quarta-feira, 18 de março de 2009

temporal em São Paulo



Cheguei ensopada no balcão de identifica-
ção do prédio do meu médico. O atendente de terno cinza, óculos e dentes amarela-
dos digitou errado o número da minha carteira de identidade e quis me convencer de que eu não sou eu.
Cheguei ensopada e atrapalhada na catraca de entrada do prédio do meu médico. Provei que eu sou eu mesma depois de digitado o número certo. Mesmo assim caiu tudo: bolsa, guarda-chuva, a pilha de exames e o crachá de visitante.

Cheguei ensopada, atrapalhada e atrasada na sala de espera do meu médico. Ele ainda não havia chegado. A TV de plasma postada em frente às cadeiras para paciente sentar mostrava um circo chinês (coreano?) com música correspondente. Depois de um tempo aquele tlin-tlin-tlin contínuo começou a me enervar.

Saí ensopada, atrapalhada, atrasada e estressada do consultório do meu médico.

Nenhum comentário: