Na rua em que nós moráva-mos aqui em Brasília, vivia também Seu Laurindo e a mulher dele, uma senhora quieta, de interiores. Vai ver era pra compensar o verbo solto do marido. Lá em casa nós o chamávamos secretamente (e depois abertamente) de deputado. Ele ainda mora no mesmo lugar, aposentado, e com vontade de se mudar da capital federal para perto do mar, em Vitória. Chegou a anunciar a casa para vender, e já tinha em vista um bom apartamento em frente às praias capixabas. Foi quando aconteceu uma das maiores catástrofes naturais da história - o tsnunami que arrasou com dezenas de aldeias costeiras na Tailândia, Índia e Sri Lanka. Seu Laurindo nunca mais foi o mesmo, segundo os comentários dos outros ex-vizinhos. Desistiu de morar no litoral devido ao risco de inundações súbitas e devastadoras. Presta atenção a tudo que se refere ao nível do mar. Tem tabelas comparativas das alturas das ondas em diversas localidades litôraneas brasileiras. Agora que o reencontramos, Seu Laurindo nos olha preocupado. Está convicto de que corremos um enorme risco -- vem outro tsunami por aí e segundo ele conseguiu apurar, o sul da Bahia será uma das áreas mais afetadas.
Se preocupa não, Seu Laurindo, se o tsnumani aparecer, a gente volta pra Brasília numa nova Arca de Noé.
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a foto do Bacana foi enviada pela Léa Penteado (obrigada!)
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In a second thought, lembrei de ter visto águas parecidas anos atrás, na Chapada dos Veadeiros, um lugar roots perto de Brasília. Tinha um cara lá que fabricava pranchas de surf pelo mesmo motivo: medo do sertão virar mar.
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In a second thought, lembrei de ter visto águas parecidas anos atrás, na Chapada dos Veadeiros, um lugar roots perto de Brasília. Tinha um cara lá que fabricava pranchas de surf pelo mesmo motivo: medo do sertão virar mar.
Um comentário:
E o sertao vai virar mar... la no coracao, com medo que algum dia o mar tb vire sertao....
Por aqui: faz tempo que nao pego um verao tao quente e seco! O clima anda meio louquinho... Beijos!
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