quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Dor de corvo




"Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais
«Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais.
É só isso e nada mais."
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primeira estrofe do célebre poema de Poe, na tradução de Fernando Pessoa

Um comentário:

piero eyben disse...

um trechinho na transcriação de Haroldo de Campos:
"E o corvo, sem revôo, pára e pousa, pára e pousa
No pálido busto de Palas, justo sobre meus umbrais;
E seus olhos têm o fogo de um demônio que repousa,
E o lampião no soalho faz, torvo, a sombra onde ele jaz;
E minha alma dos refolhos dessa sombra onde ele jaz
Ergue o vôo - nunca mais!"

QUE INVEJA do leão-marinho-babélico!