segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Santo André na revista da TAM

Jean-François e amigos do Jambo Sana curtindo música ao amanhecer
Vou comentar a reportagem da TAM; afinal, o blog está aqui pra isso. A introdução, tem uma sentença definitiva: " a boa letargia de seus longos dias de praia e o céu azul é bem-vinda em qualquer época." Vero. O sossego é parte fundamental do patrimônio imaterial da Vila. É um dos motivos que atrai tanta gente, desde o pessoal de terceira idade e espírito audaz, aos jovens que buscam comunhão com a natureza, com o silêncio, com a fraternidade...Vide o sucesso do camping Jambo Sana, um lugar belíssimo, onde os proprietários, Vera e Nelson Zippin,  zelam por conservar, romanticamente, um certo ar da década de 70...
as fotos do Jambo Sana são de Mira Borges Fainguelernt (repare o que está escrito)
 Pois bem, mas quando a revista diz que Santo André atrai jovens dos grandes centros por causa das suas festas eletrônicas, sei não... tsk, tsk, tsk... Olha, houve apenas duas grandes festas eletrônicas, a referida Dolce Vita, nos réveillons de 2010 e 2011. Este ano não haverá.  A primeira festa gerou uma polêmica fervilhante entre os moradores e os habituês (tá tudo aqui no blog, é só procurar em Dolce Vita ou Duty).  As festas foram organizadas por uma equipe de profissionais paulistas de bom nível, o Duty é um DJ bem sucedido, veio muita gente bonita e descolada, etc. Mas de forma alguma é representativo de Santo André, em termos de eventos. Muito mais fidedigno em termos de informação é o blog da Fernie, num post que está aí pra baixo (Santo André: o relato de uma viajante).  Também está no redefurada uma matéria de Ricardo Freire (Santo André saiu no Estadão). E este blog, cujo amadorismo se revela já no título, se alegra de ter amealhado, nestes 3 anos de vida, um manancial de textos e fotos gerados de uma posição privilegiada. Modéstia à parte quem mora na Vila aprende mais cedo....rsrss.
Santo André tem coisas que não dá para ver de imediato. Depende de sua sorte e de seu senso de experimentação.  Ontem, um amigo argentino que está visitando comentou, surpreso, "o alto nível cultural dos moradores". Nossos papos em torno de cinema estão ficando antológicos, mas se discute um pouco de tudo. O mix de baianos, italianos, outros brasileiros, alemães, argentinos e outras nacionalidades dá panos pras mangas e torna a aventura de viver em Santo André muito mais interessante e rica. Pelo menos para mim.
Last but not least:  Santo André tem outras opções de hospedagem (charmosos: Pousada da Ponta de Santo André,  Gaili, Victor Hugo, Jacumã, Corsário, Araticum, etc) e outros restaurantes de excelente comida... a reportagem pecou pela omissão. Não mencionar o restaurante da Mikie (El Floridita), os agitos do Casapraia, as massas do Sant'Annas, a pizza da Joyce, a comida caseira do Almescla, o hamburger do Nelmo, as cocadas da Iolete... caramba, faltou muita coisa!
Sem contar que nem mencionou o trabalho cultural que se faz aqui, e só cresce... Não dá para falar de Santo André sem mencionar o trabalho realizado pelo Centro Cultural e pelo IASA. Do Festival  Cultural do Verão... Sem falar da escolinha Maria Marta. Da capoeira. Do cinema. Da alegria e agitação no campo de futebol, mesmo sem jogo. Do espírito solidário dos moradores e amigos de Santo André que injetam recursos financeiros e trabalho voluntário para elevar o nível cultural e de cidadania do povoado...
Hello, TAM,  vamos abrir o leque na próxima, tá combinado?

2 comentários:

Ana Teresa Tamancoldi disse...

Isto mesmo Olimpia !Como mouradora a mas de vinte anos ,concordo plenamente com vc.Que reportagem mas equivocada !!! .Cade estas baladas ????

olimpia disse...

Ah! Uma opinião abalizada!
Moradora há 20 anos, Ana Teresa conhece Santo André como pouca gente...
Você viu que reportagem estranha?
tsk, tsk, tsk...