quinta-feira, 1 de julho de 2010

preconceito preconceito preconceito

"Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura..."
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O poema de Alberto Caeiro me leva a  refletir sobre os preconceitos, este fardo pesado que arrastamos pela vida afora. Um bom exemplo do tema é a declaração (e contradição) recente da Senadora Marina Silva sobre o casamento gay e os direitos civis dos homossexuais, nas páginas amarelas da revista Veja desta semana:
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"Defendo que qualquer pessoa tenha seus direitos civis assegurados em igualdade de condições, sem discriminação. A outra coisa é sacramentar o casamento perante Deus, na igreja. Na minha fé, esse tipo de união deve ocorrer apenas entre um homem e uma mulher. Os homossexuais podem até não votar em mim por isso. É do bom jogo democrático."
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Ora, ora... O projeto de lei  que está nas gavetas do Legislativo brasileiro para permitir a união civil entre pessoas do mesmo sexo visa regulamentar questões práticas, como, por exemplo,  o direito de herança de patrimônio feito em conjunto. Ninguém está falando em casamento na igreja, prezada candidata, a senhora sabe disto.
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Você não fica cansada quando a pessoa com quem dialoga não se dá ao trabalho de observar o ser vivente  real e concreto que está à sua frente, preferindo "ler" a idéia formada que tem na própria mente? Como parte da minoria social mulher passo de vez em quando por esta experiência. Ai que sono.

2 comentários:

m.Jo. disse...

A Marina fica pequenininha quando sai do tema "ambientalismo" e envereda por "comportamento". Pena.

olimpia disse...

Compartilho de sua opinião, por isto desisti de votar nela...