sábado, 18 de dezembro de 2010

vestida para matar

Um vestido preto simples, uma atriz magricela e uma joalheria em cena poderia ser banal, o filme poderia ser insípido. A mise-em-scéne muda de figura se o vestido for criação de Givenchy e vier acompanhado de um colar de pérolas e de um longo par de luvas negro. A joalheria precisa ser legendária como a Tiffany’s e o principal papel feminino de Audrey Hepburn.  Esse plano ficou célebre na história do vestuário para cinema...O vestido de Breakftast at Tiffany’s virou peça-chave no guarda-roupa de milhões de mulheres. O "pretinho" é tido como símbolo de bom-gosto e elegância, maleável ao ponto de servir pra balada ou pra velório.
Se fosse atriz de cinema  (e linda como Keira Knightely),  adoraria usar esse levíssimo vestido verde-esmeralda que ela vestiu em Atonement (“Desejo e reparação”). Hoje mesmo vi um pequeno texto no blog de Suzana Elvas que poderia ter se inspirado nele
“E então eu estava com aquele vestido verde-água poderoso. Fluido, elegante. Escolhendo, poderosa, DVDs de jazz e soul na megastore, com cara de refinada culturalmente. Com um DVD nas mãos, desci do mezanino pela escada rolante no meio do imenso salão da loja, de pescoço erguido. E então eu vi que ele me olhava ao pé da escada. E gesticulava. E eu soberba em minha aura de elegância quase fico pelada no meio da Saraiva, a saia do vestido rasgando inclemente, enganchada entre os degraus.
Deus castiga, viu?”

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