Zaha Hadid tinha só 10 aninhos quando posou para uma fotografia em frente à Fontana de Trevi e se apaixonou por Roma à primeira vista. A garota iraquiana (radicada em Londres) ainda não imaginava que seria a primeira mulher do mundo a receber o prêmio Pritzker, uma espécie de Nobel da arquitetura. Nem que iria intervir na arquitetura de Roma através de obra própria, o prédio do MAXXI (Museo Nazionale delle arti del XXI Secolo), o mais novo museu de lá, inaugurado este ano após dez anos de construção a um custo de 150 milhões de euros. Quando o Ministério da Cultura italiano quis delinear um projeto de rejuvenescimento da cidade dos césares e dos papas foi através de um instigante desafio: a construção de um museu de arte contemporânea no meio das relíquias arquitetônicas da capital da Itália. A proposta de Zaha venceu 250 estúdios de arquitetura de todo o mundo. O espaço escolhido foi o bairro Flamínio, não muito longe do centro histórico de Roma, na direção da Piazza Del Popolo. O sítio era cheio de casas pequeninas que foram alojamento para soldados do Exército italiano durante a guerra (dá para ver na foto, assim como o Rio Tibre, ao fundo). O elemento decisivo na escolha do júri foi a sinuosidade do desenho de Zaha que não agride o bairro, ao contrário, dialoga com ele. O Museu é baixo, quando comparado com os edifícios residenciais mais altos da vizinhança. |
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