quarta-feira, 27 de maio de 2009

a mulher da mala

Mas a verdade é que à noite lá estávamos nós em Santo André da Bahia, bem ali na varanda do Santana’s: a nordestina, o mineiro, um italiano, outra italiana, a fluminense, o uruguaio, o carioca, nessa globalizada multietnicidade que é a cara dos dias de hoje.
A diferença é que só estávamos nós, os donos da rua. Não passava carro, nem cachorro, nem gente. Sem lei-seca, sem bafômetro, sem lei para apagar cigarro. O enorme silêncio era desafiado pela trilha sonora vinda do IASA, ensaio de quadrilha para as festas juninas que ocorrem em julho, por causa das férias dos turistas. Quem explicou foi o Rildo, não o pescador, o garçom do Gaivota, quando passou na rua, todo suado e com novo visual de cabelo meio moicano meio baiano e de bermuda geométrica em preto e branco.
Mais tarde outro incidente desabou no meio da conversa: a chegada dessa senhora que nunca vi mais gorda (era magra), vinha como eu naquela manhã, arrastando a mala de rodinhas, porém na longa rua de terra batida àquela tardia hora era um tanto inusitado. Fora precedida por outro senhor, outro europeu, esse sim, conhecemos bem. Uma coisa tinha a ver com a outra, mas ficamos sem entender, como é muito comum aqui em Santo André.

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