Deveria ter sido apenas um cineminha, mas pensando bem foi uma sessão diferente, nem é toda hora que a gente assiste fita de Bette Davis e Joan Crawford projetada ao ar livre, na telona natural de uma parede branca, sentados num canto de jardim enluarado e no meio do filme ainda tem a sorte de perceber o cintilante risco de uma estrela cadente de brilho excepcional.
Parecia profecia: não é que o filme se chamava O que terá acontecido com Baby Jane? Um suspense psicológico magnífico sustentado por excepcionais atuações que ficaram inscritas na história do cinema. Conta a estória da rivalidade permanente entre duas irmãs – agora velhas e decadentes – Blanche, que vive presa à cadeira de rodas numa mansão de Hollywood e até para comer depende de sua cruel e louca irmã, e Baby Jane, um antigo prodígio do vaudeville na época de infância. O que torna a vilã fascinante nem são seus atos de crueldade e loucuras crescentes, mas o fato de que, no fundo, Baby Jane não passa de uma criança que cresceu acreditando ter o mesmo talento de outrora. A cena em que ela canta a música de seu remoto número infantil vestida com roupa de criança é apavorante.
Paralelamente à produção do filme, de 1962, a rivalidade e a inveja corriam soltas nos sets de filmagens pelo confronto entre as estrelas Joan Crawford e Bette Davis. Conta a lenda que Bette bateu de verdade em Crawford numa cena do filme, e que esta, no papel da irmã paralítica, colocava pedras nos bolsos para piorar o esforço da outra em carregá-la nos braços. Quando Joan morreu, Bette declarou: “Não se deve dizer coisas ruins sobre os mortos, apenas as boas. Joan Crawford morreu, que bom.”
A platéia era mínima, cinco pessoas sentaram à mesa porque o filme foi precedido por um saborosíssimo jantar com coisas do mar preparado pelo Cláudio – um dos convidados trouxe lagostas. Em boa hora chegou uma amiga jovem e linda para devolver filmes e desfiar um pouco de prosa.
Mas o troféu de convidado-surpresa foi para Roberto, o Mentiroso. Para nossa (grande) surpresa! fazia um tempo estendido que não aparecia e Santo André sente falta desse morador ocasional tão singular. Acho que Roberto nunca imaginou que iria ver filme de Bette Davis naquela noite. Depois do filme terminado continuamos na ficção porque Roberto insiste em procurar o navio cheio de esmeraldas e safiras que está afundado em algum lugar do litoral entre Pernambuco e o Espírito Santo.
Sim, claro que enquanto procura ele também pesca nesse barco com nome de deusa egípcia aí da foto, olha lá a tripulação, Roberto não aparece, acho que estava na cabine.
Qual será o próximo filme?
Parecia profecia: não é que o filme se chamava O que terá acontecido com Baby Jane? Um suspense psicológico magnífico sustentado por excepcionais atuações que ficaram inscritas na história do cinema. Conta a estória da rivalidade permanente entre duas irmãs – agora velhas e decadentes – Blanche, que vive presa à cadeira de rodas numa mansão de Hollywood e até para comer depende de sua cruel e louca irmã, e Baby Jane, um antigo prodígio do vaudeville na época de infância. O que torna a vilã fascinante nem são seus atos de crueldade e loucuras crescentes, mas o fato de que, no fundo, Baby Jane não passa de uma criança que cresceu acreditando ter o mesmo talento de outrora. A cena em que ela canta a música de seu remoto número infantil vestida com roupa de criança é apavorante.
Paralelamente à produção do filme, de 1962, a rivalidade e a inveja corriam soltas nos sets de filmagens pelo confronto entre as estrelas Joan Crawford e Bette Davis. Conta a lenda que Bette bateu de verdade em Crawford numa cena do filme, e que esta, no papel da irmã paralítica, colocava pedras nos bolsos para piorar o esforço da outra em carregá-la nos braços. Quando Joan morreu, Bette declarou: “Não se deve dizer coisas ruins sobre os mortos, apenas as boas. Joan Crawford morreu, que bom.”
A platéia era mínima, cinco pessoas sentaram à mesa porque o filme foi precedido por um saborosíssimo jantar com coisas do mar preparado pelo Cláudio – um dos convidados trouxe lagostas. Em boa hora chegou uma amiga jovem e linda para devolver filmes e desfiar um pouco de prosa.
Mas o troféu de convidado-surpresa foi para Roberto, o Mentiroso. Para nossa (grande) surpresa! fazia um tempo estendido que não aparecia e Santo André sente falta desse morador ocasional tão singular. Acho que Roberto nunca imaginou que iria ver filme de Bette Davis naquela noite. Depois do filme terminado continuamos na ficção porque Roberto insiste em procurar o navio cheio de esmeraldas e safiras que está afundado em algum lugar do litoral entre Pernambuco e o Espírito Santo.
Sim, claro que enquanto procura ele também pesca nesse barco com nome de deusa egípcia aí da foto, olha lá a tripulação, Roberto não aparece, acho que estava na cabine.
Qual será o próximo filme?
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