terça-feira, 2 de dezembro de 2008

os gordinhos de Botero



Personal é como blog, existe pelo menos um para cada gosto: esses dias li que a paquera agora é profissão. Será que assina carteira, paga o décimo terceiro? A função deste tipo de personal é óbvia: fingir que é o rolinho de alguém. Para quebrar a solidão, para provocar ciúmes, para ver se de repente não descola um namorado (a) no próprio personal, e o que mais.

Fez-me lembrar o emprego do décimo quarto convidado, coisa de francês antigo, li num romance. A criatura “trabalhava” como comensal de rega-bofes, no caso de os anfitriões se verem às voltas, inesperadamente, com treze convivas à mesa. Era só telefonar (mandar a carruagem?) para o fulano (only for men), que deveria ter sempre à mão roupas apropriadas, bons modos e cultura geral, para não fazer feio com a conversa.

E pronto: resolvia-se o problema da superstição agourenta (e tola) do número treze (escrever o número dá azar).
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Se a crise arrebentar – como promete – com os proventos de uma aposentada, quem sabe volto a trabalhar? Para o primeiro caso não sirvo mais, pois como me disse um jovem pescador, quando aqui cheguei, “a senhora até que é bonitinha, mas tá com o prazo de validade vencendo”.

Mas para comer bem, beber, conversar e ver gente diferente de graça – e ainda ganhar um dinheirinho – eu me desaposento na hora.
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a foto é de uma reprodução de quadro do Botero, ou seja, a reprodução de uma cópia

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