Andava a pé em Porto Seguro no ritmo dividido entre a pressão dos afazeres e a vontade de tomar sorvete de frutas e entrar na nova loja de eletrônicos que abriu na Getúlio Vargas (“a rua dos bancos”). Tornou que me aproximei da banca nova de filmes DVD’s procurando lançamentos para o Cine Cajueiro; é a segunda da rua, abriu praticamente ao lado do único concorrente, ainda por cima no mesmo lado da calçada apenas a distância de um poste separa os dois. A cara de pau do sujeito, mas creio que neste ramo a ética é tão questionável como minha atitude em adquirir dois arrasa-quarteirões para a meninada assistir.
Na volta para casa olho o mar enquanto rodo de Porto para Cabrália. Quem conhece a região vai lembrar que a estrada é paralela à praia, rola ali encostadinha, é difícil despregar os olhos do verde-esmeralda da água clara – na curva mais acintosa da rodovia dá vontade de seguir em frente e mergulhar no mar, de carro, compras, e tudo. Temos uma amiga carioca que mora aqui há 20 anos, o lugar certo para encontrá-la de manhã é na praia, é adicta confessa. Mesmo assim, é capaz de chegar por último nos encontros porque “na volta de Porto não resisti e caí na água”. Chega atrasada e salgada.
O que estraga o bucolismo da paisagem é a profusão de bares e restaurantes em forma de barracas, algumas agigantadas pelo espraiamento indecoroso em áreas de outrem. O Ministério Público está em cima: mês passado derrubaram 8 delas, estavam inativas, vi os escombros. O trecho maior do trajeto, felizmente, ainda é vazio de edifícios e barracões na orla, parece que a ocupação passou a ter mais controle e fiscalização.
Na volta para casa olho o mar enquanto rodo de Porto para Cabrália. Quem conhece a região vai lembrar que a estrada é paralela à praia, rola ali encostadinha, é difícil despregar os olhos do verde-esmeralda da água clara – na curva mais acintosa da rodovia dá vontade de seguir em frente e mergulhar no mar, de carro, compras, e tudo. Temos uma amiga carioca que mora aqui há 20 anos, o lugar certo para encontrá-la de manhã é na praia, é adicta confessa. Mesmo assim, é capaz de chegar por último nos encontros porque “na volta de Porto não resisti e caí na água”. Chega atrasada e salgada.
O que estraga o bucolismo da paisagem é a profusão de bares e restaurantes em forma de barracas, algumas agigantadas pelo espraiamento indecoroso em áreas de outrem. O Ministério Público está em cima: mês passado derrubaram 8 delas, estavam inativas, vi os escombros. O trecho maior do trajeto, felizmente, ainda é vazio de edifícios e barracões na orla, parece que a ocupação passou a ter mais controle e fiscalização.
Por falar em escombros, só ontem vi a derrubada generalizada das casas que brotaram como cogumelos nos terrenos vazios durante a chamada invasão do Guaiú. Não sobrou pedra sobre pedra, quem já estava com geladeira cama e fogão debaixo de telhado achou as coisas na rua ou guardadas por amigos. Agiram os legítimos donos, em conjunto com o poder público. Foram 10 policiais, alguns oficiais de justiça e uma máquina própria para demolições que precisou vir de Belmonte, embora exista uma dessas arrasa-quarteirões no próprio Guaiú, só que o dono não quis fazer negócio com receio da revanche dos invasores, pessoas ali do vilarejo mesmo, a maioria já com casa própria, segundo a tônica dos depoimentos dos locais.
Na balsa para Santo André demos carona para esta menina (abaixo) e a mãe dela. Completa dez anos (a primeira década!) esta semana, veio convidar para o bolo e perguntar se poderíamos bater as fotos para as lembranças da festa. Sorte dela que a mãe é quituteira de salgados e docinhos (aceita encomendas, a Nininha), os petiscos vêm no capricho. Nos últimos meses vejo-a passar em frente de casa todos os dias na hora do lanche dos trabalhadores que estão reformando uma das casas da antiga serraria. É a melhor clientela, um bando de gente que gasta calorias como quem respira. Ás vezes, a menina vem com a irmã para ajudarem a mãe; trazem o isopor dos pastéis, dos croquetes, das coxinhas, e não se incomodam de repetir com paciência e gravidade qual é o recheio de carne e qual é o de galinha.
Olha quem veio visitar, nosso ex-vizinho e sempre amigo, Savino Rosucci. Depois que saiu daqui foi morar no Vale do Capão, na Chapada Diamantina e está bem demais por lá. Só veio para fechar o negócio do arrendamento do Aphrodesia (qual será o nome agora?) com a Carol. Foi uma noite ótima, lá no Morango e Ana Tereza, os moradores flutuantes chegando para seus verões de três, quatro, às vezes 6 meses, o homem de Castela e a mulher do Equador recém-chegados -- alugaram a parte de cima da casa de Alicia argentina, a casa de baixo já estava ocupada -- o bêbado que a gente precisou driblar (estamos ficando craques no esporte), as risadas, os planos para a semana
Bem que gosto de morar aqui.
3 comentários:
Poxa eu adorei esse bar, estou curiosa pra saber oque aconteceu com ele rs.
Patrícia veja o post chamado "A estrada para Memphis, Tennessee" do dia 6 de fevereiro de 2011.
Para ter notícias do bar...
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