A biblioteca de Babel é um conto metafísico de Borges que se acha inserido no livro Ficções, de 1944. Fala de uma realidade em que o mundo é constituído por uma biblioteca infindável, contendo todas as possibilidades de realidade.
Um bibliotecário de gênio descobriu a lei fundamental da Biblioteca: todos os livros continham os mesmos elementos -- as letras do alfabeto, além do espaço do ponto e da vírgula. Também percebeu um fato confirmado por todos os viajantes: não havia dois livros idênticos, a Biblioteca é total e suas galerias e hexágonos registram todas as possíveis combinações de todas as letras em todos os idiomas. Tudo mesmo: a história detalhada do futuro, as autobiografias dos arcanjos, milhares de catálogos falsos (e a demonstração da falácia desses catálogos), os evangelhos (e seus comentários), a versão de cada livro em todas as línguas, enfim, qualquer coisa que você possa imaginar, inclusive o livro de sua vida, letra por letra. E outro que registra seus pensamentos. Estão lá, em algum livro ou em alguns bilhões deles. Vale a pena procurá-los?
Quando entro em uma livraria, costumo lembrar deste conto para me acalmar, porque a visão de muitos livros me dá sempre uma certa ansiedade, pois sei que em termos quantitativos de nada adianta ler um livro ou um milhão de livros, qualquer número será infinitamente pequeno diante da quantidade total. É um sentimento de impotência parecido com aquele do personagem interpretado por Sean Connery em O nome da Rosa, quando ele sai do incêndio carregando alguns poucos livros -- o resto foi todo consumido pelo fogo. No filme (e no livro de Umberto Eco que deu origem ao filme), a biblioteca e o bibliotecário cego são uma clara homenagem à Borges.
Hoje em dia se fala que a Biblioteca de Babel é a internet. Não é infinita, mas é suficientemetne grande para parecer.
Um bibliotecário de gênio descobriu a lei fundamental da Biblioteca: todos os livros continham os mesmos elementos -- as letras do alfabeto, além do espaço do ponto e da vírgula. Também percebeu um fato confirmado por todos os viajantes: não havia dois livros idênticos, a Biblioteca é total e suas galerias e hexágonos registram todas as possíveis combinações de todas as letras em todos os idiomas. Tudo mesmo: a história detalhada do futuro, as autobiografias dos arcanjos, milhares de catálogos falsos (e a demonstração da falácia desses catálogos), os evangelhos (e seus comentários), a versão de cada livro em todas as línguas, enfim, qualquer coisa que você possa imaginar, inclusive o livro de sua vida, letra por letra. E outro que registra seus pensamentos. Estão lá, em algum livro ou em alguns bilhões deles. Vale a pena procurá-los?
Quando entro em uma livraria, costumo lembrar deste conto para me acalmar, porque a visão de muitos livros me dá sempre uma certa ansiedade, pois sei que em termos quantitativos de nada adianta ler um livro ou um milhão de livros, qualquer número será infinitamente pequeno diante da quantidade total. É um sentimento de impotência parecido com aquele do personagem interpretado por Sean Connery em O nome da Rosa, quando ele sai do incêndio carregando alguns poucos livros -- o resto foi todo consumido pelo fogo. No filme (e no livro de Umberto Eco que deu origem ao filme), a biblioteca e o bibliotecário cego são uma clara homenagem à Borges.
Hoje em dia se fala que a Biblioteca de Babel é a internet. Não é infinita, mas é suficientemetne grande para parecer.
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