Pode ser que o temor de Seu Laurindo do mar atingir o planal-to central não seja tão infundado assim. Fez-me lembrar uma série de maquetes que vi este ano numa exposição do Museu de Arte Moderna de Nova York (o MoMa) chamada de “Rising Currents” (Correntes em Ascensão). Como a cidade é portuária e cercada por rios é bem razoável pensar que devido ao aquecimento global o nível do mar se eleve a ponto de deixar a ilha submersa. Desde o século XVII, os colonizadores holandeses – e depois os ingleses – buscam proteger a cidade das águas que a circundam: construíram píeres para facilitar o comércio, fortificações para prevenir ataques e diques para isolar a cidade da água, elevando, gradualmente, os limites pantanosos da cidade. A ameaça de inundação atual se situa em outro paradigma, bem mais ameaçador.
Enquan-to isso, em Mel-ourne, Markus imagina e desenha outro tipo de ilhas, evoca-tivas da solidão e da desesperançada condição humana da atualidade. Por onde passo vejo os traços
desse isolamento a que parece estarmos fadados nestes tempos de cegueira para o outro e cólera individualista. Precisamos urgentemente de um sonho coletivo para voltar a nos aproximarmos.
desse isolamento a que parece estarmos fadados nestes tempos de cegueira para o outro e cólera individualista. Precisamos urgentemente de um sonho coletivo para voltar a nos aproximarmos.
Um comentário:
Outro dia mesmo eu vi essa foto de Manhattan inundada. Assustador, hem!
Odoro quando meus desenhos aparecem no seu blog, pois assim formam-se pontes entre nossas blogilhas.
Postar um comentário