terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dois retratos de Ana Luiza


Apesar desta garotinha sorridente fazer parte da família de meu marido, só vim a conhecê-la recentemente, quando ela (e os pais dela) apareceram lá no apartamento de São Paulo  onde passamos as “temporadas de cidade”.  Estavam chegando de Manaus, e de uma maneira extraordinária: aterrissaram no aeroporto de Guarulhos a bordo de uma UTI aérea e saíram de lá dentro de uma ambulância que já os aguardavam.
Foram direto para um hospital no bairro da Liberdade.
O que provocou isto?
Os médicos  haviam descoberto que ela tinha uma doença séria, um câncer que lhe deixara com poucas chances de vida (só 20%).  Este diagnóstico foi comunicado aos pais, apenas dois meses depois desta foto onde Ana  aparece com o vestidinho azul de laçarote cor-de-rosa e bolinhas.
De lá pra cá, Ana Luiza comeu o pão que o diabo amassou. Uma montanha de remédios, quimioterapias agressivas,  e finalmente uma sofisticada operação cirúrgica na cabeça, neste janeiro de 2011.
 Vocês pensam que Ana Luiza se deixou abater? Olhem a carinha dela, de lenço vermelho na cabeça! Ana Luiza tem levado a vida da maneira mais normal possível, dentro das circunstâncias. Brinca, vê TV, se alimenta direitinho, conversa, vai ao parque...
Ana Luiza, eu quero ser você quando crescer.
Estamos lhe esperando para uns banhos de mar, conforme o combinado.
Enquanto isso vou acompanhando sua cura pelo blog que sua mãe escreve, desde a partida de Manaus, em final de setembro do ano passado.
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Carolina começa escrevendo assim:
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“Acordei no dia 17 de setembro de 2010, como se fosse um dia normal. E era um dia normal. O celular do Marcos indicava que já era hora de levantar. Ele me acorda, eu me espreguiço e levanto da cama. Ele, como sempre, se esparrama sobre o meu lado da cama e dá uma risadinha da qual já me acostumei e que com o tempo passei a gostar. Ele ainda vai cochilar por mais 15 minutos enquanto eu vou fazer minhas obrigações maternas. Ao abrir a porta do quarto, já sinto aquele bafo. 
O típico calor de setembro: “Ê, calorão de Manaus...”

3 comentários:

Anônimo disse...

O que não ficou dito é que vocês dois, meus tios queridos, foram fundamentais nesse sucesso à caminho da plenitude!

E o mais importante: Sonho com o dia que vou conhecer Santo André não só pelo Blog (que é ótimo, diga-se de passagem), mas com ela aí, brincando na areia, no mar e curtindo esse lugar maravilhos! Bju tia!

Carolina Coelho Varella disse...

Que texto lindo, tia Olímpia! Me emocionei aqui! Vc e tio Cláudio são espetaculares e como disse o Marcos, foram fundamentais nesse processo. Nossa gratidão será eterna. Um forte abraço e até breve!

Anônimo disse...

Oi tia Olímpia... Adorei e me emocionei com o seu texto.. Um bjão. Marcelo (de BH)