quinta-feira, 15 de abril de 2010

três momentos de Rublev


Andrei Rublev foi um monge-pintor de ícones do século XV que inspirou Tarkovski (o cultuado cineasta russo) a realizar um de seus primeiros filmes. Embora tenha tentado, nunca consegui ver este filme, mas achei uma matéria na revista de cinema Contracampo, de onde retirei o seguinte trecho:
"A realidade medieval russa, vista pelo monge, é sórdida, violenta, cruel: as invasões tártaras que destroem a cidade de Vladimir, os ritos pagãos na floresta que aniquilam a fé, os ciúmes do assistente Kirill quanto à arte do mestre, os desmandos da nobreza feudal que oprime os camponeses, a jovem que se entrega aos soldados de ocupação. Abalado por este profundo caos e pelo conhecimento abjeto que ele dissemina, Rublev se perde, mata um homem, iguala-se à barbárie que o cerca."
Esses dias li um tweet de um amigo de Brasília falando (em 140 caracteres) de Rublev... e me lembrei do antigo desejo de ver este filme. Coloquei um comentário no blog dele (chama-se Piero Eyben, foto) e hoje tive a alegria matinal de achar este poema-presente

rublev, para olímpia


tempo ancorado em ouro
ainda o caule d'água faz-
se pó e selo: o risco quase
rasura _
(o restante do poema, você encontra aqui)
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(Piero, obrigada!)

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