sábado, 27 de fevereiro de 2010

tristezas de um livreiro


Achei este relato no blog Poesia incompleta, cujo dono é português e dono de uma livraria.
"Senhora com um ar-de-doida-recentemente-solta-do-hospício
- Bom dia, tem algum livro de John Kelly?
Livreiro um-tudo-ou-nada-esmagado-diariamente-pela-enorme-ignorância
- Não tenho, infelizmente, mas posso procurar alguma referência.
Senhora com um ar-de-doida-surpreendida-pela-clamorosa-falha
- Não tem? Então mas fizeram agora um filme sobre ele e você não tem?
Livreiro um pouco mais aliviado
- Ah, esse, creio que se chama John Keats.
Senhora com ar-de-doida-feliz
- Sim, é esse mesmo.
Livreiro: De momento, não tenho nada, mas vou encomendar. Quer deixar-me um contacto?
Senhora:
Não, compro noutro sítio. Como é que disse que ele se chama? John Kitty?"
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A graça está no trocadilho com a palavra inglesa kitty, muito usada para chamar os gatinhos, lembra a domesticididade de uma modorrenta vida de classe média. É isso, as mulheres confundem facilmente um grande poeta com um animal de estimação. Ou com um desenho japonês, o Hello Kitty.
(mesmo assim, achei engraçado)
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(às vezes penso que o mundo prefere mulheres assim (eternas loiras-burras)

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