É um serviço de videochat, disponível na internet. Não precisa fazer cadastro, é só entrar, ligar a webcam e tem a possibilidade de entrar e se conectar com qualquer pessoa, ao acaso. Se não gostar do que aparece na tela é só clicar "next". O jornalista Victor de Martino experimentou, abaixo as impressões dele
"Para produzir a reportagem "Site que conecta pessoas aleatoriamente vira mania na internet", passei cerca de noventa minutos conectado ao Chatroulette. Para falar a verdade, gastei boa parte desse tempo me reconectando ao serviço, porque ele caia constantemente.
Durante o tempo em que permaneci efetivamente ligado ao sistema, sofri bastante para conseguir falar com alguém. A maioria dos usuários aperta o botão "Next" em frações de segundo, sem nem ao menos lhe dar a chance de se apresentar.
O fato de ser homem e ter 28 anos não me favoreceu em nada, pois, como dito na matéria, a maior parte do público do Chatroulette tem cerca de 20 anos e é homem, ou seja, só quer se comunicar com as mulheres.
Nem mesmo meu crachá da BBC, que deixei constantemente diante da webcam para demonstrar que era um repórter em busca de uma entrevista, parecia capaz de atrair colegas virtuais.Essa sensação de ser rejeitado virtualmente é bem esquisita. Imagino que para um adolescente em fase de auto-afirmação essa experiência inicial do Chatroulette possa ser devastadora.
Nesse processo de rejeição instantânea, eu conseguia apenas vislumbrar meus companheiros de Chatroulette. Muitos asiáticos. Muitos mesmo.Ficaram na minha memória as imagens de um cara usando a máscara daquele psicopata assassino do filme "Pânico" e exibindo uma faca de mentira; uma garota que estava deitada na cama, coberta até a altura dos olhos; um grupo de jovens negros vestidos de mulher; e uma adolescente que deveria ter no máximo uns 12 anos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário