terça-feira, 13 de setembro de 2011

Como tornar-se um guru

Cá no íntimo do blog, guardo posts de outrem surrupiados. Este foi copiado de Katarina Peixoto, uma mulher versada em Palestina ...
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"Tenho uma certa aversão ao adventismo e escrever sobre isso me cansa já de saída. Não cultivo utopia; talvez por isso também não cultive a crença na autonomia, no Primeiro Motor, esteja ele fora ou dentro do Céu exterior, seja Deus ou substância individual; não acredito em reengenharia nem em duendes e repudio com todas as cordas vocais e mentais – de preferência debaixo de chibatadas – as receitas para um mundo melhor.
Então, a primeira observação é esta, como disse um dia aos berros, o meu amigo Ed: as pessoas não querem mais aprender; elas querem gurus. Se tu não escreves nem te posicionas como guru, tu vais ser xingado ou considerado obscuro.
Quanta razão se esconde na obscuridade? Sei lá, diabos. Obscuridade não é virtude, obviamente. Ser guru ou pretender-se guru ou esperar pelo guru isso é necessariamente, absolutamente, vicioso, destrutivo, repugnante. E vejam bem, todas as galáxias que me lêem como buscando a luz da gurua: não existe a tal supremacia da vontade individual, coisa que faz uma outra vontade, a política, tampouco escapar da incontornável acusação de paraguaia."

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei! vou guardar no meu arquivo de textos esclarecedores.
Atile

olimpia disse...

Atile... kkk... com certeza, é seu tipo de texto...
beijão, amigo