arte no vestuário
Roupa de Artista - o barroco sem culpa
Roupa de Artista - a modernidade
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
o rede furada faz aniversário
diziam: cuidado,
as paredes têm ouvidos
então
falávamos baixo
nos policiávamos
hoje
as coisas mudaram
os ouvidos têm paredes
de nada
adianta
gritar "
O médico-e-monstro (pobre Hipócrates) foi excomungado pela Igreja de Roma devido a sua ligação com o vodu, uma espécie de umbanda do mal, geralmente representada por aqueles bonequinhos de pano sendo sadicamente perfurados por agulhas, notadamente no coração ou na cabeça.
Pois esta farsa de médico, o Papa Doc criou para si próprio uma milícia, uma polícia secreta que tragicamente se tornou célebre e que respondia pelo codinome de Tonton Macoutes, que quer dizer bicho-papão. Compunham um fétido tableaux noir, um bloco de homens negros que se trajava em dark absolut: ternos escuros, gravatas pretas, óculos escuros impenetráveis e redondos (uma novidade, na época). Uma variação de FBI na modalidade caribenha, desta espécie de gente que gosta de se aliar com a crueldade e com o mistério. Pois não é que a personalidade e o visual tontou-macoute tornou-se cult? Pode-se até arriscar o palpite de que o mundo só tomou conhecimento da existência do Haiti por causa do fascínio macabro do regime duvaliano. Foi nessa época que o escritor inglês Graham Greene esteve em Port-Au Prince onde se inspirou para escrever o livro que citei, ironicamente intitulado Os Comediantes ,enquanto discorre sobre drama e terror político. O Papa Doc teve um filho, seu sucessor, uma figura estranhíssima, obeso e preguiçoso, de certa indefinição sexual, apelidado com perfeição pela imprensa internacional de Baby Doc. Ele foi deposto e fugiu para a Riviera Francesa aonde talvez viva até hoje comendo foie gras com brioches e lavando os copos com chateaux lafites e rothschildes às custas da dinheirama roubada por seu pai e por ele mesmo.
Mas voltando aos posts iniciais, o de 8 de março de 2008 era sobre uma mulher de nome Rindy que foi ver uma exposição do pintor americano Cy Twombly e ao chegar na galeria ou museu resolveu aprontar: apoiando as mãos na parede conseguiu beijar uma pintura consagrada a Fedro, uma imagem toda branca, e ela usando um batom vermelhidão-carmim, o resultado foi a boca impressa no quadro totalmente branco, parte de um tríptico avaliado em dois milhões de euros. A única pessoa que estava na sala era seu namorado que folheava, distraído, o catálogo da exposição. Além da câmera de segurança, claro, que monitorava e gravava tudo. Rindy acabou nos Anais do Crime do MySpace, foi lá que li esta estória.
No dia 15 do mesmo março de 2008, coloquei a primeira postagem da modalidade “Moradores de Santo André”. Olhei a foto, reconheci Tiago, nosso vizinho e jovem amigo, companheiro de pesca de meu marido, além de Paulinho filho de Maria de Valdivino, aquele que tem a segunda mercearia (em tamanho) da Vila, a “Mercearia do Bispo” , fica em frente a um visual maneiríssimo e tem sempre uma rodinha de conversa na porta. A “Bispo” vende poucos, mas vitais artigos de sobrevivência, cigarro picado e algumas raízes ou tomates.
Nos dez dias seguintes surgem a literatura de Osman Lins e o cinema, um postinho mixo para a fita Juno, outro para arquitetura. Ainda achei outra coincidência, uma foto de meu genro e meu neto – os mesminhos da foto que coloquei há apenas 2 dias.
Se não o motivo, pelo menos encontrei, nesta brevíssima viagem no tempo, temas que continuam me sendo caros: cinema, pintura, arquitetura, Santo André, família, viagem, entretenimento, o pop...
sábado, 16 de janeiro de 2010
uma casa na praia
De fato, Trancoso, Santo André, Itacaré e Barra Grande roubaram os holofotes da capital."
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De fato, o povoado e as praias daqui preservam ainda um certo ar silvestre (e singelo), derivando daí parte do encanto do lugar. Recentemente, vi o comentário desta visitante enfatizando justamente este lado pitoresco daqui –
“Santo André é bacana, porque é frágil, rústica, simples e humilde. Eu gostei muito de Sto. André!! Saludos, Carmen.” (blog da Lady Rasta)
Outra parte da graça do local é porque – justamente em ambiente tão rústico – pode-se passar noites culturais memoráveis, como aquela da temporada atual que o Casapraia promoveu -- um combo de cinema, action painting, dança e ... gastronomia, é claro, afinal trata-se de um restaurante.
Logo de entrada, o jovem cineasta Igor Spacek mostrou alguns de seus curtinhas, como o hilário Elvis de Atibaia, o filminho vencedor do Los Angeles Brazilian Film Festival (2009)
Para finalizar, um número de dança protagonizado por Elisa e dois amigos.
Foi uma noite e tanto! Não é à toa que o Restaurante Casapraia, dirigido pelos argentinos Pablo e Amadeo (foto) tenha conquistado um lugar de proa na diversão da Costa do Descobrimento. Olhei uma matéria que o Ricardo Freire fez sobre o Casapraia no ano passado e encontrei alguns comentários que faço questão de reproduzir
- "Ricardo, todo ano vou a Porto Seguro e sempre volto no Casa da Praia... Sou fã do Pablo e Amadeo. Adorei essa reportagem. (Tati)"
- "Ricardo, sou sua fã, adorei a maneira como descreveu a Casa da Praia, realmente é um lugar único e mágico. Frequento o lugar há 5 anos e sempre tenho vontade de voltar e rever os amigos Pablo e Amadeo. Parbéns para eles (Márcia Cristalli) "
"- RICARDO, SOU SEU FÃ, SEGUIDOR E DISCÍPULO, TENHO GRANDE RESPEITO POR VOCÊ E SEU MODO DE VIDA, A MATERIA ACIMA É ABSOLUTAMENTE VERDADEIRA, O LUGAR É FANTASTICO E OS DOIS, AMADEU E PABLO SÃO UNICOS (Geraldo Bretas)"
- "Ler sobre sua experiência, faz-me lembrar também um itinerário semelhante que fiz em 2007, Santo André, Itacaré, Barra Grande, Morro de São Paulo... Em Santo André, num jantar com a lua mais linda como luz natural a Casapraia também nos fascinou bem como a sofisticada gastronomia apresentada. Um abraço para Pablo e Amadeo (Pedro Alexandre - Portugal)"
- "RICARDO ADOREI.........sou paulistana mas, moro em Porto Seguro há 15 anos. Passo bons momentos na CASA PRAIA. Adoro os meninos, amo o lugar e é claro,como muito bem e bebo muito bem lá. Não troco aquele lugar por nada...bjs...Elza ".
Pois é: a gente mora aqui na roça, mas a gente se diverte. (fotos: a primeira, de Léa Penteado, as demais de Achilles Luciano)