pescadores do povoado |
Hoje por acaso me deparei com este texto sobre SA no site do Camping do Caju (um camping situado na estrada da balsa de Arraial de Ajuda.) Não traz o nome do autor, mas agradeço...
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"A vila de Santo André, bairro de Santa Cruz Cabrália é um lugar curioso. Favorecida pela sorte, por ser afastada do turismo de massa, a pequena Vila fica a vinte quilômetros do aeroporto internacional de Porto Seguro. Chega a ser inacreditável que esse povoado, mesmo próximo de endereços badalados como Trancoso e Arraial d’ Ajuda, consiga se manter inalterado, preservado, com poucos habitantes, mantendo ainda hoje o charme que essas localidades tinham há trinta anos.
Soma-se a isso o fato de estar bem no meio da área de proteção ambiental (APA) de Santo Antônio, que garante a preservação de seu vasto patrimônio natural: Mata Atlântica, restingas, várzeas, brejos, mussunungas, manguezais e recifes de corais. Por tudo isto, a vila de Santo André é um destino imperdível, onde em tempos idos, viviam os Tupinambás - índios místicos, amantes da natureza.
Há cerca de 100 anos o lugar era quase somente mata, com muitas jaqueiras, rios cristalinos e peixes em abundância. O gosto dos moradores pela boa prosa - que vem desde aquela época - ainda hoje reúne a comunidade para a contação de “causos”. Segundo os antigos, a iniciação de Pajés era feita através da música, já que os Tupinambás acreditavam que o divino, a força da natureza, falava aos homens através dessa arte. Mantidos na floresta em completo isolamento aqueles que disputavam a liderança da tribo somente retornavam à aldeia depois de compor canções. Era escolhido o autor da música mais bela, aquela que tocasse mais fundo o coração de seu povo.
Soma-se a isso o fato de estar bem no meio da área de proteção ambiental (APA) de Santo Antônio, que garante a preservação de seu vasto patrimônio natural: Mata Atlântica, restingas, várzeas, brejos, mussunungas, manguezais e recifes de corais. Por tudo isto, a vila de Santo André é um destino imperdível, onde em tempos idos, viviam os Tupinambás - índios místicos, amantes da natureza.
Há cerca de 100 anos o lugar era quase somente mata, com muitas jaqueiras, rios cristalinos e peixes em abundância. O gosto dos moradores pela boa prosa - que vem desde aquela época - ainda hoje reúne a comunidade para a contação de “causos”. Segundo os antigos, a iniciação de Pajés era feita através da música, já que os Tupinambás acreditavam que o divino, a força da natureza, falava aos homens através dessa arte. Mantidos na floresta em completo isolamento aqueles que disputavam a liderança da tribo somente retornavam à aldeia depois de compor canções. Era escolhido o autor da música mais bela, aquela que tocasse mais fundo o coração de seu povo.
restinga em frente à Pousada Victor Hugo |
Segundo a moradora D. Inácia, depois de longo período com cerca de oito casas (de taipa, piso de barro, fogões à lenha, cobertas por sapé e iluminadas por candeeiros), lá pelos anos 50 começaram a chegar novas famílias. Desde essa época, são as festas que animam o povoado, unindo sagrado e profano, como o “caruru” em homenagem a São Cosme e São Damião comemorado todos os anos em 27 de setembro.
Mais e mais “forasteiros” foram chegando como Guylise, da Ilha de Seycheles, que nos anos 80 realizava maravilhosas festas na praia de Santo André como oferenda à Yemanjá. Naquele tempo o espírito de solidariedade unia o “Batalhão”, espécie de mutirão, onde todos ajudavam na construção das casas. Saudoso, o sanfoneiro Valdevino - que junto de outros moradores criou o primeiro bloco carnavalesco - relembra: “A gente se unia, preparava uma feijoada e caía pra dentro do serviço! Só ia embora quando acabava o trabalho. Aí era hora do banho e de se preparar para o baile”. Havia muitos eventos, como os de São João, São Pedro, Boi Duro e dos santos Crispim e Crispiano. A festa do Caruru, as receitas, os valores comunitários, a cultura e o espírito de solidariedade eram passados de pai para filho. (...)"
crianças de Santo André (Mídia, Isabela, Eliana, Laura e Levy) |
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texto retirado daqui
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Aproveito para deixar um recadinho para o rapaz de Rondônia que postou um comentário no blog e pediu dicas de Santo André: você me pediu para responder por email -- mas não colocou o endereço eletrônico no comentário. Terei prazer em lhe ajudar! Se quiser, escreva para mim em olimpiacalmon@gmail.com
3 comentários:
Esse delicioso texto é da minha chefinha Nena Gama, já o li milhares de vezes pois está em vários projetos nossos ao descrever Santo André e está em nosso site: www.iasa.org.br no ícone região. Pode conferir!!!
Bj, Lola
Vi o link do camping, Foi em 2007 para 2008, enviei este texto para vários jornais on line, como o jornal do sol, e alguns publicaram a matéria, mas deram os créditos, o camping omitiu infelizmente, bj, Lola
Não diga! Que bom descobrir o autor, ou melhor, a autora. Valeu, Lola!
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