terça-feira, 28 de setembro de 2010

La vie en rouge

Por motivo longo demais para explicar aqui, optamos em viajar para Roma via Paris. Seria só um pernoite na capital francesa, mesmo assim não queríamos ficar em hotel de aeroporto – é muita falta de imaginação. Procurei na internet e achei um hotelzinho numa rua de nome romântico – Rue de La Belle Étoile. Era só desembarcar no Terminal 1, pegar a bagagem na esteira rolante, e seguir para o Terminal 3 dentro do trenzinho que percorre o aeroporto Charles de Gaulle. Depois disso procuramos o micro ônibus que faz o transporte gratuito e – voilá – chegamos ao nosso lar provisório.
Decepção: nem era belo, nem tinha estrela.
Em compensação, o restaurante mais próximo estava cheio de gente de todas as cores e línguas. Pedi uma entrada (perfeita) de mousse de queijo com cebolinha, seguida de um combinado de peixes (bacalhau fresco e salmão) cozidos em papillote.
A estrela – só então entendi – a gente só consegue enxergar depois de duas taças do vinho nacional.

domingo, 26 de setembro de 2010

Fotos antigas de Santo André Bahia

A Regina da pousada Canto da Reg (Guaiú) enviou-me um link de alguns projetos de Mauro Medina para Santo André... As fotos são antigas,  falam de uma época de Santo André que não conheci, só ouço as histórias...
uma das casas da Regina, em Cabrália
a casa da Maura e do Paolo
...e a pastelaria da Ana Lúcia. 
Se mais alguém tiver fotos de Santo André "antigo"  e puder enviar para o Rede Furada, a gente agradece...

sábado, 25 de setembro de 2010

a cor da esperança

Quando saímos da Bahia ontem já sabíamos que iríamos acolher um número grande de familiares em nosso apartamento daqui de São Paulo. Somos seis hoje, oito amanhã seremos. Oito pessoas e nove malas espalhadas em parcos metros quadrados. A única criança, uma menininha de sete anos que veio de Manaus em UTI aérea, foi direto do aeroporto para o hospital devido a uma doença grave.
Resista, Aninha, resista. Queremos estar na igreja no dia de seu casamento.
Você toda de branco e nós todos de verde.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

vida cigana (2)

Hoje de manhã saímos de Santo André da Bahia para chegar em Roma na quarta-feira à tarde. Se tudo correr bem. Falo assim porque logo de saída houve um probleminha: quando chegamos ao aeroporto de Porto Seguro descobrimos que o avião da TAM havia partido para São Paulo sem nós.
Quem nunca perdeu um vôo que atire a primeira pedra. 
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"Memória é aquilo que a gente perde quando mais se precisa dela."    (Cildo Meirelles)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

passeio no povoado

Aqui no Santo André faz um dia sinistro de lindo. Choveu de madrugada, quase não há nuvem no céu (de anil!) e o vento está nordeste.  Saí para pregar os cartazes do cineminha de amanhã (“Mary e Max”), aproveitei para fixar uns instantâneos  do povoado, presente para o pessoal que está fora da Bahia e registro de vida para mim.  (o menino sozinho no campo...)
o último terreno que foi vendido por aqui... fica na rua da Gilma... a  nova dona é a Maria de Fátima, uma mulher do RS. Virá morar aqui, mais adiante. Achei legal, faz anos que ela namora Santo André...

a nova construção na praia... em frente à Brisa do Mar.. de uma senhora de São Paulo que trabalha com edição de livros

passei no Centro Cultural para falar com a Jimena... estavam envolvidos com o mural de artes
e os meninos em plena hora do lanche
esta é Heloísa, a professora de vela, orientando os candidatos  a velejadores, foto de ontem, quando o céu estava carregado...Heloísa vem fazendo um belo trabalho voluntário enquanto procuramos patrocínio pra escolinha de vela

domingo, 19 de setembro de 2010

economia economia economia

Diamantes em Belmonte.  Segundo o jornal “Estado de Minas”  navios da marinha brasileira estão realizando pesquisas submarinas na região que cerca o município de Belmonte,  onde desemboca o Rio Jequitinhonha. O rio nasce no distrito de Milho Verde, no município mineiro do Serro, atravessa o Nordeste de Minas Gerais e deságua no oceano atlântico, em Belmonte. ‘Portanto, é bem provável que existam riquezas no fundo do mar de Belmonte. Difícil vai ser encontrá-las’, afirma o jornalista. 
(foto do rio Jequitinhonha de Rosie Kopf)
Este ano será a segunda edição da festa de réveillon La Dolce Vita em Santo André da Bahia. Para quem tem casas ou suítes para alugar, é bom lembrar que este ano a acomodação dos visitantes será diferente pois a organização da festa providenciou uma parceria com a CVC.  As pessoas que virão para a festa ficarão, em sua maioria, hospedadas no resort Costa Brasilis, no Hotel Baía Cabrália, e em outro hotel da AR Turismo em Coroa Vermelha.

nós gatos já nascemos pobres, porém já nascemos livres...

Uma amiga minha me mandou uma história ótima, de uma gata andarilha (na foto, empoleirada no ombro do dono). Obrigada, Malu.  Aproveito para mandar o pulo do gato para você (na outra foto). Bjs.
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"Um casal francês que está caminhando pelo mundo “foi adotado” por uma linda gatinha que ao que tudo indica compartilha com os novos donos o mesmo prazer pela aventura. Kitty foi encontrada no meio da estrada na Louisiana e nunca mais deixou Laetitia e Guillaume. Com 4 meses e meio faz parte da família desde o primeiro mês de vida quando mal enxergava. Muito inteligente fica na mochila sem coleira e salta de um saco para outro enquanto a dupla caminha. Ela nunca cai e quando se sente em perigo volta para um dos sacos. Muitas vezes caminha ao lado e imita o som de um corvo quando vê um! Kitty é vacinada e tem passaporte para voltar para França no final dessa grande aventura. Certamente é a primeira gatinha do mundo a caminhar 15.000 km! "

Cine a La Intempérie passa em santo André

Griselda e Viviana, duas moças acostumadas à intempérie e ao sonho passaram em Santo André da Bahia a bordo de uma camionete chamada “Macaca” numa odisséia cinematográfica que percorreu  os rincões latinoamericanos durantes dois anos.  Hoje vi no blog delas que registraram  a passagem por aqui com as seguintes palavras  (fiz uma tradução livre, do espanhol)
“Junto a Pablo e Amadeo apresentamos nosso cinema na rústica Cabana Nativa. Colocamos cartazes por toda a parte convidando a população do povoado e também compartilhamos nossos objetivos com Olímpia e Cláudio, um casal que vem tocando o Cine Cajueiro há quatro anos. Autofinanciados e perseverantes, eles recebem os meninos do lugar toda quarta-feira no jardim de sua casa para um espetáculo gratuito de cinema e com o intuito de contribuir para a formação cinéfila dos jovens do vilarejo."
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o link para a matéria é

cinema de italiano

Um amigo italiano, o Ugo Colomba, me passou o link do jornal "La Repubblica" com imagens de cinemas em lugares inesperados.  Esta sala de cinema defronte ao mar  (linda!), por exemplo, foi montada na Piazzetta Petrone  durante o Vieste Film Fest.
Cinema ao ar-livre: décima edição do festival em Brunico, Bolzano.
Em Vercelli, o cinema acontece no claustro de Santa Clara
A tela rouba a cena
Cinema forever
Esta foto do cinema olímpia foi feita por minha filha, Camila, no centro de Roma

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

a morte do Gago

Acordei cedo para a última despedida do Gago.  O corpo dele passou a tarde e a noite de ontem deitado no bar da Cabana Nativa, o local escolhido pela família e amigos dele para  a função do velório.  Gago morreu devido a um AVC fulminante que o atingiu quando se preparava para deixar Santo André por uns tempos – havia conseguido trabalho em Trancoso. Estava satisfeito com a oportunidade de trabalhar e poder ajudar  Marta na dificílima tarefa de criar os filhos quando se é pobre. Não deu tempo: o corpo de Hélio – seu verdadeiro nome – alquebrado pela doença do alcoolismo, não resistiu muito.  Como de costume  nos velórios do povoado, muita gente passou para velar o Gago, os meninos e as mulheres, os amigos do copo, os vizinhos e conhecidos.  Pequenos grupos se formaram, mas sem aglomeração ou balbúrdia. As pessoas se espalharam pelos grupos de cadeiras, pelos quatro cantos da esquina, ou ao longo das estacas das cercas-vivas de cafezinho.  O fundo sonoro era o som  discreto das conversas que percorreu toda a cerimônia. Bem, não houve cerimônia tradicional, assim como padre ou velas.  As pessoas compareceram para se despedir do morto com muita naturalidade.  Sem histeria, sem hipocrisia. Tanto que o caixão do Gago foi postado em cima dos engradados de cerveja, no meio do bar, e com todo o respeito. O único adorno fúnebre era um tecido leve e transparente, uma gaze de trama fininha que envolvia  a parte de baixo do caixão (doado pela prefeitura). Havia flores, como sempre, no caso do Gago eram de buganvília lilás.  Lucas, companheiro de gole do Gago, pediu em voz alta para ele não tomar todas no céu – o certo seria deixar algumas reservadas para a chegada póstuma dos amigos. Uma das coisas que gosto aqui na Vila é que todos são cidadãos – mesmo os que se perderam na bebida.  O povo do vilarejo é sábio, nota que a morte não faz distinção, nem de cor de olho, nem de fundo de bolso. Você pode ser um ornitorinco, uma pulga listrada ou um gênio do xadrez. Tanto faz. É zaz-trás. Cuidaram de arranjar o ônibus escolar para transportar o cortejo funerário até o cemitério em Santo Antônio, porque cemitério é outra coisa que aqui no Santo André não tem. Aqui se morre mas não se enterra.
Olha só como a realidade e a ficção (as irmãs siamesas) gostam de bagunçar nosso tirocínio. Ainda em São Paulo, no começo da semana, havíamos decidido exibir o filme “Quincas Berro D’Água” na sessão do Cine Cajueiro desta semana (amanhã, sábado). O enredo, baseado em Jorge Amado, é bem conhecido: um determinado fulano, cansado de ser funcionário público decide largar tudo e cair na farra,  ganhando fama como Quincas Berro D'Água, o rei da boemia. Quando aparece morto, a família resolve apagar os traços da fase da arruaceira e lhe dar um enterro respeitável. Só que seus amigos  roubam o corpo e o levam para uma última noite regada a festa e muita bebida. Em meio a mil confusões, Quincas “vive” a sua segunda e definitiva morte, desta vez como sempre sonhou. G

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

vida de baiano é diferente

Depois de quase um mês entre Brasília e São Paulo, dormimos ontem na Bahia. Pensei que teríamos uma noite de rei – havia luar e um pouco de chuva. Seja porque deitamos cedo demais, seja porque estranhamos nossa própria casa, o fato é que acordamos antes das 4 da manhã e não conseguimos mais pregar olhos. Decidimos tocar os afazeres. Cláudio fez o almoço e adiantou o jantar – a gente comeu um pouco de frango com arroz no café da manhã – eu desfiz as malas, pus a roupa pra lavar, separei as folhas das verduras e folheei os livros novos.

Não sei de onde surgiu a idéia de que baiano não gosta de trabalhar. Uma injustiça.
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(Imagem do filme de Godard "Duas ou três coisas que eu sei dela")

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Brasília em sol maior


os primeiros dias em Brasília

Quando saí de Santo André da Bahia no mês passado, foi com o coração apertado, pois sabia muito bem o que me esperava: um ambiente feito de argamassa com cristal. Lá no planalto central do Brasil passei dez dias que abalaram meu hemisfério pessoal. Precisei trocar uma casa grande e velha (onde morei por décadas) por dois apartamentos pequenos e novos. O que eu não sabia, era que me desfazer daquela casa muito engraçada – quando mudei para lá, não tinha vizinho, não tinha nada – iria fazer emergir memórias ternas misturadas com restos de demolição. Caramba, a gente não se conhece mesmo. Fazer operações imobiliárias na vida real não tem nada a ver com Banco Imobiliário ou Farmville – é um estresse enorme e ainda por cima atrelado a cartórios, certidões, escrituras e intermináveis visitas à procura de imóveis entupidos de corretores armados até os dentes de artifícios e propagandas enganosas (as exceções que me perdoem). Passou, consegui sobreviver. Mas não sei o que teria sido de mim não fosse o apoio do Cláudio, da família e dos amigos. Quem quiser que seja ilha, eu quero mesmo é ser arquipélago.
Do cristal o que recordo é o cristalino encontro com as pessoas que amo naquela cidade, a começar pela minha família que pude rever e abraçar graças a gentileza da Thelma e do Fausto que organizaram o tradicional churrasco de reencontro sanguíneo – de um ano até os 63 de idade quase todo mundo estava por lá, até mesmo o Thalis, meu único irmão, o único que ficou em Natal, um homem apaixonado por uma mulher chamada Adrenalina e que não por acaso estava participando do campeonato brasileiro de vôo livre na categoria senior. Deu-nos um susto – numa das largadas da rampa de lançamento a asa delta estolou e desceu em parafuso de um lugar muito ALTO – por um pequeno milagre só perdeu um pedaço do nariz, foi arrancado por um galho da árvore em que aterrissou.

Isadora e Luca

Enquanto isso, estávamos instalados na casa de duas amigas que se encontravam fora da cidade e nos emprestaram sua casa, ou melhor, sua mansão – uma residência lindíssima, cheia de salas e suítes, a gente estava gostando tanto que chegamos a desejar que as hóspedes fossem elas, rsrsrs... Cláudio adorou o home teather de última geração, TV Digital e outros mimos tecnológicos (obrigada, Nelma e Cleide). Quando voltaram, vimos que tudo não passara de um sonho e nos mudamos para a casa de Patrício e João que se não tinha piscina e conforto extremo, tinha o mesmo carinho, e uma graça de sala com puffão branco e pilhas de discos ótimos. Além de Sofia, a bichana que estava louca para fazer a malinha e se mudar para a Bahia, mas os malvados não permitiram. E principalmente tinha Marineide, um combo de cozinheira, mãe-de-santo e mordomo. Nunca vou esquecer dos olhos dela, tão atentos e doces, e de como estava engraçada vestida com aquela camisola branca e robe bordado no estilo cearense...Os encontros que promoveram para que pudéssemos conversar com outros amigos resultaram em intensas e inesquecíveis horas de bela amizade. Copiei uns 20 discos originais do Patrício, entre os quais Karina Buhr (uma cantora para a qual a Guiomar já havia me despertado a atenção), Tulipa Ruiz, Márcia Castro, Smoke City, Yoyo Ma, Andreia Dias, Beto Villares, Dona Zica, Carlos Careca, Moreno Veloso – uma verdadeira cachoeira de música. Presentão! Obrigada, Brod! Depois disso, veio a comida vienense na casa da Zuzu e Elisa, surgiu no meio de um improviso e acabou se transformando num jantar requintado. Ocasião perfeita para revermos Marlene. A alemã adora comer bem, ora se gosta. Uma ma-ra-vi-lha, adorei os bolinhos (knödel), acompanhamento delicioso para o o gulash.
Brasília tem hoje uma diversificada e sofisticada gastronomia, porém nada é melhor do que comer e beber (e amar, tem um filme assim, não tem, com a Júlia Roberts?) na casa de amigos... O bobó de camarão com batata baroa e o “escondidinho de bacalhau” da casa de Antonio e Alice me fizeram esquecer qualquer número da balança! No finalzinho da viagem afetiva, o “tchai” de Gisa Müller e a degustação de vinhos e queijos em casa de Piero e Fabrícia, as conversas boas, ricas – amo as conversas e o afeto, acima de tudo – a presença da Bianca e sua amiga paulista.

Os que não foram citados, não foi por esquecimento... É só para não esticar demais a postagem. Foi tudo muito forte, muito bonito. É isso que eu mais sinto falta de Brasília – das pessoas. A gente tem feito amigos novos e queridos em Santo André da Bahia – tem sido importante e reconfortante encontrar outros pares. Mesmo assim, amigo antigo a gente nunca esquece.

 Knödel 


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Reveillon de 2011 - Fazenda Amendoeira - Santo André da Bahia

Tem muita gente entrando no Rede Furada para saber detalhes da festa do reveillon de 2011 promovida pelo Duty e sua equipe.
As informações estão no site http://dolcevita-santoandre.blogspot.com/


"Reveillon Dolce Vita 2011
Olá Pessoal.
Foi dada a largada para o Reveillon Dolce Vita 2011 em Santo André na Bahia.Este ano faremos uma festa para 1500 pessoas, mais uma vez na Fazenda Amendoeiras, na Praia das Tartarugas.
Haverá festas do dia 25 ao 31 com várias atrações a confirmar mas entre alguns amigos estão:
André Schechtman, Alvito camargo, Henrique Volpi, Rica Cutolo, Gus, Magui, Elise, Caio Queiroz, Dré Guazelli, Dana Bergquist, entre outros.
O ingresso custará R$ 500,00 para o primeiro lote de setembro e aumentará progressivamente conforme demanda. Os preços serão os seguintes para noite do réveillon - open bar: (espumante, whisky, vodca, cerveja, refrigerante, enegético, agua, agua de coco)
Em Setembro: R$ 500,00
Em Outubro: R$ 600,00
Em Novembro: R$ 700,00
Em Dezembro, até o dia 20/12 ou se esgotarem os ingressos: R$ 800,00
Em Santo André: R$ 1.000,00
Duty"

domingo, 12 de setembro de 2010

São Paulo para inglês ver

foto de Edu Medeiros
Mesmo olhando o jornal apressada-mente detecto duas declaraçoes de amor para a maior cidade brasileira, em tamanho e em economia; a primeira, do arquiteto britânico (Barry Hannaford)...  "São Paulo não é uma metrópole opressora pelo seu tamanho." E ajunta: "O clima é ótimo, tem muito verde e as pessoas são alegres. Definitivamente não é cidade para ver uma vez só."
A outra declaração é do fotógrafo Bob Wolfenson
"Mesmo com tantos problemas, gosto de São Paulo. Não há lugar melhor para viver."
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Mudando de metrópole, encontro a alegre mensagem da Vivian, a única americana que mora em Santo André (por enquanto...):
"Oi Olimpia !

Tudo bem ? Mais uma vez quero lhe agradecer por manter seu blog, principalmente quando a gente viaja e quer saber noticias da nossa vilinha.
Aqui em NY curtindo , minhas filhas tiveram aqui e fomos para dois shows no Broadway, The Lion King e Mary Poppins, nada como Broadway! O Lion King foi mais do que especial, um espectaculo que se voce voltar para NY vale a pena.
Celebrei meu aniversário aqui com a familia , muito legal, nada como familia, nao e?
Apesar de estar curtindo, morro de saudades de Santo Andre, uma coisa impresionante como, "it gets under your skin" nossa vila !
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Oi Vivian! Pois é, também estamos fora da Vila. O Rede Furada está mais para blog rodante, ultimamente. Aproveito para mandar um beijo para as meninas, Elza e Byron.

Lar doce lar

Ângela voando em Andradas
Ontem à noite sonhei que estava em Santo André, o pacato povoado baiano que abriga minh'alma (e a de meu companheiro). Saímos de lá há cerca de 20 dias; desde então moramos onde encontramos teto amigo e sorrisos de boas-vindas. Neste sentido, Brasília foi pródiga: dormimos em três casas diferentes, além de compartilhar refeições, conversas e drinques em outras tais. Do Distrito Federal passamos para a cidade de São Paulo onde temos cama própria. Mas logo a deixamos para ir com  Antônio, Ângela e Caio (tudo família) até Andradas na microrregião de Poços de Caldas, onde os dois primeiros construíram uma casa, na área rural vizinha ao município. Andradas (antigamente chamada de São Sebastião do Jaguari) foi palco de discórdia no passado, durante a revolução constitucionalista, mas hoje em dia se notabiliza pelo vinho, pelo café e por ter se tornado uma das mecas internacionais do vôo livre.
Ficamos lá até ontem – agora vejo o dia cair mansamente sobre a Vila Mariana.
Sinto saudades e falta de Santo André. Ainda não temos o dia certo pra voltar pra Bahia, mas por sorte ou por merecimento sou como um caracol: viajo sempre me sentindo em casa, porque minha casa é você.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sorria, você está na Bahia!

Minha filha escreveu contando que fez uma linda viagem de carro com o marido e os filhos, partindo de Roma e chegando até o Finnis Terrae (la sola da vecchia bota)
passaram por aldeias diferentes...
banharam-se em mares cristalinos...
... mas acho que ela se atrapalhou um pouco nos endereços!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Todo dia ela faz tudo sempre igual...


De vez em quando alguém da cidade me pergunta: “Mas o que é mesmo que você faz na Bahia?”.
Já experimentei responder de várias maneiras, até que finalmente entendi que o cotidiano da gente – nem importa onde você mora ou trabalha – se for descrito friamente fica parecendo um despoema ou um poema em linha torta.

Centro de Cultura

Pelo email chegam os ecos da batalha do pessoal do Centro de Convivência e Cultura do povoado de Santo André para mantê-lo em funcionamento. Estão tentando fechar as contas do ano de 2010 e com planos de construir uma sede própria numa parte do terreno que pertence à Associação de Moradores, atrás da Escola Municipal. A equipe atual da diretoria é composta de voluntários (pela ordem alfabética): Alícia, Amadeo, Maninha, Pablo, Regina, Virgínia, Wally. São os que se encarregam da parte administrativa e contábil, além da angariação de fundos.
O Amadeo não faz parte da diretoria "oficialmente", mas com a mente criativa que lhe é própria ajuda muito a pensar o espetáculo do final do ano e agora trabalha no desenho da nova sede. A Virgínia – aquela senhora que faz o artesanato de raku (uma técnica cerâmica originária do Japão) – é ainda a orientadora pedagógica dos professores do Centro. Ultimamente tem dado aulas de espanhol gratuitas. A equipe docente é coordenada por Jimena Alvarez, uma profissional qualificada que se dedica ao aperfeiçoamento corporal dos alunos através das técnicas de alongamento e das posturas de dança. No momento está tentando formar uma equipe juvenil de dança-teatro. Robertha Carneiro (foto) é outra professora, de  balé clássico. Além disto, se encarrega das coreografias,vestuário... Além da equipe dos professores Jimena, Mazinho e Roberta , o Centro  ainda com a Minha, uma mulher do povoado que cuida do lanche das crianças e de outros afazeres. Fortuitamente, outros voluntários aparecem – é o caso da Cris, que ingressou este ano no difícil campo de tornar a leitura atraente para os jovens.
O Centro conta com a ajuda de outras gentes...seria impossível e monótono citar todos aqui. Até porque o que eu queria dizer mesmo é que nós de Santo André da Bahia sentimos um orgulho danado deste pequeno Centro irradiador de cultura (e carinho).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Você já ouviu falar em Neojibá?

NEOJIBÁ - Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia


Amanhã é 7 de setembro e aqui estou eu no lugar mais apropriado possível, pertinho do riacho do Ipiranga, hoje em dia mais conhecido como cidade de São Paulo. Gostaria de estar em Santo André da Bahia, mas prefiro não entrar na seção de reclamações: a fila está imensa e o gerente saiu para almoçar. Faz poucos dias (parece uma eternidade), que a Lola telefonou e perguntou se eu gostaria de passar no IASA para uma amostra musicada da orquestra Neojibá, uma palavra nova que está virando verbete no dicionário baiano. Trata-se de um projeto sociocultural que consegue fazer crianças e jovens empunhar instrumentos musicais nada ortodoxos – coisas como flautas, oboés, fagotes...

Cheguei lá e a cena estava tomada por jovens experimentando violinos, sem saber direito como ajustar aquele estranho instrumento ao próprio corpo, vi um contrabaixo em cima da escada, vi  um maestro de origem indígena (agora é cidadão suíço), as alunas de Simone vindas da Coroa Vermelha -- e aquela senhora de cabelos brancos e voz suave. Chama-se Anna, é uma artista, o  elo de ligação entre o Santo André e o Neojibá. É também uma espécie de mito em nosso povoado pelo muito que tem feito pela comunidade (obrigada! eu moro lá!).

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

vida cigana

Acabo de me dar conta de uma coisa óbvia: vida de aposentado é parecida com vida de velejador. Não se sabe bem onde se estará hoje, ontem, amanhã. Nem quando partir. Nem quando chegar. E pra ser sincera -- nem sequer aonde vamos chegar. Viemos para Brasília inesperadamente para o que parecia ser uns 2 ou 3 dias e já precisei sair para comprar roupa de calor porque só trouxe de frio e os poucos panos que estão na mala surrada precisam urgentemente entrar numa máquina de lavar. Cada vez viajo com menos coisa, um pouco abaixo do indispensável. Estou velhinha e não dou mais conta de ficar arrastando mala pesada pra cima e pra baixo. Aprendi a lição alguns anos atrás quando me deparei com uma greve no metrô de Paris: as escadas rolantes não funcionavam... foi bem penoso subir as escadarias arrastando a bagagem. Dei a mala de presente, comprei uma menor onde só cabe uma sandália havaiana, um par de tênis, umas camisetas e duas calças jeans. Casaco e suéter, se for pra lugar frio.
Daqui vamos para São Paulo, provavelmente domingo. De São Paulo tudo indica que iremos para Andradas, em Minas Gerais. Voltaremos para Sampa e de lá, sim: finalmente voltaremos pra Santo André da Bahia. A tempo de fazer as malas pra viagem de Roma no final do mês.
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(achei esta foto na internet, de alguém que se assina "macarrão")

old lady, por Markus Kunschak

"So what's the secret of your longevity?" I asked
"I always party hard, smoke, drink, never say no to drugs nor sex, I eat anything I want, don't do any sport..."
The old lady replied
(tradução improvisada)
"Afinal qual  é o segredo de sua longevidade?" perguntei pra velhinha
"Não perco uma festa, fumo, bebo, nunca digo não pra droga ou pra sexo, como tudo que tenho vontade, não pratico esportes...", respondeu a velhinha
"Mas afinal, quantos anos a senhora tem?", perguntei, curioso.
"Já fiz 34"
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Esse personagem com a antena é criação de um amigo, filho de uma amiga, chama-se Antenakus e pode ser encontrado em http://www.antenakus.blogspot.com/
Hoje à noite vou jantar com a mãe dele, aqui em Brasília. Markus mora em Melbourne,  mas adora Santo André da Bahia...

decoração de quarto de sobrinha

livro de cabeceira de Sarah, 17 anos (brasiliense)
adorei a parede (cool, baby)