sexta-feira, 9 de abril de 2010

Hoje é dia de amizade


"Amigos especiais
olímpia e cláudio ou
cláudio e olímpia,
delícioso (re)conhecê-los.

Voltar a provar dessa amizade é uma dádiva.
obrigado pela acolhida
sempre tão quentinha.
Os vôos atrasaram,
mas chegamos bem.
Prova é que a velhaca correria ,
essa fela da mãe,
na mala veio junto também.
love.
saudade leve.
e que um reencontro,
nos seja breve. "
---------Patrício, esses versinhos que você mandou trazem sua marca registrada, uma mistura de alegria e sacanagem; é uma forma deliciosa de se expressar, a sua, a meio caminho entre o deboche e a ternura (sorriso). Saiba você, meu amigo, que desde o dia que você e Adriana partiram daqui, fechei os livros e abri os ouvidos. Agora continuamente se ouve música nesta casa, e de porta aberta, porque tenho prazer e orgulho de apresentar suas melodias para a minha pequenina rua, desta vila que Santo André escondeu na reta final do litoral da Bahia. E só faço isto porque sua seleção do cancioneiro brasileiro é da gente vibrar a emoção reprimida, ainda por cima não se pode colocar tom fraco no ar porque minha vizinha (Rádio Joyce), só toca disco de primeiríssima qualidade, como já falei muito por aqui. Nesse momento Mariana Aydar e Leci Brandão (meu Deus, onde foram catar Leci Brandão?) se alternam numa belíssima interpretação de “Zé do Caroço” e de repente sinto os olhos molhados, seja pela lírica, seja pela alegria recente da presença.
Você queria saber a origem do Santo André, se era santo mesmo ou só profeta; e se Santo é, padroeiro de que será? Eu ia pesquisar na internet, mas falhou a conexão, coisa bem comum por aqui, para este problema santo nenhum traz remédio. Será que existe um padroeiro da banda larga? Que coisa boa é receber gente querida em casa! Isto não acontecia desde dezembro quando a Zuzu veio aqui com a família, a idéia era colocar os nomes e as fotos desta outra visita que foi também bonita e rica -- agora calhou a hora de relembrar. Acontece que a Zuzu se chamava Campelo, casou primeiro com um cidadão austríaco chamado Kunschak e depois com outro cidadão berlinense de sobrenome Muskallah e ficou muito difícil se referir a esta família sem falar um monte de estrangeirismo. Na nossa turma a Zuzu foi a precursora das famílias globalizadas, junto com os andarilhos Fachinis que já moraram nos 4 cantos do planeta levando os filhos a tiracolo -- só falta a África do Norte porque pra África do Sul já foram. Para não escapulir ninguém coloco a foto de Lila, a paixão familiar. Lila a-m-o-u Santo André; lá em Brasília ela mora bem, em frente ao Parque da Cidade, mas parque é parque e praia é uma coisa muito diferente; o fato é que a Lila ficou tão atarantada quando avistou o mar, que num dia nem tão belo assim escapuliu da (alta) amurada onde o mar está avançando e bate forte na Ponta de Santo André. Enfim, é um paredão abissal (no padrão da Lila) e ela deve ficado aterrorizada olhando as pedras escarpadas lá embaixo e vendo o brilho das cracas que ficam grudadas nas laterais dos pedregulhos, cheinhas de lascas afiadas. Imagine a comoção quando a Lila desabou dali, na frente de toda a família! A sorte é que nunca falta menino tomando banho de rio e logo o mais afoito, o João Paulo, veio nadando para salvar a Lila -- claro que ele se tornou o herói do dia. Daquela hora em diante nunca mais olhei para o João Paulo do mesmo jeito, ele será meu pequeno herói para sempre.
Mas voltando ao seu presente – meu Deus, devem ter sido milhares de horas para gravar aqueles discos todos! Os chapéus são lindos, a gente coloca nas cabeças, mas o que não me sai da cabeça mesmo é o fantástico repertório musical com que fomos presenteados. Algo assim como os últimos 5 anos da MPB. Valeu, amigo! (aos meus amigos de Brasília, não custa lembrar, a porta de nossa casa está sempre aberta, é só girar a maçaneta...)

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