terça-feira, 5 de julho de 2011

A vida aqui na praia

O último insight chegou montado numa tropa de burros... “Burros” é um jogo de cartas que aprendi a jogar ontem à noite, na casa de Wally e Hans. Não é baralho tradicional, não tem naipe de copas, ouros nem espadas... Há desenhos, cores fortes e símbolos – a pior situação para o jogador é ser obrigado a ficar com as cartas marcadas com pequenas cabeças-de-burro.   Ganha o jogo quem levar o menor número de burros para casa – ou nenhum.  Fiquei distraída saboreando a sopa de legumes da Bi – com molho inglês -- ou terá sido o vinho? O certo é que joguei tão mal que consegui encher minha cesta de burros... Antes de mim, o troféu de burricos estava com o Rogério; agora eu sou a campeã... Pensando bem, vejo outra hipótese –  recordo que ele estava sentado ao meu lado na mesa de jogo – talvez  tenha se atrapalhado e colocado (sem querer) os burricos dele no topo do meu monte... Tudo é possível.
O fato é que trouxe dezenas desses animais para nossa casa... Que vexame.  O Cláudio salvou a honra da família. Ele foi o grande vencedor da noite – bem, talvez tenha sido o Hans, mas prefiro pensar que foi o meu marido... rsrsrsrs...

Hoje de manhã levantei com o nascer do sol e o espírito de resolver  pendências – todo mundo tem uma “lista de providências”... Mas antes me deu vontade de escrever devagar para minha filha e contar-lhe dos preparativos para a chegada dela&família – dia 13 de agosto! A vinda deles nos estimulou a limpar o verdelodo das paredes, organizar os armários, lavar os edredons, lixar as manchas do tempo nas portas de madeiras, construir um “cercadinho” para os netos não caírem da escada, pensar as receitas e os passeios... 
Esse post, na verdade, é para me ajudar a entender as mudanças que estão se desenrolando silenciosamente no meu modo de viver. Tem a ver com a lista de providências que continua aqui ao meu lado, intocada.  Porque saí para dar uma voltinha na rua, avistei duas vizinhas conversando na mesa da pizzaria, fui até lá para cumprimentá-las – e voltei pra casa duas horas depois... Meu ritmo hoje é de slow motion pra baixo.  Consigo chegar atrasada com facilidade – vivo perdendo a hora da balsa...  Recordo quase com estranheza da mulher “elétrica” que encarnei no passado; quando estudava; trabalhava; criava os filhos e o etecetera.  Tudo cronometrado; tudo agitado e sob pressão.
Hoje não uso relógio, nem celular... só quando vou passear na cidade grande.

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