Caro viajante:
Se você vai passar um período mais longo em Nova York, não se restrinja à Manhattan nem se deixe levar pelos comentários chauvinistas dos moradores elitizados e yuppies. Atravesse o East River e vá conhecer o Queens, o bairro que saiu da Bíblia para personificar a Babel do século XXI. Imagine a etnia mais exótica - ela vai aparecer por lá. Os tons de pele se misturam numa rica e diversificada paleta, os olhos se arredondam, afinam e se espicham e as roupas estampam estilos variados e coloridos. Chegamos no mercado persa, ou para usar uma expressão local, no melting pot. Os moradores sabem que a Nova York dinâmica e real está aqui e não estão nem aí para os executivos de Manhattan. Inclusive, um número cada vez maior de novaiorquinos tem preferido deixar os estratosféricos aluguéis da ilha central e se mudar para Queens. A foto acima ilustra a revitalização que ocorre no bairro, mas não está claro se os moradores apreciam este tipo de mudança, pois de certa forma, desfigura o que é típico de lá.
É uma experiência urbana vibrante e autêntica. Você se verá rodeado de muita cultura. Vários centros culturais brotaram em fábricas e espaços na margem do rio. Olhem o que diz o TimeOut, um guia turístico respeitado:
"O Queens é um lugar acessível, interessante e até avant-garde para se viver. Os artistas e profissionais liberais recém-chegados são apenas duas camadas demográficas no mil-folhas do Queens, que se intitula a área urbana mais etnicamente diversa do planeta. Mais de um terço de seus 2,3 milhões de moradores é estrangeiro, e mais de cem idiomas são falados aqui. Graças a esta incrível diversidade, o Queens tem um intenso clima de bairro e uma gama internacional de acessíveis lojas e restaurantes. Para começar seu tour pelo Queens, pegue o metrô 7, a linha apelidada de International Express, pela impressionante variedade de bairros étnicos que atravessa."
Aqui a gente toma café da manhã na Colômbia, almoça na Índia ou na Itália e janta no Afeganistão... ou na Grécia. You name it.
Adorei o brunch chinês que degustamos neste restaurante, chamado Jade Asian Restaurant, em Flushing. Chegamos cedo para garantir uma mesa; mais perto da hora do almoço o local fica lotado, faz fila. Não vi ninguém parecido com turista -- aliás, Cláudio, Pedro e eu éramos os únicos sem traços físicos orientais. A Yumi, mulher de Pedro (camiseta verde) é japonesa. A comida, em geral fumegante, passava continuamente pela nossa mesa em cima de carrinhos conduzidos por garçonetes que falavam mandarim (suponho). O método de escolha mais fácil era apontar os pratos que a gente desejava comer -- ninguém sabia mesmo o que continham os bolinhos apetitosos ou os cestinhos de bambu com bocados enrolados em folhas de... de quê mesmo?
Se você vai passar um período mais longo em Nova York, não se restrinja à Manhattan nem se deixe levar pelos comentários chauvinistas dos moradores elitizados e yuppies. Atravesse o East River e vá conhecer o Queens, o bairro que saiu da Bíblia para personificar a Babel do século XXI. Imagine a etnia mais exótica - ela vai aparecer por lá. Os tons de pele se misturam numa rica e diversificada paleta, os olhos se arredondam, afinam e se espicham e as roupas estampam estilos variados e coloridos. Chegamos no mercado persa, ou para usar uma expressão local, no melting pot. Os moradores sabem que a Nova York dinâmica e real está aqui e não estão nem aí para os executivos de Manhattan. Inclusive, um número cada vez maior de novaiorquinos tem preferido deixar os estratosféricos aluguéis da ilha central e se mudar para Queens. A foto acima ilustra a revitalização que ocorre no bairro, mas não está claro se os moradores apreciam este tipo de mudança, pois de certa forma, desfigura o que é típico de lá.
É uma experiência urbana vibrante e autêntica. Você se verá rodeado de muita cultura. Vários centros culturais brotaram em fábricas e espaços na margem do rio. Olhem o que diz o TimeOut, um guia turístico respeitado:
"O Queens é um lugar acessível, interessante e até avant-garde para se viver. Os artistas e profissionais liberais recém-chegados são apenas duas camadas demográficas no mil-folhas do Queens, que se intitula a área urbana mais etnicamente diversa do planeta. Mais de um terço de seus 2,3 milhões de moradores é estrangeiro, e mais de cem idiomas são falados aqui. Graças a esta incrível diversidade, o Queens tem um intenso clima de bairro e uma gama internacional de acessíveis lojas e restaurantes. Para começar seu tour pelo Queens, pegue o metrô 7, a linha apelidada de International Express, pela impressionante variedade de bairros étnicos que atravessa."
Aqui a gente toma café da manhã na Colômbia, almoça na Índia ou na Itália e janta no Afeganistão... ou na Grécia. You name it.
Adorei o brunch chinês que degustamos neste restaurante, chamado Jade Asian Restaurant, em Flushing. Chegamos cedo para garantir uma mesa; mais perto da hora do almoço o local fica lotado, faz fila. Não vi ninguém parecido com turista -- aliás, Cláudio, Pedro e eu éramos os únicos sem traços físicos orientais. A Yumi, mulher de Pedro (camiseta verde) é japonesa. A comida, em geral fumegante, passava continuamente pela nossa mesa em cima de carrinhos conduzidos por garçonetes que falavam mandarim (suponho). O método de escolha mais fácil era apontar os pratos que a gente desejava comer -- ninguém sabia mesmo o que continham os bolinhos apetitosos ou os cestinhos de bambu com bocados enrolados em folhas de... de quê mesmo?
Ai, ai, ai, estou ficando com o formato de uma bola, mas não consigo (e nem quero) resistir aos petiscos, adoro experimentar comida diferente.
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