quinta-feira, 8 de abril de 2010

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Pop Art foi o nome escolhido na década de 60 para designar a arte que utiliza produtos da cultura popular, da propaganda, dos quadrinhos e do consumo como tema de obras, com a intenção de criticar o consumo de massa. Foi um retorno à arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que, desde o final da segunda guerra, dominava a cena estética. A iconografia Pop é a da TV, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade (Roy Lichstenstein, acima)
Andrew Warhola ou Andy Warhol foi um pintor e cineasta norte-americano que se tornou a maior referência da Arte Pop. Ele reinventou a arte do séc. XX fazendo-se valer da reprodução mecânica e da multiplicidade das serigrafias (de artigos de consumo). Nunca uma lata de feijões teve tanta importância, a garrafinha da Coca-Cola virou celebridade e a multiplicação dos rostos hiper-coloridos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Che Guevara pipocavam na sociedade americana.
Esse é Phillip Larrat, o curador da mostra m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a de Andy Warhol que está acontecendo na Pinacoteca de São Paulo (minha exposição favorita de 2010, até agora). Larrat diz que o maior sonho de Andy era ser invisível para xeretar o quarto dos outros.
("ele era assumidamente um voyeur"). O curador canadense trouxe 170 obras para a exposição Mr. America, a maior mostra em solo brasileiro do artista de Pittsburgh. Há desde a histórica série de retratos de celebridades até imagens terríveis de acidentes automobilísticos, ou de suicidas atirando-se de prédios. São os 44 filmes da exposição que comprovam a vocação voyeurística de Warhol, o homem que mudou a arte norte-americana nos anos 1960, mostrando uma América rica e desumana, na época das bombas de napalm jogadas no Vietnã. Ao reduzir o repertório iconográfico estadunidense a celebridades e desastres, Warhol definiu essa América pop: vazia e violenta.
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Um dos filmes mostra um lentíssimo blow job de 44 minutos. Uma boquete monótona para quem não é tão voyeur assim.

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