Até o último dia do mês passado foi possível viajar por treze séculos de civilização islâmica sem sair do CCBB de São Paulo – foram distribuídos mais de trezentos objetos e obras de arte pelos três pisos do prédio, alem do térreo e do subsolo, a maioria oriunda de museus da Síria e do Irã. Tapeçaria, ourivesaria, cerâmica, iluminura, mobiliário, vestuário (eu queria tanto tocar naquele vestido de brocado...), e a caligrafia esmerada que é considerada uma atividade nobre e sagrada. Lindas tábuas de escrever, com letras do alfabeto árabe. Consta que os meninos usavam tintas orgânicas para fazer o texto, depois lavavam a escrita e bebiam a água que escorria das tabuinhas... Olha que delícia: bebida de palavras.
Um alumbramento.
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