sexta-feira, 16 de julho de 2010

o que é que a Bahia tem?

Passo por maus bocados na capital federal - chegou o tempo da terra ficar seca-cor-de-ferrugem e os lábios pocarem (pocar, aprendi há pouco tempo, significa "arrebentar como pipoca"). Ninguém sabe quando foi a última vez que choveu nem se a chuva voltará para molhar o planalto. Os ipês, é verdade, desafiam a monocromia espalhando  flor de cor: amarelo, rosa, roxo... São os Van Goghs naturebas. O dia de hoje, como  o  de ontem  foi e o de amanhã será,  deu-se em  exclusiva dedicação à resolução de problemas relacionados à administração de imóveis: jardineiro, marceneiro, corretor, contratos, reuniões. Que coisa mais chata, meu Deus dos escritórios. Meu maior sonho de consumo é ter uma secretária ou um administrador e poder ficar lá no meu Santo André com toda a Bahia a que tenho direito. Acabo de ver no visor do celular que meu filho chegou no Brasil, em São Paulo precisamente, e amanhã pega a estrada para Brasília, o lugar onde ele é nativo legítimo. Mais um motivo de inquietação, até o momento da chegada. Mãe é bicho besta, como todo mundo sabe . Para me distrair, procuro notícias baianas nos blogs. Achei uma interessante no  blog  "Escapismo Genuíno" (olha que nome original), a moça se chama Tete Lacerda e escreve sobre "viagens, comilanças (é minha cara), cultura útil e inútil, devaneios aleatórios". O post dela de hoje é sobre a Chapada Diamantina e vai por aqui:
------------------------
"Andam dizendo por aí que 2010 é um ano de mudança... Mas nos meus calendários, não há ano que não seja. No ínterim de cortar o cabelo, pedir demissão, fazer as malas e embarcar num vôo Rio – Florianópolis, passei por alguns lugares, entre eles a minha Bahia. Em busca de uma lavagem de alma.
Em busca de uma lavagem de alma fui visitar minha prima que mora no Barro Branco, pequeno vilarejo a 6 km de Lençóis, onde moravam garimpeiros da Chapada Diamantina. Hoje moram alguns soteropolitanos e muitos outros estrangeiros.
Lençóis, a primeira vista, é uma cidade de interior comum. Chão de pedra, restaurantes simples com preços de fazer qualquer um chegando do Rio se achar rico, pessoas sorridentes e simpáticas, e aquela calmaria. Mas basta dar uma volta pelo centro histórico e rua das pedras, que Lençóis já não é mais uma cidade de interior como qualquer outra."
----------
Se voce gostou do que a Tete escreveu ou quer conhecer a Chapada baiana, veja mais em http://escapismogenuino.wordpress.com/
-------------
Antes de ir me anestesiar em frente à TV quero agradecer ao Divino pelo companheiro generoso que me deu...

2 comentários:

Anônimo disse...

Wowww!!!...
Esse "Escapismo Genuino" eh uma grande ideia, it is great, sua forma inteligente e coloquial nas abordagens, criativo, e tras multicultura e coisas das mais variadas que alem de fanny eh agregador na nossa cultura.
Nao deixem de log on there...
JCL.

olimpia disse...

Olá JCL,
Eu também achei o "escapismo genuíno" interessante. Tô de olho nele.
Boa sorte!
abraço, de
olimpia