quarta-feira, 17 de junho de 2009

Santo André e os projetos culturais


Aqui em Santo André da Bahia, um povoado onde vivem umas 800 almas, temos dois centros culturais que funcionam graças às doações de particulares: o Centro de Cultura e Convivência (CCC) e o IASA (Instituto dos Amigos de Santo André). De uns meses para cá, passei a integrar o pequeno grupo de voluntários que doa seu bem mais precioso – o tempo – para cooperar com a disseminação da cultura na Vila.
Visto assim na letra fria parece nada, mas quando vemos a meninada dançando, pintando, desenhando, girando pernas e braços nas rodas de capoeira, tocando flauta ou participando da bandinha rítmica – ah, bem que a gente sente um calorzinho interior porque dificilmente os meninos teriam outra chance como essa, vez que são oriundos de famílias em risco de exclusão social.
No momento estamos procurando conseguir recursos públicos, mas não é simples concorrer nestes editais culturais, exigem papéis e certificados a granel. Daí vem o Ministro da Cultura, Juca Ferreira e lança a frase que já ficou na história cultural deste País:
“Não sou masoquista para trabalhar só com artistas malsucedidos. O ministério não tem vocação para irmã Dulce ou para Madre Teresa de Calcutá."
É que ele pretende rever a decisão que proibiu os produtores do músico Caetano Veloso de captar patrocínio da Lei Rouanet para divulgar o novo CD do artista, "Zii e Zie".
Como se por acaso um disco de Caetano Veloso não fosse economicamente viável!
Caetano que me desculpe, mas seria mais justo se os recursos viessem para os novíssimos baianos.

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