Quando finalmente cheguei ao meu destino, não avistei ninguém em frente ao edifício. Eu pegara um táxi em Congonhas, o porteiro noturno reconheceu-me, abriu as grades e veio me ajudar com a bagagem. Perguntou-me logo se aquele taxista tinha se perdido no caminho.
- Não, respondi, surpresa. Ele veio pelo caminho certo.
- Mas ligaram para cá, perguntando como chegar.
- Como assim?, retruquei, estranhando o assunto.
O porteiro abriu um sorriso exultante:
- Não, respondi, surpresa. Ele veio pelo caminho certo.
- Mas ligaram para cá, perguntando como chegar.
- Como assim?, retruquei, estranhando o assunto.
O porteiro abriu um sorriso exultante:
- Eu sabia! Eu sabia que era um golpe!
- Golpe?, meu espanto só aumentava.
Só fui entender o que acontecera realmente quando minha irmã e a sobrinha chegaram.
Quem estava perdido no trânsito era o motorista do táxi delas. Minha irmã tinha o número da portaria. Só que o porteiro da noite é um sujeito bem desconfiado e não a conhecia. O diálogo entre ele e minha irmã se passou mais ou menos assim:
- É da portaria do Edifício Casimiro de Abreu?, perguntou minha irmã
- Quem está falando?, responde o porteiro.
- Eu sou a irmã da moradora do apartamento 121, estou vindo de Brasília.
(silêncio prolongado)
Minha irmã insiste: Estamos andando em círculos dentro de um táxi, o motorista não conhece a redondeza, o senhor pode explicar o endereço pra ele?
- Porquê?
- Porque não estamos encontrando a rua... preciso que o senhor ensine o caminho para o motorista do táxi.
- Golpe?, meu espanto só aumentava.
Só fui entender o que acontecera realmente quando minha irmã e a sobrinha chegaram.
Quem estava perdido no trânsito era o motorista do táxi delas. Minha irmã tinha o número da portaria. Só que o porteiro da noite é um sujeito bem desconfiado e não a conhecia. O diálogo entre ele e minha irmã se passou mais ou menos assim:
- É da portaria do Edifício Casimiro de Abreu?, perguntou minha irmã
- Quem está falando?, responde o porteiro.
- Eu sou a irmã da moradora do apartamento 121, estou vindo de Brasília.
(silêncio prolongado)
Minha irmã insiste: Estamos andando em círculos dentro de um táxi, o motorista não conhece a redondeza, o senhor pode explicar o endereço pra ele?
- Porquê?
- Porque não estamos encontrando a rua... preciso que o senhor ensine o caminho para o motorista do táxi.
- Ah... Olhe, sinto muito, mas não posso fazer isto. É contra o regulamento do prédio.
- Moço, por favor, estou afirmando que sou irmã da proprietária do apartamento. Já tenho o endereço completo (deu até o CEP), estamos próximos, só não sabemos como chegar.
(silêncio muito prolongado)
Com bastante calma minha irmã explicou tudo outra vez: estavam perdidas no trânsito, dando voltas e voltas, o taxista não conhecia a rua...
Debalde. O porteiro desligou o telefone. Mas não sem antes perguntar:
- Que tipo de golpe é esse, hem, minha senhora?
- Moço, por favor, estou afirmando que sou irmã da proprietária do apartamento. Já tenho o endereço completo (deu até o CEP), estamos próximos, só não sabemos como chegar.
(silêncio muito prolongado)
Com bastante calma minha irmã explicou tudo outra vez: estavam perdidas no trânsito, dando voltas e voltas, o taxista não conhecia a rua...
Debalde. O porteiro desligou o telefone. Mas não sem antes perguntar:
- Que tipo de golpe é esse, hem, minha senhora?
4 comentários:
Adoro essas histórias do cotidiano. Pena que não soubemos o desfecho do homem ao celular. Só achei meio cara de pau querer que a ex fosse buscá-lo.
Já sobre porteiros prefiro nem comentar. No caso do post, de certo modo ele agiu certo, do jeito que anda a violência.... mas é mto ruim ficar rodando sem encontrar o endereço, ainda mais num táxi com taxímetro girando.
Olá, Jussara!
Muito obrigada pelos comentários! São divertidos e interativos.
Valeu,
abs,
olimpia
Visão Poliana: deve ser melhor ficar dentro do taxi perdido em S.Paulo do que fora dele, na rua, sentada em cima da mala, depois de ser barrada na portaria.
Isso é o que se chama ter senso prático, Mazé... rsrsrs
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