Caro Senhor ou Senhora:
Foi com atenção, curiosidade e algum alarme que li o comentário arguto que você colocou aqui no meu blog, usando o pseudônimo “baianolegal”. Começa assim...
“Tabarel e caipira quando vai para São Paulo, Rio e outros centros já voltam até com sotaque de lá...”
O seu comentário era longo e deveras interessante, mas eu não posso reproduzi-lo na íntegra, baianolegal, porque ele é ofensivo, com aquelas palavras que a gente eufemisticamente chama de baixo calão, e eu prezo muito as pessoas que param por alguns instantes na escala “rede furada” de um vôo virtual que continua na direção de Seiláonde.
Acho que elas não merecem ficar lendo grosserias.
Foi por isto que deletei seu comentário.
Olha, você tem razão. Eu gasto sola de sapato nos corredores dos museus há décadas, mas até hoje fico deslumbrada quando vejo obras de arte. Ou situações urbanas interessantes e diversificadas. Eu sou a própria “nova rica” da arte e da cultura... Falo demais, vibro demais, fico de queixo caído, agitada, e de boca aberta. Ou estarrecida – porque mesmo o Horror pode ser revelado por pincel ou cinzel.
Sou, enfim, uma pessoa irrecuperável: sempre enrolando os pés nos tapetes públicos da etiqueta.
Talvez porque eu more em um povoado, um vilarejo simples (e lindo), e não é sempre que posso ver obras primas -- como pinturas célebres ou catedrais góticas -- realizadas pelos exemplares da minha espécie que têm ou tiveram o Dom e a disciplina para organizá-lo.
Foi com atenção, curiosidade e algum alarme que li o comentário arguto que você colocou aqui no meu blog, usando o pseudônimo “baianolegal”. Começa assim...
“Tabarel e caipira quando vai para São Paulo, Rio e outros centros já voltam até com sotaque de lá...”
O seu comentário era longo e deveras interessante, mas eu não posso reproduzi-lo na íntegra, baianolegal, porque ele é ofensivo, com aquelas palavras que a gente eufemisticamente chama de baixo calão, e eu prezo muito as pessoas que param por alguns instantes na escala “rede furada” de um vôo virtual que continua na direção de Seiláonde.
Acho que elas não merecem ficar lendo grosserias.
Foi por isto que deletei seu comentário.
Olha, você tem razão. Eu gasto sola de sapato nos corredores dos museus há décadas, mas até hoje fico deslumbrada quando vejo obras de arte. Ou situações urbanas interessantes e diversificadas. Eu sou a própria “nova rica” da arte e da cultura... Falo demais, vibro demais, fico de queixo caído, agitada, e de boca aberta. Ou estarrecida – porque mesmo o Horror pode ser revelado por pincel ou cinzel.
Sou, enfim, uma pessoa irrecuperável: sempre enrolando os pés nos tapetes públicos da etiqueta.
Talvez porque eu more em um povoado, um vilarejo simples (e lindo), e não é sempre que posso ver obras primas -- como pinturas célebres ou catedrais góticas -- realizadas pelos exemplares da minha espécie que têm ou tiveram o Dom e a disciplina para organizá-lo.
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Agora, se você me permite um comentário, eu gostaria de lhe dizer que “tabarel” não se escreve assim. O correto é tabaréu, baianolegal. E o feminino é tabaroa.
Mas não ligue não, isso nem é importante. Veja, por exemplo, o que Millor Fernandes diz sobre essa matéria gramatical:
“ Escrever bem não tem nada a ver com ortografia. Basta você ver como escreve a maioria dos que escrevem ortografia perfeitamente, isto é, seguindo todas as regras. Mediocridade, quase sempre. Já Yeats, o grande poeta irlandês, um dos maiores do mundo, escrevia tudo errado ortográfica e gramaticalmente”.
Acho que o Millor tem razão porque recebi outro comentário com problemas de ortografia, de uma menina chamada Samira, uma moça que não sei quem é, mas que me deixou enternecida.
Chegou ontem e diz respeito a um post colocado em 9.4.2008 (comentários são anacrônicos) que denominei “penteados legais” com esta imagem (acima) dos cabelos das divas do cinema
“Ai... eu quero saber se tem como eu imprecionar (sic) um menino... por favor me ajude.”
Agora, se você me permite um comentário, eu gostaria de lhe dizer que “tabarel” não se escreve assim. O correto é tabaréu, baianolegal. E o feminino é tabaroa.
Mas não ligue não, isso nem é importante. Veja, por exemplo, o que Millor Fernandes diz sobre essa matéria gramatical:
“ Escrever bem não tem nada a ver com ortografia. Basta você ver como escreve a maioria dos que escrevem ortografia perfeitamente, isto é, seguindo todas as regras. Mediocridade, quase sempre. Já Yeats, o grande poeta irlandês, um dos maiores do mundo, escrevia tudo errado ortográfica e gramaticalmente”.
Acho que o Millor tem razão porque recebi outro comentário com problemas de ortografia, de uma menina chamada Samira, uma moça que não sei quem é, mas que me deixou enternecida.
Chegou ontem e diz respeito a um post colocado em 9.4.2008 (comentários são anacrônicos) que denominei “penteados legais” com esta imagem (acima) dos cabelos das divas do cinema
“Ai... eu quero saber se tem como eu imprecionar (sic) um menino... por favor me ajude.”
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Samira, minha filha, se você passar por aqui de novo, me mande o seu email que eu prometo procurar as páginas mais espertas da internet sobre o assunto “cabelos” e mando os endereços só para você.
De verdade.
Samira, minha filha, se você passar por aqui de novo, me mande o seu email que eu prometo procurar as páginas mais espertas da internet sobre o assunto “cabelos” e mando os endereços só para você.
De verdade.
Um comentário:
Muito elegante.
Você está afiadíssima na arte de enrolar os pés nos tapetes públicos da etiqueta.
bjks
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