domingo, 22 de novembro de 2009

Uma mensagem de Marianna Robalo

Recebi uma mensagem carinhosa de Marianna Robalo, uma fotógrafa e jornalista de Arraial de Ajuda que fazia o projeto "Arraial Fotográfico" junto com o irmão Eduardo... trouxeram aqui para Santo André, foi bem legal...
Marianna agora está numa temporada em Búzios (RJ) e mandou esta cartinha
"Querida Olimpia,
Saudades de vocês. Acordei cedo e fui para a aldeia...
Queria ver os caiçaras familiares daqui, surfar, fotografar e me encantar.
Encantar... Do Latim cantare... de nosso Casapraia querido...
Saudades do movimento cultural que insiste em batalhar apesar das dificuldades...
Hoje os ventos me trouxeram para minha origem caiçara...
Estou de volta ao Rio de Janeiro, e muito feliz.
Beijos e boa primavera!
Mari Roballo"
Do texto de Marianna sobre Búzios retirei estes fios...(a foto ao lado, Choro, também é dela, linda! só criança chora assim... o olhar da amiguinha não poderia ser mais expressivo)
"A musa francesa passou por aqui e fez história... Passeava nua pela praia ... Brigitte, despertou desejos caiçaras e influenciou o destino da pequena aldeia, uma Búzios do século passado... Das matas e flores... das cores e jacarés... Das reservas gritantes, dos verdejantes rios que hoje foram aterrados e soterrados por uma selva de concreto que chega devagar.
Hoje a restinga é ocupada por resorts argentinos, uma glória para os Nativos daqui... Muitos são franco-canadenses...Na aldeia de lá (Arraial d'Ajuda) tentamos segurar o des-envolvimento... Aldeia do Sul da Bahia tem futuro garantido entre craques-sem-terra, paulistas inconscientes, americanos, mafiosos italianos, políticos e pataxós... A aldeia aqui se envolve de maneira mais consciente, mais educada e mais civilizada... É a aldeia de armação de Búzios, do Pré Sal...E é a consciência desta loucura que causamos que me move.... Assumo a responsabilidade de mobilizar e guerrear...Enquanto isso eu sou daqui, de lá e de qualquer lugar...
E sinto saudade da aldeia Caraivana, ao som de xote, maracatu e Baião..."
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Pois é, Marianna, Santo André continua na luta e na trilha da cultura. Além do IASA ter sido contemplado com recursos do BNB, a proposta cultural que o Centro de Convivência e Cultura apresentou no MinC, passou na primeira etapa da Lei de Incentivo à Cultura. Neste gol, contamos com uma tremenda ajuda da ONG Corpo Cidadão, de BH. Deu o maior alento. Agora aguardamos a análise do projeto, obter o certificado e procurar patrocinadores interessados em isenção fiscal pró-cultura.
Ah, você conhece bem esta lida...
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Deu hoje no jornal espanhol El País (em tradução caseira)
"O futuro do Brasil repousa nas entranhas do Atlântico. Mar adentro, a 8.000 metros de profundidade, em frente à costa tropical que une o Rio a São Paulo, um oceano de petróleo repousa há 50 milhões de anos e pode mudar o destino deste País 20 vezes maior do que a Espanha. Um tsunami de ouro negro capaz de acabar com a pobreza e transformar a nação na sexta potência do mundo; em porta-voz dos países emergentes; líder da América Latina; membro do Conselho de Segurança; financiar a educação, a saúde e a investigação científica. Cimentar una indústria nacional poderosa. E demonstrar que pode escapar a eterna maldição de repressão, corrupção e desigualdade que arrastam os grandes produtores de petróleo do planeta, desde as monarquias do golfo Pérsico até a Nigéria, o Irã ou Venezuela. "O petróleo é o excremento do diabo; uma maldição que tira ao enfermo a vontade de curar-se", teoriza o politólogo e ex-ministro de Indústria venezuelano Moisés Naim. Frente ao modelo de dependência absoluta das exportações do óleo, os dirigentes brasileiros esgrimem sua segunda via: "Ao contrário dos tradicionais Estados produtores de petróleo com muitas reservas, pouca tecnologia e indústria, um mercado interno pequeno e muita instabilidade, nós contamos com grandes reservas, temos alta tecnologia, uma base industrial diversificada, um grande mercado interno e, sobretudo, estabilidade".

O Brasil é um país viável e influente. Tem 40 milhões de pobres, porém são proporcionalmente a metade de 15 anos atrás. "Não queremos ser um país rico e pária. Não queremos diamantes de sangue, mas sim democracia e progresso", diz um político carioca do Partido dos Trabalhadores: "Queremos aproveitar esta ocasião única que nos oferece o petróleo; criar riqueza e que chegue a cada habitante. Avançar. Participar na área tecnológica e na pesquisa. Não queremos exportar petróleo, importar todo o resto e ficar tremendo de medo a cada vez que caia o preço do barril."
Brasil, o eterno gigante adormecido está a ponto de despertar. " (sim, por favor, sem demora)
O blog da moda
Bryanboy – olha a figura – é um filipino de 22 anos que conseguiu a proeza de sentar ao lado da aristocracia da moda nos últimos desfiles das marcas de luxo. O blog do boy (http://www.bryanboy.com/) foi criado 5 anos atrás solamente para registrar umas férias familiares em Moscou e – surpresa -- terminou por converter-se em uma poderosa página de tendências, com 215.000 visitas diárias. (parâmetro: na Espanha, a revista Cosmopolitan tem 824.000 leitores mensais, marca que na web de Bryan é atingida a cada 4 dias). Se tem algo que impressiona executivo de grande empresa rápido, são os números altos; portanto nada mais natural do que os mimos que os estilistas estão deixando cair na vida de Bryan. A empresa Louis Vuitton batizou uma bolsa com as iniciais BB em honra não de Brigitte, mas de Bryan. Mudanças que o tempo trás. Os estilismos do filipino, documentados na sua web, trazem aspectos barrocos, andróginos, ricos em bijuterias e lenços Hermès.
Clicar está na moda.

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