É com este título que Maria Rita Kehl (escritora e psicanalista de respeito) discorre sobre as diferenças entre os gêneros. Puxo para cá o final do artigo:
“Depois que os filhos crescem, o que querem as mulheres?
É simples: tudo o que não puderam viver até então. Vá lá, quase tudo. Basta olhar à sua volta. Uma fila de cinema: 60% de mulheres. Um concerto? 70% . Exposição de arte, idem. Carnaval, festa, baile: olha lá elas dançando, com ou sem parceria masculina. Viagens, ecoturismo, passeatas – a lista é longa. Por isso mesmo a mulher pode dar a seu parceiro o que nenhuma geração anterior ao século 20 podia dar. As três últimas gerações de mulheres, não limitadas ao espaço doméstico, são capazes de conversar sobre quase tudo com seus companheiros. Compartilhar idéias, projetos, ambições, bobagens, piadas, boemia. A vida pode ser boa desse jeito, e o amor, uma conversa sem-fim.
O filósofo romeno Cioran afirmou que as mulheres são as novas-ricas do mundo da cultura. Talvez por isso falemos demais. Em compensação, os maridos não são mais os nossos únicos interlocutores.” (ao que acrescento: não são os únicos, mas podem ser os melhores.)
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