O povoado está tão cheio de paulistas que ouvi uma voz feminina dizer na rua Isto aqui não é Santo André, é São Paulo. O fato é que ganharam a simpatia dos locais, tanto que inspirou o Cláudio a escrever este texto para o Rede:
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"A igualdade é paulista. Mansos, silenciosos, em fila, eles formam, aos poucos, a multidão. As três ruas do povoado foram mansamente ocupadas pelos seus passos seguros uniformes, repetitivos.
A antropofagia, domesticada, com elegância, vorazmente coleciona sabores: a pizzaria, as iguarias do Casapraia e do Victor Hugo, o Stefano com sua cantina italiana, o Gaivota com as peixadas, a Mikie com os filés e robalos.
Tudo involuntariamente se transforma em um guia gastronômico – É bárbaro!
Nós, espantados, somos unânimes
-- como são educados!
-- são igualzinhos!
- - que povo bonito!
-- que elegância!
Todos nós, moradores, comerciantes, donos de pousadas, oriundos dos anos 60, perplexos perguntamos onde está a rebeldia dos hippies, dos festivais, de Woodstock.
A placidez humana se molda ordenadamente ao diapasão dos “DJs” com suas mágicas sonoras e hipnóticas.
A beleza baiana sentou na arquibancada com suas cores e tererês pra ver os paulistas “Aas” passarem. "
(ilustração de Maria Eugênia)
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"A igualdade é paulista. Mansos, silenciosos, em fila, eles formam, aos poucos, a multidão. As três ruas do povoado foram mansamente ocupadas pelos seus passos seguros uniformes, repetitivos.
A antropofagia, domesticada, com elegância, vorazmente coleciona sabores: a pizzaria, as iguarias do Casapraia e do Victor Hugo, o Stefano com sua cantina italiana, o Gaivota com as peixadas, a Mikie com os filés e robalos.
Tudo involuntariamente se transforma em um guia gastronômico – É bárbaro!
Nós, espantados, somos unânimes
-- como são educados!
-- são igualzinhos!
- - que povo bonito!
-- que elegância!
Todos nós, moradores, comerciantes, donos de pousadas, oriundos dos anos 60, perplexos perguntamos onde está a rebeldia dos hippies, dos festivais, de Woodstock.
A placidez humana se molda ordenadamente ao diapasão dos “DJs” com suas mágicas sonoras e hipnóticas.
A beleza baiana sentou na arquibancada com suas cores e tererês pra ver os paulistas “Aas” passarem. "
(ilustração de Maria Eugênia)
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