sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Shangri-la ou Butão?


A Mirinha (Míriam Pederneiras) enviou um texto bonito do Leonardo Boff sobre o Butão, um minúsculo e bucólico reino instalado nos píncaros do Himalaia.
Um país que só passou a ter acesso à TV em 1999 -- o último País do mundo a se conectar com a caixa de Pandora tecnológica. Tem apenas 700 mil habitantes, uma língua chamada zonghka e moeda de nome ngultrum.
Os monges são os líderes e guias da educação. Ou eram. Atualmente, já ocorrem distúrbios "ocidentais" como roubos e outros tipos de violência. As pessoas já se adaptaram ao uso da TV e da Internet, embora estejam conscientes do gênese da desestabilização. Por outro lado, quando tentaram instalar semafóros na capital, a população reagiu e lutou para conservar o guarda de luvinhas brancas nos cruzamentos do trânsito.
(fonte: internet)
abaixo, trechos do texto que a Mirinha divide com a gente
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"Butão possui algo único no mundo e que todos os países deveriam imitar: o "índice de felicidade interna bruta". Para o rei e o monge governante o que conta em primeiro lugar não é o Produto Interno Bruto medido por todas as riquezas materiais e serviços que um pais ostenta, mas a Felicidade Interna Bruta, resultado das políticas públicas, da boa governança, da equitativa distribuição da renda que resulta dos excedentes da agricultura de subsistência, da criação de animais, da extração vegetal e da venda de energia à India, da ausência de corrupção, da garantia geral de uma educação e saúde de qualidade. (...) A felicidade e a paz não são construídas pelas riquezas materiais e pelas parafernálias que nossa civilização materialista e pobre nos apresenta. No ser humano ela vê apenas o produtor e o consumidor. O resto não lhe interessa. Por isso temos tantos ricos desesperados, jovens de famílias abastadas se suicidando por não verem mais sentido na superabundância. Esquecemos que o que nos traz felicidade é o relacionamento humano, a amizade, o amor, a generosidade, a compaixão e o respeito, realidades que valem mas não têm preço. O dramático está em que esta civilização humanamente pobre está acabando com o Planeta no afã de ganhar mais quando o esforço seria o de viver em harmonia com a natureza e com os demais seres humanos. "

Um comentário:

m.Jo. disse...

Não é lindo? Estou pensando em ir até lá em abril. Vamos?