sexta-feira, 24 de junho de 2011

o post do lixo

Eis como o povoado de Santo André se apresenta, visto de cima...  Situado na foz de um rio largo o suficiente para permitir a formação de ilhas semi-atlânticas; e imerso na mata.  Como se percebe, a vegetação é ricamente diversificada: árvores nativas, coqueiros, dendezeiros, flores silvestres, manguezais, palmeiras de piaçava...

Não raro, as árvores que ladeiam as ruas se tocam no ar, formando alamedas sombreadas..
 Tanta exuberância produz um problema quer requer uma solução...onde colocar o lixo das podas dos quintais e jardins particulares? No meio da rua? Quem deve ser responsável pela coleta, o serviço público ou a ação privada?
O assunto voltou à baila recentemente, via mensagem da Léa Penteado dirigida ao Prefeito Jorge Pontes. Outros moradores fizeram sugestões; ou simplesmente opinaram....Muito bom, morar num povoado onde as pessoas se manifestam sobre problemas comuns. Particularmente, sou favorável à retirada das podas pelos próprios donos dos jardins e quintais; de outra maneira, através de serviço público mediante cobrança de taxa também me parece justo, desde que não se cobre imposto de quem não tem jardim....
“Senhor Prefeito: Agradeço todas as informações, mas gostaria de saber se é possível e quando, a retirada do lixo que não só gera uma sensação de vila abandonada como também pode trazer problemas de saúde. Obrigada, Léa” 
“Sr. Prefeito: o único charme que Santo André tem é uma natureza exuberante. À exceção de um único e gigantesco hotel que provocou um desmatamento selvagem durante sua construção, o restante das casas e dos estabelecimentos comerciais procurou manter o máximo possível da vegetação nativa, além de providenciar o plantio de novas árvores e folhagens.  Hoje poucas áreas tem tamanho suficiente para cuidar ao próprio interno das podas dos quintais e dos jardins. Os próprios garis recolhem as folhas acumuladas nas ruas, mas sem poder queimá-las devido à vizinhança com outras casas. Poucas pessoas e principalmente poucos comerciantes, teriam a possibilidade de chamar o caminhão fantasma que por R$ 80,00 (cada viagem), despeja as podas sabe-se lá aonde. Uma solução radical seria a prefeitura tomar a iniciativa de cortar todas as árvores... Para evitar este ato extremado e certamente impopular, poder-se-ia estudar a alternativa de oferecer o serviço de coleta duas vezes por mês, mediante a cobrança de uma taxa, e com a fixação dos dias certos para deixar as podas na rua. Multas seriam aplicadas para àqueles que desrespeitassem as regras estabelecidas. (...) Ugo Colombo”
“Carissimo Ugo,
Permita-me algumas pequenas considerações ao seu texto. Bem colocada a sua posição da coleta quinzenal para os resíduos das podas, mediante pagamento de taxa, e a aplicação de multa aos infratores. O assunto foi motivo de discussão em dezembro, a partir de uma troca de e-mails entre a Léa e o Prefeito Jorge Pontes, mas infelizmente a idéia não teve seguimento. Quanto à coleta do lixo doméstico, é dever da Prefeitura efetuá-la. Todas as propriedades são taxadas com o IPTU, de acordo com a área do terreno e área construída.  Certo é que os maiores produtores de lixo em Santo André são o resort, restaurantes e pousadas, mas estes também recolhem impostos federais, estaduais e municipais, conforme o regime de tributação a que estão sujeitos. Por outro lado, é dever destes estabelecimentos comerciais não só diminuir a produção de lixo, como também criar alternativas para que ele não seja descartado no meio ambiente de maneira negativa. Desta forma, o trabalho dos garis seria otimizado e haveria mais espaço e tempo direcionados à comunidade. Se cada um de nós, seja pessoa física, empresa ou poder público, fizer a sua parte, talvez possamos mudar o quadro, senão ano após ano, continuaremos a responsabilizar a Prefeitura pelos dejetos jogados nas ruas. Mas, quem sabe, desta vez, consigamos que o assunto não caia no esquecimento? Abraço, Mikie”
“Caros Ugo, Mikie e demais amigos e amigas de Santo André. Muito grato pelas sugestões as quais achei muito sensatas e certamente tentaremos colocá-las em prática. Realmente o problema maior que enfrentamos com relação ao lixo é referente às podas de árvores e resíduos de construções, móveis, etc, colocados nas vias públicas, na maioria das vezes fora do horário de coleta. Isso nos incomoda bastante, pois creio que tais atitudes somente mostram que aqueles que as praticam estão menosprezando o local onde residem, praticando a falta de cidadania. Concordo plenamente com vocês em estabelecer intervalos quinzenais para a coleta destes materiais desde que colocados nas vias públicas em dias e horários previamente agendados, acredito que teremos uma solução definitiva.”



8 comentários:

Anônimo disse...

Ola Olimpia, aqui em Lagoa Santa MG, usam a poda das arvores para composto organico, apos algum tempo de maturação. Apos, vamos buscar para utilização nos canteiros, gramas, etec.

olimpia disse...

Olha aí, outra sugestão..
obrigada

Jane Reolo disse...

O Olímpia
Que foto linda dos barcos sob o luar.
Obrigada por visitar o blog da escola.Eu sou a diretora da escola.Na festa junina estou no palco de maria chiquinha premiando os meninos que ganharam na corrida de saco!Abraços

Dagmar disse...

olá Olímpia,
que linda esta foto noturna! Adoro sempre vir aqui e ler artigos interessantes.
Aproveito para divulgar o blog do Instituto Antônio Poteiro.
Acesse o link http://institutoantoniopoteiro.blogspot.com/ e conheça a nossa proposta.
um grande beijo
Dagui

Anônimo disse...

oi Olímpia,
que saudade do nosso paraíso...ainda bem que julho está chegando e eu vou chegando aí...enquanto isso mais uma vez te agradeço por sempre me manter nutrida de Santo André através do seu blog.
Difícil esta história das podas abandonadas na porta alheia, né? Mas acho simples de resolver....achei sensacional esta idéia de fazer composto organico postada pelo Anonimo....enquanto isso não se materializa acho que nada mais justo do que pensar o seguinte: se a gente não joga o lixo comum na rua porque vai se jogar o "lixo" verde? Ou cada um ensaca o lixo verde e a coleta publica recolhe ou cada qual que faz sua poda providencia a retirada, não é? Acho que esta proposta de se criar um imposto para a coleta do lixo verde é complexa: como vai se dimensionar quem tem jardim ou não? qual o tamanho? o quanto gera de lixo verdeÉ preciso muito cuidado para não se criar mais um imposto e depois ficarmos sem o serviço (que é que já acontece em relação a outros serviços....)Abração,Monica Paoletti (acabei postando como Anonimo porque sempre esqueço minha senha...)

olimpia disse...

Oi Jane,
voltei lá para olhar... está pequenino, se você não falasse, realmente não perceberia.
que legal o template do blog!
daqui a pouco... férias, hem?
abraços para Helena e você
olimpia

olimpia disse...

Olá Dag!
Também adorei a foto, é de uma fotógrafa daqui, a Cláudia Schembri... vou olhar o site do Poteiro, sim!
obrigada,
olimpia

olimpia disse...

Oi Mônica,
também achei muito legal tornar a poda das árvores em composto orgânico...
logo, logo, poderemos trocar uma idéia pessoalmente
até julho!
bjs