Amanhã é 7 de setembro e aqui estou eu no lugar mais apropriado possível, pertinho do riacho do Ipiranga, hoje em dia mais conhecido como cidade de São Paulo. Gostaria de estar em Santo André da Bahia, mas prefiro não entrar na seção de reclamações: a fila está imensa e o gerente saiu para almoçar. Faz poucos dias (parece uma eternidade), que a Lola telefonou e perguntou se eu gostaria de passar no IASA para uma amostra musicada da orquestra Neojibá, uma palavra nova que está virando verbete no dicionário baiano. Trata-se de um projeto sociocultural que consegue fazer crianças e jovens empunhar instrumentos musicais nada ortodoxos – coisas como flautas, oboés, fagotes...
Cheguei lá e a cena estava tomada por jovens experimentando violinos, sem saber direito como ajustar aquele estranho instrumento ao próprio corpo, vi um contrabaixo em cima da escada, vi um maestro de origem indígena (agora é cidadão suíço), as alunas de Simone vindas da Coroa Vermelha -- e aquela senhora de cabelos brancos e voz suave. Chama-se Anna, é uma artista, o elo de ligação entre o Santo André e o Neojibá. É também uma espécie de mito em nosso povoado pelo muito que tem feito pela comunidade (obrigada! eu moro lá!).
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