sexta-feira, 3 de abril de 2009

Santo André na baixa estação



Andando de bicicleta na rota que leva à Balsa, encontrei uma moça cuja trajetória profissional acompanho, quase sem querer. Ela trabalha como garçonete, em restaurantes e como não há muitos, os (re) encontros são inevitáveis.

Ano passado, ela conseguiu ser contratada pelo Costa Brasilis, o resort arrendado pela CVC, com carteira assinada e outros direitos trabalhistas. Feliz da vida, alugou casa e ousou fazer outros gastos que antes não cabiam em seu orçamento.

Pois bem, a baixa estação faz esses estragos: a CVC demitiu-a inesperadamente, assim como a outros trabalhadores de Santo André. Lá se foi o contrato de aluguel da moça. Sem trabalho e pressionada pelo locador, precisou abandonar o imóvel às pressas, voltando a morar em quarto alugado.

Aparentemente, a administração contava receber por volta de 150 turistas semanais na temporada pós-verão, mas somente 50 ou 60 viajantes têm ocupado os vôos fretados da TAM (e da Webjet) nos últimos meses.

A maior vantagem que vejo na chegada da CVC aqui na vila é a criação de preciosos postos de trabalho. Parece que estão escorrendo pelo ralo. Ou voltam no próximo verão, como é típico da (terrível) sazonalidade do turismo.
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Tenho notícia de que parou a música alta que vinha em ondas desagradáveis do resort. Sem fazer barulho, a CVC ganhou pontos de entre a população local, e não apenas na vizinhança imediata.

Por outro lado... bem, é só uma questão de gosto... mas quem será que teve a infeliz idéia de colocar luzes roxas na iluminação do paisagismo? Nunca fui a Cancun, nem a Las Vegas (só vou se for de graça), mas imagino que tenha aquelas cores estranhamente artificiais.
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A foto é do site do Costa Brasilis.

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