sexta-feira, 13 de março de 2009

Infelicidade

É dirigir-se ao cinema, descobrir que o filme ("Entre os muros da escola") ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2008, ver o cartaz anunciando que o diretor Laurent Cantet (foto) vai bater papo com os espectadores após o filme e... descobrir que não tem mais ingresso...
Nem filme, nem diretor, nem nada
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(trecho de entrevista)

G1 - “Entre os muros da escola” foi lançado há quase um ano, em Cannes, e desde então arrebatou diversos prêmios – da Palma de Ouro ao prêmio Cesar, passando por uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Elogios à parte, que tipo de recepção você vem encontrando nesse período?
Laurent Cantet - Viajei muito com o filme, fui para 24 países, conversei com jornalistas e o mais suprendente é que as perguntas que me são feitas são as mesmas em todo lugar. Mesmo quando falamos dessa sala de aula específica no subúrbio de Paris, parece que tocamos em temas que são mais universais e que todo mundo pode compartilhar. Talvez a única reação realmente contrária ao filme veio de alguns professores franceses que o viram como um documentário e não reconheceram ali sua própria situação. Ficaram chocados com a imagem que eu passei da escola e do modo como os professores trabalharam. Meu professor não é perfeito, ele comete falhas, não é o mesmo daquele tipo de filme americano sobre escolas em que há sempre um professor inspirado ensinando às crianças como a vida pode ser maravilhosa. O nosso é imperfeito, e acho que essa foi uma das razões pela qual alguns criticaram;"

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