segunda-feira, 16 de março de 2009

Fechado com a porta aberta



O bairro oriental de São Paulo – a Liberdade – fica perto daqui; nunca deixo de ir lá, quando estou em São Paulo. Adoro perambular pelas ruas, olhar as quinquilharias, comprar artigos diferentes em suas mercearias, visitar a feirinha e comer pastel na Rua dos Estudantes.

Entramos num restaurante sem nome inteligível; apenas um ideograma na porta. No cardápio pratos como “ovo preto”, “língua de pato” e outras iguarias exóticas. Pedi uma porção de guyoza bovino cozidos no vapor; de-li-ci-o-sos. Notei que uma mesa redonda grande, dessas que tem uma parte giratória, estava sendo colocada com muitos pratos: sentaram-se nela vários ajudantes de cozinha (brasileiros), além do chef chinês e as mulheres que atendem às mesas, todas chinesas, mal falavam português.
Dessa hora em diante, ninguém mais pode entrar; os pretendentes a clientes enfiavam os pescoços pela porta e o chinês dizia, taxativo, “acabou a verdura.”

Um comentário:

m.Jo. disse...

:)
Restaurante fechado para o almoço. E não é português.

Mas fuja dos ovos pretos. Eca. Eles são submetidos a um processo mais ou menos controlado de apodrecimento, até ficarem no ponto. Já passaram pela minha mesa no Vietnam.
bjks